CARRO DE SOM E MOBILE MEDIA
Essa
é pra vocês amantes das ‘mobile media’. A cidade de São Paulo e vários outros municípios estão ameaçados com um racionamento de água. A empresa responsável pelo abastecimento
alertou a população através de anúncios
na TV, no rádio e em release nas mídias impressas, jornais basicamente.
Comentei o fato com a minha funcionária, que vê TV o dia inteiro, e ela não
sabia de nada. Dois dias veio com a notícia: “lá em Osasco (onde mora) passou
um carro de som falando sobre a água. A coisa tá feia. Parece que vai ter até racionamento”.
Carro
de som? Em plena época “mobile media”? Mas, pensando bem, tem coisa mais mobile que
carro de som?
O
que me chama a atenção nessa coisa toda é como uma empresa como a Sabesp,
responsável pelo fornecimento de água e o tratamento de esgoto do Estado de São
Paulo, pode ignorar a comunicação via celular e afins, a tal de mobile media.
Difícil, hoje, é encontrar alguém que não tenha celular, pelo menos – tá vamos
ficar bem pelo menos – na cidade de São Paulo.
Recebemos um monte de mensagens promocionais de toda a espécie nos
celulares, via isso, via aquilo. Numa situação emergencial, como essa, não
seria correto utilizar? E as tais de redes sociais que todo mundo fala (e até
usam)? Como usar a ‘mobile media’ em situações de emergência ou catástrofes
eminentes?
É
incrível que apesar de todo o falatório sobre as “novas” mídias, governos e
grandes empresas, principalmente as estatais, não tenham esquemas para se
comunicar com a população em casos de emergências. Ontem nada menos que 11
estados ficaram sem energia elétrica e nada. O metrô, em Sampa (por outros
motivos) parou de funcionar por horas e nada. As pessoas ficam perdidas, ao
Deus dará, e só mais tarde vão saber, as vezes, o que de fato aconteceu. Que tal, pelo menos um jegue/som/mobile?
Outra,
é preciso repensar, seriamente, a eficácia das mensagens nos veículos
tradicionais. Tem eficácia? Claro que tem. Mas será que aqueles “rollzinhos”
sem graça, com uma mensagem lida formalmente por um locutor, faz mesmo algum
efeito?
A
Sabesp está oferecendo descontos de até 30 por cento nas contas para quem
economizar água. Continuo vendo por aí
um monte de gente praticando um dos esportes preferidos dos paulistanos: lavar
calçada. Ou estão se lixando pro
problema e aguardando na maior o tal do racionamento ou a mensagem simplesmente
não está chegando. Será o caso de inundar a cidade com carros de som? Claro que
não, mas é claro, também, que TV, rádio e releases de jornal estão, hoje,
longe, bem longe, de atingir – pelo menos para esse tipo de ‘anúncio’ uma parte
significativa da população.
Fica
aí, a reflexão, para os amantes da mídia e da comunicação.
Grande Mena! Tô gostando da nova fase do blog, agora os posts têm fotos e ilustrações! Bacana. Abração.
ResponderExcluirEstamos tentando G - rsss. Estamos tentando... abrasão.
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