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Mostrando postagens de junho, 2014

COPA:QUEM GANHA E QUEM PERDE

Assim como a maioria das especulações sobre essa Copa, as relativas aos ganhos e perdas também não se revelaram das mais exatas. Se por um lado o pessoal dos bares esta sorrindo a toa, com um faturamento para o mês de junho estimado, até agora, em nada menos que R$12 bi, seus colegas dos restaurantes estão de sorriso amarelo e alguns falam inclusive em queda na receita. Há razões para isso: o horário dos jogos fez com que muita gente migrasse para os barzinhos e os feriados diminuíram o movimento corporativo. Além disso é pequeno o número de restaurantes próximos aos pontos turísticos, isso sem falar na opção de reunir os amigos em casa para assistir aos jogos. A hotelaria, que no início achou que poderia fazer grandes negócios cobrando preços astronômicos, foi forçada a dar descontos que chegaram a casa dos 40%, embora ainda assim tenha conseguido ganhos, mais modestos que os esperados, mas nada desprezíveis: alguma coisa em torno de 6 a 7 por cento.  Os tais 600 mil estrang

UBER, CHEGA AO BRASIL E VAI GERAR CONFLITOS.

A starup de carona paga chega a São Paulo, depois de provocar protestos no Rio e o clima vai ficar tenso com os motoristas de taxis, que consideram o serviço ilegal. O serviço funciona assim: qualquer pessoa, que seja motorista profissional com carro, hablilitaçao e seguro do automóvel para uso comercial pode oferecer o serviço via Uber. Os preços variam conforme os modelos oferecidos. Através do smarphone a pessoa solicitando serviço e será atendido pelo motorista que estiver mais próximo, localizado pelo GPS do aparelho Os modelos de carros são diferenciados, mas a Uber pretende colocar, em breve, modelos mais simples até sofisticados Em São Paulo motoristas de taxis reclamam alegando que o Uber nada mais é do que um carro particular fazendo o serviço de taxi, o que seria ilegal. Em um lugar onde os taxistas pagam entre 50 a 100 mil reais por uma licença para rodar com seu veiculo, a concorrência com o Uber é realmente desproporcional. Mas a resistência a starup espalha-se pelo mundo

E LULA TINHA RAZÃO: O ESTÁDIO É DAS ZELITES

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O contexto era outro, mas tinha razão o nosso ex-presidente: nos estádios as zelites, nas ruas o povão. O resultado é essa torcida chocha. Torcer de verdade, empurrar o timão, xingar, pedir raça, exigir compromisso, vaiar (ops, o time adversário, o juiz, a mãe do juiz....), entoar cânticos de guerra. Empurrar o time, porra! Pra esse pessoal o selfie  já tá de bom tamanho. Dança, canta, faz coraçãozinho e ola quando a câmera de qualquer TV aponta. Fazem ola quando o time está atacando, quase perdem o gol, extasiados com a spidercam, que vai levá-los ao telão. No campo os jogadores balançam os braços, pedem apoio e empolgação e lá vem aquele musiquinha: eu...sou brasileiro, ro... Com muito orgulho, lho... Com muito amô, ô....  Ah! Tudo bem, tem uma melhorzinha: o campeão voltou, o campeão voltou....  Tudo bem, afinal os preços dos ingressos não são mesmo pra qualquer um. O pessoal não tem traquejo de arquibancada mas vai fazendo o que pode. Mas eu gostaria de ver mesmo, lá n

COPA: ACERTOS E DESACERTOS.

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Ainda não acabou, mas já é possível ver que o mundial, que tinha tudo pra dar errado, ou que - pelo menos - muita gente assim pensava, vai se saindo bem, principalmente dentro do campo. Fora dele ainda muitos problemas, mas a farra, muita farra, faz a alegria de estrangeiros e nativos. Tem sido uma basta festa, sem dúvida. Na verdade ela tinha tudo mesmo para dar errado: além das ameaças de manifestações de todo o tipo, uma coisa comandada pela corrupta CBF, sem falar na irritação com os custos dos estádios e na provável desorganização, que afinal aconteceu, mas não comprometeu, só mesmo os mais otimistas ou muito desligados não estavam apreensivos. No final prevaleceu o que o brasileiro sabe fazer melhor: improvisar e receber bem aqueles que nos visitam. Os estrangeiros vêem os defeitos, mas acham que tudo esta sendo superado pela alegria e pela forma generosa com que estão sendo recebidos. Ah, tem o caos no trânsito, tem as filas, tem os preços super, que por sinal estão

COMIDA A QUILO: SUCESSO NA COPA.

