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Mostrando postagens de novembro, 2013

NÃO ME CHAMEM PARA ALMOÇO GRÁTIS, PLEASE.

Recentemente, sempre teve, mas ultimamente aumentou a freqüência, dos que costumam nos chamar (sim, não apenas eu) para um almoço grátis. Vou logo avisando: se não for pago, to fora. Explico. O sujeito chega cheio de dedos, faz elogios, acena com "oportunidades futuras" e lá vem a fatura: dá pra fazer um trabalhando pra mim, coisa simples, rápida, pra ajudar o amigo. De graça.  Como assim de graça? Por acaso o sujeito vai ao médico  - noves fora o SUS, mas aí é outro o preço a pagar - e pede uma consultazinha de grátis? Uma operacãozinha de hemorróidas quando o senhor não estiver fazendo nada, de graça? Compra de grátis no supermercado? Enche o tanque do carrão de graça no posto Ypiranga? Qual o motivo para achar que as pessoas que quem vivem de escrever, planejar comunicação, marquetar imagem podem trabalhar de graça? E não são apenas "clientes" pão-duros. A mania está alcançando, com vigor e entusiasmo, fornecedores, donos de agência, agenciadores de toda esp

MAIORIA NO PAÍS PREFERE LIVRE INICIATIVA MAS SONHA COM EMPREGO PÚBLICO PARA O FILHO

Tem uma tal de pesquisa chamada Latinobarômetro, que é uma das mais tradicionais pesquisas sobre política e economia na América Latina. A parte brasileira foi feita pelo Ibope, no último mês de junho, e revela algumas curiosidade sobre o caráter nacional. Lendo me convenço cada vez mais que não me ufano mesmo em ser brasileiro.  Sobre a relação entre Estado e economia, o brasileiro médio prefere as duas. Se indagados sobre o que prefeririam para si - um cargo público, um emprego no setor privado ou abrir o próprio negócio, lá está um belo contingente de empreendedores e amantes da iniciativa privada: nada menos que 37% gostariam de empreender e 18% disseram que o ideal é o emprego privado. Só uma minoria, 32% gostariam mais de um empreguinho público. Mas quando a pergunta é sobre o que gostariam mais para os seus filhos, pronto, a coisa muda de figura e nada menos que 42% disseram que o que mais desejavam era a segurança de um emprego fixo no setor público. E notem: não houve

CINEMAS COM FALHAS GRAVES DE SEGURANÇA. TOME CUIDADO.

Os problemas mais graves, encontrados pela pesquisa do Proteste e publicada no jornal O Globo, de , foram detectados em Salvador. As salas Center Lapa, Saladearte Museu e XIV não tinham porta com barras antipânico. Cinemark Salvador, Cinépolis Bela Vista e Center Lapa estavam com obstruções nas saídas de emergência ou no acesso aos extintores de incêndio. No Cine Vivo, não havia extintores na sala e o do lado de fora estava escondido sob uma escada. Além disso, no Center Lapa, havia poltronas quebradas e encardidas, além de lixo nos cantos, e no UCI Iguatemi, foram encontradas baratas na sala de exibição e nos banheiros.  Ainda em Salvador, não foram passadas as orientações de segurança antes do início do filme no Center Lapa, no Espaço de Cinema Itaú, na Saladearte Museu, na UFBA e no XVI.  Em São Paulo, Cinépolis Largo 13, Cinemark Cidade Jardim, Kinoplex Itaim e Espaço Itaú Augusta também não exibiram as orientações de segurança. As salas de Reserva Cultural e UCI Shopping An

ANÚNCIOS IMOBILIÁRIOS: UMA ARQUEOLOGIA CONTEMPORÂNEA.

Descobri com imenso prazer outra pessoa que vê nos anúncios imobiliários uma oportunidade de "estudar" como vive o homem moderno e fazer um paralelo entre o neolítico, tempos antigos e os atuais. Marcelo Rubens Paiva escreveu um excelente artigo no Estadão do último sábado sobre como é interessante investigar os anúncios imobiliários e descobrir as similitudes do modo de viver atual com o nosso passado. Quando saímos do mundo neolítico para o mundo agrícola o homem morava perto do trabalho. Foi assim que nasceram as primeiras cidades. O homem começou a construir seus abrigos cercado por aquilo que o alimentava, inicialmente o trigo selvagem e a proximidade com as fontes de água. E, para proteger-se, ergueu muros, cada vez mais fortes, mais altos, mais sofisticados. Não existem semelhanças com o mundo moderno? O que se anuncia atualmente? A união, no máximo possível, entre a moradia, o trabalho, o lazer. Bom e a alimentação? Para isso temos o delivery. Para o lazer, a inte

NA VENEZUELA PASSAGENS AÉREAS SÓ PRA SETEMBRO DE 2014

Venezuelanos que pretendem sair do país só encontram passagens para setembro de 2014. Isso mesmo, setembro do próximo ano. Na verdade a atividade turística na Venezuela não está “bombando”, como pode parecer à primeira vista.   A espera por voos reflete apenas a disparidade do valor do dólar no mercado legal e no paralelo. No câmbio oficial 1 dólar vale 6,3 bolívares, mas no mercado negro 1 dólar pode valer mais de 60 bolívares.   Para ganhar algum os venezuelanos viajam para o exterior, retiram, por exemplo, uns 3 mil dólares em dinheiro ou créditos em cartão internacionais e pagam cerca de 18,9 mil bolívares para isso. Ao retornar é possível trocar esse mesmo valor, no mercado ilegal, por nada menos que 180 mil bolívares, ou seja cerca de 10 vezes mais. Um lucro e tanto, que explica a corrida pelas passagens aéreas rumo ao exterior e ilustram como andam as coisas naquele país, com a desastrada política econômica do governo venezuelano.

