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JOAQUIM BARBOSA NA BRIGA ENTRE A FIESP E HADDAD

  O aumento do IPTU na cidade de São Paulo foi parar no STF, mais precisamente no colo do ministro Joaquim Barbosa, que deve decidir sobre a questão até o Natal. O resultado tem consequências políticas para os três envolvidos, direta ou indiretamente, no pepino. De um lado o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que viu no aumento uma possibilidade de se cacifar politicamente. Do outro o prefeito, interessado em aumentar a receita da Prefeitura e com isso pavimentar as chances do seu partido na luta pela conquista do Palácio dos Bandeirantes. No meio, o ministro Joaquim Barbosa, aclamado como herói da moralidade e dos bons costumes, que deixa em aberto suas pretensões políticas para quando se aposentar. Se decide a favor do aumento estará agradando aos petistas, que não se cansam de critica-lo por conta da sua atuação no processo do Mensalão e desagrada a turma anti PT, além de uma parcela considerável do eleitorado paulistano inconformada com o aumento.   Se decidir pela ilegalidade,

A FALSA MORAL DO STF E A REFORMA POLÍTICA

Embalados pela notoriedade do processo do Mensalão e da suposta aprovação unânime aos seus atos, os ministros da Suprema Corte, no vácuo deixado pelo Congresso, decidiram praticamente legislar e – pior – ampliar, com comentários perfeitamente dispensáveis em suas sentenças, o fosso entre o legislativo e o judiciário. Agora se propõem, baseados em argumentos meramente moralistas, em tumultuar o processo eleitoral, com a proibição, em curso hoje, das contribuições de empresas e do estabelecimento de um teto para as privadas (pessoas naturais). É bom deixar claro que a culpa não é exclusiva do Supremo. Tomados de surpresa, digamos assim, os congressistas, em vez de refletirem sobre a sua intolerância, e incompetência, em criar uma legislação eleitoral minimamente adequada, pensam em mecanismos para “retaliar” a Corte e criar constrangimentos aos ministros. Ou seja, os dois poderes comportam-se como crianças amuadas, olhando para os seus próprios umbigos em vez de p

GIGANTES DA TECNOLOGIA SE UNEM CONTRA ESPIONAGEM

Temendo a fuga de clientes, receosos de terem os seus dados pessoais sendo postos a disposição dos mais variados órgãos de espionagem mundo afora, 'no atacado, em segredo e sem supervisão independente', como disse o presidente do Google, Larry Page, em crítica aos governos, grandes empresas de tecnologia divulgaram carta ao Presidente Obama, pedindo restrições ao monitoramento dos dados dos seus clientes, ao mesmo tempo que anunciaram medidas para proteger a privacidade dos usuários. Se engana que acredita que as grandes companhias, Google, Microsoft, Apple, Facebook, Twitter, Lindedin, Yahoo e AOL, tenham sido vítimas de um surto democrático. A mudança vem da forma mais eficiente do sistema capitalista, a dor no bolso, conhecida como "efeito Snowden". Uma empresa de pesquisas, a Forrester, estimou que a área de computação em nuvem, exploradas basicamente pela Amazon, Google e Microsoft podem sofrer uma queda em torno de 180 bilhões nas suas receitas, no próximo an

ESPIONAGEM TAMBÉM NO MUNDO DOS GAMES

Segundo o ex-agente da CIA, Edward Snowden, espiões americanos e britânicos não limitam as suas atividades ao mundo real. Eles se infiltram, também em games populares como World of Warcraft e Second Life , entre outros, vigiando e descobrindo dados de pessoas pelo mundo afora. A teoria é que redes terroristas e/ou criminosas poderiam estar usando os jogos para se comunicar secretamente e planejar ataques. Os agentes criaram personagens virtuais, avatares digitais, como elmos, gnomos e top moldels para investigar e tentar recrutar informantes. Segundo a NSA(Agência de Segurança Nacional) dos EUA, os jogos embora pareçam inofensivos têm potencial para constituir uma rede de comunicação com múltiplos alvos e são uma oportunidade ara que quer se esconder debaixo dos olhos de todos. O engraçado nessa história é que a investigação do mundo imaginário atraiu tantos espiões da CIA, FBI e até mesmo do Pentágono, principalmente no Second Life , que foi necessário criar um grupo para tentar