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O que nem chama mais a atenção, incorporado que está ao nosso dia-a-dia, pode fazer muito sucesso e surpreender a quem não está acostumado com determinado serviço. No caso, os restaurantes a quilo, que não atraem mais a nossa atenção, noves fora na hora da fome, mas estão encantando os estrangeiros que nos visitam em função da Copa.  Aqui em São Paulo, a rádio Band/FM andou entrevistando nossos visitantes encantados com essa modalidade de restaurante, que não existe nos seus países. Os maiores elogios vão para o preço, considerado módico pela maioria e, principalmente, para a variedade. Nas entrevistas elogios a quantidade das carnes disponíveis e a possibilidade de repetir indefinidamente os pratos. Um dos entrevistados revelou, inclusive que esta ensinando aos seus conterrâneos o modo correto de se portar nesses estabelecimentos: no inicio colocávamos tudo o que podíamos em um prato apenas. Carne, peixe, massa... Mas agora já aprendemos e estamos ensinando aos outros amigos. N

GRITO DE GUERRA: TA FALTANDO UM PRA NOSSA SELEÇÃO

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Seja sincero: existe coisa mais chocha, mais chata, que esse cântico (Eu, sou brasileiro, como muito orgulho...) que pretende embalar a torcida canarinho nos estádios? Torcida precisa de canto de guerra, de provocação, de vigor, de garra, nada parecido como que se vê na tal torcida brasileira nessa Copa. As explicações são variadas, uma delas é que o tal de público presente nos estádios não é exatamente aquele público acostumado a frequentar os estádios, aquele louco pelo seu time, que sabe de cor os hinos, os cânticos e os insultos e as provocações aos adversários. Com o preço alto dos ingressos o tal de público presente seria em sua maioria de “coxinhas”, devidamente paramentados, porém mas interessados em dar um olá pros telões e se sentir parte do espetáculo, mas não de protagonizar. Pode ser, mas o que dizer de torcidas estrangeiras, como as da Argentina e do Chile que se comportam de fato como torcedores? Os argentinos não perdem um minuto para

PESQUISAS ELEITORAIS USADAS PARA ESPECULAR NA BOLSA

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Pesquisas eleitorais podem estar sendo usadas, por bancos e corretoras, para especular na Bolsa de Valores. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está de olho em oscilações atípicas no mercado de capitais brasileiro e suspeita que pesquisas eleitorais estejam por trás dessas oscilações. Não tem nada de ilegal usar pesquisas para antecipar resultados e comprar ou vender ações antes dos demais investidores, mas o que a CVM vem suspeitando é que instituições financeiras estariam usando, antes da divulgação ao público,   informações de resultados de pesquisas de opinião pública relativas às eleições ou aos candidatos. E isso caracteriza o uso indevido de informação privilegiada, o que não é permitido pelas regras do mercado, podendo resultar em sanções ou até mesmo a proibição de atuar na Bolsa. O que tem sido observado é que a Bolsa, influenciada pelas ações de estatais, passou a reagir em alta quando existe perspectiva de queda na intenção de voto na p

TATU-BOLA VIVO: R$50,00 – FULECO DE PELÚCIA: R$79,90. A FIFA LUCRA COM ANIMAL AMEAÇADO DE EXTINÇÃO E DÁ UMA BANANA PARA OS AMBIENTALISTAS.

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O tatu-bola vivo est á passando da categoria de esp é cie "vulner á vel" para em "perigo". E os bi ó logos lamentam que a Fifa explore comercialmente a imagem de um animal amea ç ado de extin çã o, mas n ã o d ê nada em troca. Segundo o coordenador geral da Associa çã o Caatinga, quando tiveram a ideia de propor a entidade o tatu-bola para mascote do Mundial, pretendiam dar mais visibilidade à Caatinga e salvar uma esp é cie amea ç ada, mas a Fifa embora venha faturando alto com seu mascote, deu as costas aos ambientalista. O pessoal da Caatinga n ã o est á atr á s de dinheiro, mas tinha a expectativa de que alguns dos seus projetos apresentados a Fifa fossem aprovados e que ela atuasse como embaixadora da causa ambiental, mas obviamente n ã o foi isso que aconteceu. No interior, na catinga, as pessoas n ã o fazem a menor ideia do que seja o tal de Fuleco e os poucos que o conhecem n ã o o relacionam com o tatu-bola, q

PESQUISAS X PESQUISAS – 72% X 17% DE INSATISFEITOS. É POSSÍVEL?