APARTAMENTOS DE APENAS 19m2 CHEGAM A SÃO PAULO

Batizados de “estilo Tóquio”, essas micro unidades habitacionais, comuns em Nova York e na capital japonesa, começam a ganhar mercado na capital paulista. Mais cedo ou mais tarde devem chegar também a outras grandes cidades brasileiras, mas o foco, por enquanto é a capital paulista mesmo. É um novo estilo de vida, sobre o qual vale refletir. Apesar de minúsculo o “apertamento” não vai sair barato. O primeiro lançamento previsto   para 2016 tem preço estimado em nada menos que R$266 mil. Na verdade trata-se de um quarto pequeno de hotel: uma cama de casal, um armário colado na cama, chuveiro, sanitário do lado oposto e um mínimo espaço para um frigobar, micro pia e uma bancadinha. A TV fica no pé da cama. Esse tipo de imóvel vai ter uma certa infraestrutura, como café, no térreo, mas todos tem em comum a boa localização, perto de corredores de ônibus e metrô. Supõe-se que vai atrair um público jovem, que fica pouco tempo em casa e que não necessariamente usa o carro. Gente

INFLAÇÃO NAS ALTURAS E FALTA DE COMIDA AFETAM VENEZUELA

Algo lhe parece familiar? Para resolver os problemas provocados pela alta de 54,3% nos preços nos últimos 12 meses, a maior desde 2008, e a escassez que já atinge 22,4% dos alimentos, o presidente Nicolás Maduro fez o de sempre: lançou um pacote com mais centralização na distribuição de dólares e ampliou o tabelamento de preços, que vai incluir agora de carros a roupas. E criou mais um órgão: o Centro Nacional de Comércio Exterior, que vai controlar as importações estatais e privadas. O governo venezuelano parece acreditar mesmo que tudo se resume em tabelamento. Poderia se inspirar em inúmeros exemplos de outros países latino-americanos cujas economias foram pro ralo com a adoção pura e simples dos tais tabelamentos. E que nada se resolve com a criação de mais controle estatal, muito menos com a criação de órgãos, ministérios e congêneres. Maduro quer ainda a aprovação de uma lei, na Assembleia Nacional, para ampliar os seus poderes para legislar sobre temas econômicos. Outra for

PREPARE O BOLSO PARA AJUDAR A VENEZUELA

O Governo do Presidente Nicolás Maduro, aquele que antecipou o Natal, criou o dia do Amor a Chavez, em cujo túmulo afirma dormir de vez em quando para se inspirar e para o qual todas as mazelas do tal “socialismo do século 21” são atribuídas à sabotagem dos capitalistas e dos “agentes do imperialismo”, vai receber uma ajudazinha do Bando do Brasil. E, por conseguinte, vai sair algum, também, do seu bolso. Para contornar a crise de abastecimento, cujo maior emblema é a escassez de papel higiênico, que já foi explicada pelo aumento no consumo de alimentos por parte do povo venezuelano (só rindo), provocada na verdade pelo modelo econômico sem pé nem cabeça adotado pelo regime tresloucado, que pretende controlar todos os preços, hostilizando a produção privada e mantendo os seus programas às custas da indústria do petróleo que vem sucateando, o governo de Maduro pediu socorro ao Brasil. Através do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) do Banco do Brasil, em acordo co

COMO SUJAR A PRÓPRIA BIOGRAFIA SEM AJUDA DE BIOGRAFOS

Como bem observa Dora Kramer em sua coluna de hoje, no Estadão, " nem o mais mal intencionado dos biógrafos seria capaz de causar às biografias do grupo Procure Saber o dano que eles provocaram às próprias ao embarcar na canoa furada (e devidamente abandonada na hora do naufrágio) por Roberto Carlos ". De fato é difícil entender como figuras como Caetano, Gilberto Gil e Chico se meteram nessa barca furada. Gil, inclusive é um sujeito com certa tarimba em política, já tendo passado por cargos políticos importantes e vivido ao lado de cobras criadas em Brasília, que deveriam ter lhe dado um mínimo de traquejo político. Os demais administraram suas carreiras e vidas de forma muito satisfatórias até aqui. O que passou pela cabeça dessas pessoas ao se associarem a RC, um emérito censor de livros? Roberto tem inegáveis méritos como compositor, cantor etc., mas as suas posições políticas nunca foram, vamos dizer assim, progressistas. A sua "rebeldia", lá pelos an

RACIALIZAÇÃO DA VIDA POLÍTICA. VEM MAIS BOBAGEM (PERIGOSA) POR AÍ.

  A ideia é reservar para candidatos negros entre 20 a 50 por cento das cadeiras da Casa, além das 27 Assembleias Legislativas do País e da Câmara Legislativa Federal.   O deputado baiano, Luiz Alberto, do PT, que lidera   a Frente Parlamentar Mista pela Igualdade Racial (sim existe isso) propôs e a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados que considerou como constitucional essa emenda a Carta. Para que isso aconteça o eleitor, depois de escolher o seu candidato, ou candidata, nas listas partidárias abertas, votaria uma segunda vez em um nome de uma lista separada de candidatos afim de que ocupem o número de cadeiras reservadas para sua etnia ou sexo talvez (já que as mulheres, por exemplo, que são praticamente a metade da população, poderiam reivindicar também a sua cota). A teoria do deputado é que um afrodescendente não é um brasileiro negro, mas um negro brasileiro. Ou seja a cor, ou a raça, prevalece sobre a nacionalidade. E é aí, exatamente onde reside