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Mostrando postagens de junho, 2013

DUDA MENDONÇA, UMA ENTREVISTA. "NÃO TRAÍ NINGUÉM, SÓ FALEI A VERDADE."

"Não traí ninguém. Só falei a verdade" Pode-se amar, odiar ou até não achar nada... mas esse cara tem uma importância fundamental na comunicação política do país. Foi, também, um figura decisiva no evento que impactou (e ainda impacta) a história recente do Brasil, o "Mensalão". Nessa primeira e longa entrevista (70 min), a primeira depois da sua absolvição no processo,  a UOL e a Folha de São Paulo, Duda fala sobre Dilma, Lula, Mensalão, o impacto do episódio na sua vida, sua relação atual com o ex-presidente Lula, o trabalho do seu ex-sócio João Santana e atual homem de marketing da Presidência e muito mais. Para quem quiser assistir ai vai o link. http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=integra-da-entrevista-com-duda-mendonca-70-min-04020E993764E4A14326&mediaId=14492738

VIAJAR NA ECONÔMICA...QUE SUFOCO! TEM ATÉ ATAQUE DE ZUMBIS!

Além das agruras dos assentos apertados, da "gentileza" das aeromoças e da comida ruim, que viaja na classe econômica das aeronaves pelo mundo, está sofrendo agora com ataques de zumbis e sendo submetida a um estado torpor absoluto. Por enquanto não é uma realidade. Está apenas nos cinemas. Em Os Amantes Passageiros , de Almodóvar, álcool e drogas dão as cartas em um voo que não pode pousar por conta de um problema nos trens de aterrissagem. Acreditando que vão morrer, três integrantes da tripulação e passageiros, fazem confidências como se estivessem vivendo os seus últimos momentos. Um inferno toma conta da classe econômica, menos pior, no entanto, que em   Guerra Mundial Z , onde numa sequência Brad Pitt em um aeronave abre uma cortina e vê  os passageiros da classe econômica sendo devorados por zumbis. Sei não... se puder vou procurar evitar a dita cuja, pelo menos por uns tempos... E por falar em Zumbis tem também nas telas Juan dos Mortos , uma co-produção cubana/es

A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO

LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO TRABALHAM AGORA FRENETICAMENTE. MAS A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO. O PERIGO MAIOR ESTÁ NO TAL DE PLEBISCITO. Os otimistas que me perdoem, mas tenho muito receio ao ver, de repente, com nunca dantes na história desse país, nossos governantes trabalhando num ritmo de tirar o fôlego! Cai a PEC 37, a corrupção agora é crime hediondo, o dinheiro do petróleo (dizem) vai para a educação e a saúde... e por aí vai. E o tal de "plebiscito popular" (tem algum que não seja?) está na ordem do dia. Insisto: a pressa é inimiga a perfeição. E exceção não basta. Pressionados pelo clamor popular todos resolveram mostrar serviço. Vamos ver, em primeiro lugar, se quando as manifestações arrefecerem o ritmo continuará o mesmo. O momento é propício para todo o tipo de demagogia e medidas de afogadilho que podem mais tarde trazer mais prejuízos que benefícios. Toda cautela é pouca. Como disse Dora Kramer, hoje, o poder público corre para zerar em dias o pas

OS PROTESTOS NO SÉCULO 21, A PROPÓSITO DE UM ARTIGO DE ROGER COHEN DO NEW YORK TIMES

"Um padrão emergiu", afirma, Cohen. "De Sidi Bouzid, na Tunísia, onde um bate-boca sobre um carrinho de frutas desencadeou a Primavera Árabe, a Istambul, onde uma sublevação teve origem nos planos de construir um shopping num parque, essas erupções animadas por hashtags do Twitter têm traços em comum. Pequena faísca, grande conflagração; líder desorientado, movimento sem liderança; poder estatal verticalizado e rígido, protestos horizontais ágeis; autoridade severa, juventude endiabrada; força do Estado, flexibilidade do Facebook; repressões policiais, reagrupamentos ágeis; acusações de conspiração, respostas irônicas. " A questão central agora é, na opinião de Cohen, com a qual compartilho, usando as palavras do professor Zeynep Tufekci, da Universidade da Carolina do Norte, "como se vai de um 'não' para um 'vão'?" A palavra que poderia resumir todos os slogans dessas manifestações é "basta". Mas o problema é que "basta&qu

OS PLANOS DE SAÚDE E SUAS NOVAS FORMAS DE EXPLORAÇÃO

Brasileiros e brasileiras fogem como o diabo da cruz dos serviços públicos de saúde, seja lá qual for a sua origem sócio-econômica. Correm de uma porcaria e caem em outra armadilha. Prestando em geral um péssimo serviço, os planos recorrem agora a uma nova estratégia para explorar consumidores e escapar da fiscalização (fraca) do Governo. Quem procurar agora por um plano individual vai encontrar dificuldades. As empresas privilegiam os chamados planos coletivos ou empresariais. A vantagem, para as administradoras, é claro, é que esses planos podem escapar dos reajustes anuais determinados pela ANS, que já não são pequenos. Eles são regidos por outras normas e não tem sido raros reajustes na casa dos 40% ao ano. Para empurrar os incautos para essa modalidade os preços iniciais para os planos individuais andam nas nuvens ou simplesmente não são mais atendidos (caso por exemplo da Sul América, que só possui agora os planos coletivos), com isso atraem os consumidores para os planos colet

