PARA PREFEITURA HADDAD ANDAR DE ÔNIBUS É PERIGOSO
A
simples possibilidade do prefeito, Fernando Haddad, de São Paulo ir, eventualmente, para o
trabalho, usando transporte público provocou uma verdadeira operação de guerra na
Prefeitura. Até a Casa Militar foi convocada para pesquisar possíveis trajetos, estudar
estratégias e avaliar riscos.
Em
Londres, ao invés de receber um carro oficial ao assumir o cargo, o prefeito e
os vereadores da cidade ganham um vale-transporte. O tíquete é anual e vale
para ônibus, trens e metrô. Também é comum ver o prefeito da cidade, Boris
Johnson, utilizar a bicicleta como meio de transporte nos dias de trabalho.
Já em
São Paulo o estudo, pedido pelo prefeito há dois meses, só apresentou até
agora dados preliminares. Foram pesquisadas cinco linhas de ônibus em que Haddad poderia
fazer o trajeto. Em média o prefeito levaria cerca de 15 minutos, sem contar o
trajeto a pé (mais ou menos 10 minutos) até a parada de ônibus e mais seis até a sede da Prefeitura. De carro o
prefeito leva cerca de 10 minutos para ir até ao trabalho.
Em
nota a Prefeitura afirma que “o uso do transporte coletivo por parte do
prefeito em horário e local regular e conhecido pode, por exemplo, pautar
abordagens por parte de pessoas, organizações ou instituições que aguardam
agenda oficial ou que desejam exercer atividades de protesto”. Então tá, né, ele bem que podia, então, usar
de forma “clandestina” o transporte, sem “horário e local regular e conhecido”,
escapando de ser abordado, mas fazendo - pelo menos - uma ideia mais realista do que é usar o
transporte público de responsabilidade da Prefeitura e o que significa deixar o carro em
casa e andar de ônibus, como prega a sua administração para o cidadão comum.
De acordo o Google Maps,uma das opções para Haddad ir de ônibus, seria andar 10 minutos, da sua casa até a Avenida 23 de Maio. Lá, pegaria o coletivo 5318-10
rumo à Praça da Sé. Depois de 13 minutos no coletivo, passando por oito pontos,
ainda teria de andar por seis minutos até a sede da Prefeitura.
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