KINECT: FERRAMENTA PARA GAME MONITORA TODAS AS SUAS AÇÕES MESMO QUANDO VOCÊ NÃO ESTIVER JOGANDO
Vem aí mais um instrumento de
abelhudice da sua vida. E o Kinect,
criado para melhorar a experiência do Xbox One, pode ser o instrumento que a
Microsoft e anunciantes precisavam para recolher dados do mundo off-line dos
seus clientes. Entre outras coisas o sistema de câmeras do Kinect pode ser usado para monitorar o comportamento das pessoas
enquanto elas assistem TV. Além disso, ele pode identificar o número de pessoas
numa sala que assistem um streaming de um filme e pode, por exemplo, cobrar um
valor extra caso esse número seja maior que o permitido pela licença de exibição.
O kinect pode reconhecer expressão faciais, identificar a altura dos
usuários e até detectar batimentos cardíacos. O potencial invasivo do aparelho
é de tal ordem que o sistema de microfones continua funcionando mesmo quando o
console está desligado.
Se você juntar tudo isso a
uma empresa acusada de facilitar acesso aos dados dos seus usuários temos um
problemão em andamento, travestido de um inocente jogo. Em tempo: o novo Xbox
One só será vendido daqui pra frente junto com o Kinect. E na apresentação do produto ficou claro que a Microsoft
pretende usar o console também como central de TV, embora não se saiba ao certo
como isso funcionaria no Brasil (a antena ou set-up box da TV a cabo seria
conectado ao console que, por sua vez, se ligaria a televisão).
A empresa se defende
afirmando que o usuário pode determinar o grau de sensibilidade do equipamento
e ajustar as opções de privacidade e que só acessa os dados que os usuários
escolheram para compartilhar.
O fato é que poucos usuários
de qualquer sistema tem conhecimento suficiente para administrar essas questões
ficando sempre restritos as opções que as empresas oferecem para restringirem o
acesso a sua privacidade.
E, pelo que se sabe a
Microsoft, embora não seja a única, colaborou intensamente com os serviços de
inteligência dos EUA permitindo que as comunicações de usuários fossem
interceptadas. Quando se trata de segurança nacional compreende-se a
intromissão. O problema é quando cidadãos comuns, que em nada ameaçam as
instituições tem a sua vida bisbilhotada e seus dados pessoais colocados nas
mãos de Deus sabe lá quem.
Olho vivo e faro fino.
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