DE BOM TAMANHO - VIA DORA KRAMER

De bom tamanho - via Dora Kramer, outro dia: "Falácia a alegação de governantes, partidos e políticos em geral que não estão entendendo direito a razão das manifestações. Sabem muito bem do que se trata. Só estão - como de resto to mundo - intrigados com o fato de a coisa ter surgido assim, supostamente "do nada", com adesão surpreendente. Na realidade surgiu e se alastrou em decorrência "do tudo"... O que, afinal de contas, estava assim tãõ bom se o custo de vida sobre e o Estado não faz a sua parte? O recado está dado, a mensagem perfeitamente captada... Agora seria a hora de deixar de lado entusiasmos e aturdimentos para abrir espaço à objetividade." É isso aí, eu acho.

1. As instant mob: Vão arrefecer, mas voltarão quando um novo gatilho for acionado. 2. Inclua Dilma fora disso? 3. Você conhece a Turquia mano?

11. Já escrevi sobre isso. O que caracteriza as instant mob é um determinado “gatilho”, algo que impulsiona as pessoas num primeiro momento a se reunirem. No nosso caso, o aumento das passagens. Mas, pelo seu caráter difuso, sem lideranças definidas (esqueçam por favor o MPL) tende a abranger outras reivindicações represadas. Foi o que se viu. Outro fator importante é a posição inicial dos governantes. Se dessem a marreta na cabeça dos manifestantes a tendência é engrossar o caldo. Foi o que também se viu. Se, no entanto o “gatilho”, o elemento principal que provocou a manifestação for alcançado a tendência é que o movimento se esvazie. Claro que sempre depende da posição da repressão de plantão, que pode continuar impulsionando ou não. Isso não quer dizer que elas não voltem. Afinal, as pessoas seguramente “tomaram gosto” pela coisa. Mas hoje não se faz política como antigamente. Ou dito de outra forma: as pessoas não se manifestam como antigamente. As pessoas consomem pol

OS VÂNDALOS - SERIAM ELES MARCIANOS?

Podemos não gostar e discordar, mas convêm conhece-los. Nos últimos dias essa foi uma das palavras mais pronunciadas nos noticiários, pelas bocas de algumas autoridades e entre manifestantes dito “pacíficos”. Mas quem é essa gente que tanto pavor e repulsa tem provocado? Do jeito que são mencionados parecem que nunca foram vistos e que surgiram surpreendendo a todos nessas manifestações. Pareciam desembarcados subitamente de Marte com um único objetivo de melar as manifestações pacíficas da maioria. Vândalos, minoria, bagunceiros, bandidos... sim, tudo isso e mais um pouco, mas infelizmente parte da nossa sociedade e mais presente em nossas ruas que a maioria dos manifestantes. Em primeiro lugar apareceram e em algumas vezes até comandaram pelo menos parte dos protestos porque essas manifestações são o que o que se classifica hoje como “difusas”. Ou seja, não tem um único e definido objetivo (pode até começar com um, mas imediatamente surgem outros e outros), nem lide

REVOGADOS OS AUMENTOS

Revogados os aumentos (em coletiva conjunta do governador do PSDB e do prefeito do PT - fato digno de nota) e com o congresso já sinalizando que não votará, na próxima semana, a PEC do Ministerio Publico, resta saber agora o destino das manifestações. E não importa aqui se imediatamente ou não. O fato é que a população deve ter "tomado gosto" e consciência da sua força. Há muito não se via os "grandes poderes" se curvarem a voz das ruas. Esse é o fato novo. Dificilmente será esquecido. Pode ser hoje, amanhã ou mais tarde, mas certamente nunca mais seremos os mesmos.

NÃO VIVEMOS VIOLÊNCIA TODOS OS DIAS?

Falou-se muito dos vândalos nessas manifestações. Aqui e ali sempre o repudio. Mas por acaso não vivemos violência, todos nos em variados graus, todos os dias? Violência quando não se é atendido nos hospitais, quando se é assaltado indiscriminadamente - pobres e ricos - quando a educação é uma porcaria, quando a policia bate (não nas manifestações, mas no dia a dia) quando gays são atacados nas ruas, tudo isso - e o espaço não permite uma analise maior), tudo isso não é violência gratuita, vandalismo? Essas pessoas, a sociedade em feral convive com a violência diariamente. Não é portanto estranho que elas estejam presentes tambem nas manifestações.