AS CONTRADIÇÕES DE EDWARD SNOWDEN E AFINS

Esquerdinhas de plantão e arautos desavisados da democracia foram, são, unânimes em festejar as denúncias de Snowden e de Glenn Greenwald do The Guardian, que revelaram os documentos da NSA, mostrando que os Estados Unidos espionam o mundo inteiro. Em primeiro lugar deixemos de lado a hipocrisia diante da surpresa da notícia. Desde que o mundo é mundo todo mundo espiona todo mundo. Na literatura e na vida real. O que mudou foram os métodos.   Vamos atentar para um “pequeno” detalhe nessa história toda: o que tem sido aberto são informações sobre os governos ocidentais, basicamente os Estados Unidos. E os outros? Por acaso a Rússia, a China, só para ficar em dois exemplos, também não espionam? Calma já. Não se trata de justificar esse ou outro ato qualquer, mas de colocar as coisas em seu devido lugar. Quem é Snowden? Um espião. Pura e simplesmente um espião que desertou, nada mais. Ingenuidade classifica-lo como um democrata ou um ingênuo que estava trabalhando num serviço d

BIOGRAFIAS, DE NOVO, MAS INEVITÁVEL. O ASSUNTO NÃO ESTÁ MORTO.

Como uma onda, parece que a questão das biografias arrefeceu, mas não é verdade. Além disso, passada a fase de maior indignação, começo a ver – ainda que tímidas – algumas manifestações de desagravo aos cantores e compositores, nomeadamente a Caetano Veloso, Gil e Chico. Coitadinhos, fizeram tanto pela música popular brasileira. Também acho, fizeram muito e ganharam também um bom trocado. Isso não lhes dá, no entanto, primazia para se transformarem em censores e elementos sem responsabilidade social. Vou me apropriar aqui de dois biógrafos, famosos, que por sinal não tem medo de serem biografados, um deles de esquerda e outros mais chegado ao show business, duas áreas em que os nossos artistas censores circulam muito à vontade, com exceção óbvia de Roberto Carlos. Para Randall Sullivan, editor e colaborador da revista Rolling Stones , autor de Intocável , biografia de Michael Jackson, a censura prévia as biografias “é uma catástrofe. Não sairiam biografias reais, mas somente

AS PESSOAS INCOMUNS E O SISTEMA PENITENCIÁRIO

Sim, já falei que o assunto estava abundando,   mas não resisti.   Não temos experiência na prisão de pessoas importantes, gente fina e altaneira, daí resultam situações – pra dizer o mínimo – esquizofrênicas. Os condenados do mensalão, incluindo parentes, amigos e correligionários querem – e estão certos – um cárcere com um mínimo de dignidade. Mas como querer, no Brasil, uma prisão com um mínimo de dignidade sem que isto seja um privilégio? Seria realmente justo colocar gente como Jose Genuíno, a tal senhora dona do Banco Rural, Roberto Jefferson e demais envolvidos no tal processo, numa cela superlotada, infecta, sujeitos as condições desumanas e cruéis de todas as nossas prisões? No Brasil, para viver numa prisão, com um mínimo de dignidade só mesmo nos tais presídios de segurança máxima, onde todos, ou a maioria, dos “privilégios” não são permitidos. Pelo menos o cara fica preso sozinho numa cela. Jogados no ambiente igualitário dos nossos presídios essa gente sobreviveria?

NÃO ME CHAMEM PARA ALMOÇO GRÁTIS, PLEASE.

Recentemente, sempre teve, mas ultimamente aumentou a freqüência, dos que costumam nos chamar (sim, não apenas eu) para um almoço grátis. Vou logo avisando: se não for pago, to fora. Explico. O sujeito chega cheio de dedos, faz elogios, acena com "oportunidades futuras" e lá vem a fatura: dá pra fazer um trabalhando pra mim, coisa simples, rápida, pra ajudar o amigo. De graça.  Como assim de graça? Por acaso o sujeito vai ao médico  - noves fora o SUS, mas aí é outro o preço a pagar - e pede uma consultazinha de grátis? Uma operacãozinha de hemorróidas quando o senhor não estiver fazendo nada, de graça? Compra de grátis no supermercado? Enche o tanque do carrão de graça no posto Ypiranga? Qual o motivo para achar que as pessoas que quem vivem de escrever, planejar comunicação, marquetar imagem podem trabalhar de graça? E não são apenas "clientes" pão-duros. A mania está alcançando, com vigor e entusiasmo, fornecedores, donos de agência, agenciadores de toda esp