OS NOSSOS POLITICOS VEEM O MUNDO PELO ESPELHO RETROVISOR

E foram tomados pela perplexidade quando "o povo" começa a se manifestar. Em silêncio, ou forçados a declarações protocolares (vide a senhora presidente) estão atônitos sem saber o que fazer ou como lidar com manifestações com a rigor ninguém sabe onde vão parar. Acostumados a manipular as massas se veem com mãos (e bocas) atadas quando precisam dar respostas concretas a massa em manifestações espontâneas. Lula e Fernando Henrique foram ao Facebook para emitirem opiniões óbvias: manifestações são legitimas, elas não são assunto de polícia. Então tá. Mas se continuarem? Se a redução (improvável) das tarifas não vier? E se isso não bastar? Até que ponto as cidades podem suportar serem paralisadas, o que no caso de São Paulo significa horas e horas das suas atividades econômicas (com os inevitáveis prejuízos financeiros) paralisadas? Se o confronto for o caminho "natural"para expressar a insatisfação que vai além dos centavos das tarifas do transporte público? Fico

POR TRAS DAS MANIFESTAÇÕES A CRISE NA PM PAULISTA

Além do temor de que recaia exclusivamente para a corporação o ônus da pancadaria contra os manifestantes, os episódios estão revelando o velho problema que aflige todos as policiais militares do país. "Recriadas" durante o regime militar espelhadas no modelo das forças armadas e atualmente despojadas de seu papel, na época, principal, de repressão direta nas ruas, elas ainda não encontraram um lugar adequado no sentido de promover a segurança pública. Além disso, num lugar onde antiguidade é posto, mudanças promovidas no comando da PM paulista revelaram que também por lá as coisas não andam como parecem ser. Coronéis mais velhos resistem as ordens do comandante-geral. A tropa de choque é praticamente uma unidade autônoma dentro da estrutura da PM. Tudo isso pode parecer irrelevante, mas não é. As confusões internas e institucionais da PM podem desaguar eventualmente para as ruas e alterarem o rumo e a qualidade das manifestações na cidade de São Paulo.

COMERCIAIS DA COPA X MANIFESTAÇÕES X NOTICIÁRIO

Na TV, principalmente, alguns comerciais sobre a Copa ficaram muito engraçados quando veiculados, paralelamente as notícias sobre as manifestações. O da Fiat, o carro que mais entende ruas, ou algo parecido, conclama as pessoas a ocuparem as ruas de verde e amarelo. Agora é BRA. Bra de Brasil, Bra de Bradesco... esse chiii, ficou fora de contexto mesmo. Tem muito mais, cada um mais deslocado da realidade que o outro. Agora fora de contexto ontem estava mesmo o âncora do Jornal Nacional. Com a cara de cão chupando manga, seo Bonner fazia malabarismo para de Fortaleza tentar chamar a atenção para o jogo entre a Nigéria e sei lá mais quem. Enquanto o Brasil fervia, o camarada tentava atrair a atenção do distinto público sobre a coreografia polinésia do único gol da equipe coadjuvante e... coitado rsss. Deve ter sido a pior escolha geopolítica do moço em toda a sua carreira. N Globo News (e nas demais também) locutores, repórteres, comentaristas de todo o tipo e qualidade esgoelavam-se

OS INSTANT MOB E A PERPLEXIDADE DAS NOSSAS AUTORIDADES

Nos últimos dias, principalmente em SP, pipocaram manifestações – em principio contra aumento passagem ônibus. Como sempre os apressadinhos, à esquerda e à direita, nos encheram o saco e a paciência com os suas eternas e distorcidas interpretações dos fatos e da realidade. O que temos hoje e no mundo (viu Jabor) são as instant mob. As vezes,  mas não na maioria das vezes, se transformam em coisas mais sérias, normalmente por conta das autoridades míopes, avessas a um diálogo real, que não só permitem, como na maioria das vezes fazem o possível e impossível para que a violência se transforme na única linguagem desses eventos. E os exemplos estão aí no mundo todo.  Aqui em São Paulo o que tivemos? Primeiro o prefeito, do PT, que autorizou o aumento dos ônibus, insinuou que os manifestantes eram pessoas que não haviam votado nele. Depois condenou, com veemência, o que chamou de vandalismo e se recusou a discutir com as lideranças (se é que existem) do movimento e foi enfático ao dizer q

A REBELIÃO DOS 37 CENTAVOS

Alguém em seu santo juízo acredita mesmo que milhares de pessoas (tá vamos incluir os também a parte dos vândalos nisso para agradar "conservadores" - calma aí tem também para os "progressistas") estão indo às ruas por conta de 37 centavos?  Andar de transporte público em São Paulo (vou ficar no que conheço de perto) é um horror. O aumento é um tapa na cara de quem sofr e. E muito no sistema de transporte público da maior e mais rica cidade do país. Recentemente a prefeitura autorizou o aumento do número de pessoas na lotação dos ônibus, que mudam de itinerário sem aviso, não para nos pontos, correm muito nas poucas vzs em que podem ou se arrastam por itinerários feitos, obviamente, por técnicos que conhecem ônibus de fotografia.  Andar nos trens da CPTM, que vira e mexe quebram e estão sempre lotados nos horários de pico exige muita paciência e sacrifícios. O metrô logo-logo vai precisar de funcionários para empurrarem as pessoas para dentro do vagões, provavel