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É possível. Tudo depende da pergunta. Vou me aproveitar aqui de um comentário de Cesar Maia, sobre esse mesmo assunto, que vale a pena. Na pesquisa do Pew Research, que comentei aqui no blog, sobre o título “Brasileiros irritados   com tudo e todos”, como de fato estão, revelava que 71% dos brasileiros se diziam insatisfeitos, contra apenas 26% de satisfeitos. Pesquisa do IBOPE, realizada apenas um mês depois, aponta, no entanto, um número muito inferior: apenas 17% estavam insatisfeitos, contra 71% de satisfeitos. Algumas pessoas questionaram isso. Como é possível uma reviravolta desse vulto em apenas um mês de diferença? Um dos institutos errou grosseiramente? Nada disso, apenas perguntas bem diversas. O Pew Research perguntou: Em geral, você está satisfeito ou insatisfeito com o modo como as coisas vão no seu país? Já para o IBOPE a pergunta foi: Como o(a) sr(a) diria que se sente com relação à vida que vem levando hoje ? Muito Satisfeito/Satisfeito, Muito ins

ANISTIA INTERNACIONAL: BIRUTA DE AEROPORTO

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Confesso que me surpreendo cada vez mais – e negativamente – com a Anistia Internacional. Na sua ânsia de estar ao lado dos “oprimidos”, coisa aparentemente correta, vem enfiando os pés pela mãos em suas análises e com isso perdendo credibilidade. Agora deu de criticar o chamado “abuso das polícias” nas manifestações “pacificas” de rua. Pra início de conversa todo mundo concorda com o despreparo das polícias brasileiras. Nenhuma novidade. O problema está quando a Anistia resolve omitir o papel de toda a rede de comando da repressão e da ação dos vândalos e Black Blocs da vida. Parece que a polícia vai as ruas por conta própria e decide, em precisar se reportar a ninguém, quando, como e contra quem vai usar a sua força repressiva. Onde estão os governadores, os secretários de segurança e afins? No documento da entidade, lançado ontem em frente ao Congresso Nacional, “as autoridades locais” como são chamados, são cobrados apenas pela suposta omissão

PESQUISA: BRASILEIROS IRRITADOS COM TUDO E TODOS

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A pesquisa (do instituto americano Pew Research Center)   não chamou muita atenção, mas os número impressionam. A responsável pela pesquisa, Juliana Horowitz, achou a mudança de humor dos brasileiros, de 2010 para hoje, muito radical: dos 82 países pesquisados, só foram observadas oscilações semelhantes naqueles que sofreram crises graves ou rupturas institucionais significativas, o que não é o nosso caso. Os números: 86% desaprovam o combate à corrupção; 85% estão insatisfeitos com a insegurança pública; 85% acham ruim o serviço de saúde; 76% desaprovam o sistema de transporte; 71% não concordam com a política externa do governo; 72% acham ruim a educação; 65% estão revoltados com a pobreza, 63% com a situação da economia, com 85% apontando a inflação como principal problema e, apesar do desemprego estar em patamares historicamente baixos, ainda assim 72% disseram que o desemprego é o maior problema do Brasil. Quanto à Copa 61% responderam que o evento é ru

TELESPECTADORES QUEREM PULAR COMERCIAIS

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84% dos telespectadores querem pular os comerciais e 60% gravam os seus programas para não ter que assistir aos anúncios. 49% dos brasileiros alegam que a possibilidade de não ter que ver os comerciais é um incentivo para baixarem um programa de televisão e outros 41% consideraram   ainda as propagandas em smartphones como invasivas. Os dados são de uma pesquisa feita pela Arris, uma fabricante de equipamentos de telecomunicações norte-americana, que adquiriu recentemente a divisão de produtos domésticos da Motorola, divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo. Outro dado interessante da pesquisa é a revelação da coexistência entre os modos tradicionais de ver TV e os novos tipos de acesso, como tablets, smartphones e consoles de jogos. A pesquisa registra ainda o que eles chamam de “binge TV” – o consumo prolongado e em grande quantidade de TV. Mais de 10,5 mil pessoas foram entrevistadas em 19 países, inclusive o Brasil, segundo a matéria publicada pelo Est

CLÁSSICOS PARA "BURROS"

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Inventaram recentemente – e já teve gente ganhando, ou pelo menos pretendo, safar uma graninha das testas da viúva para isso – uma história de “simplificar” os clássicos da língua portuguesa.   A primeira investida é contra Machado de Assis.   A justificativa é mais ou menos a seguinte: facilitar a leitura dos clássicos, para que o jovem leitor – bem burrinho – para que mais tarde ele possa enfrentar galhardamente os textos originais. Originalidade, sem dúvida, está na ideia, para continuar sendo elegante. Em vez de elevar o leitor, puxa-se o Machado para baixo. Podemos exportar a ideia para o mundo: Shakespeare simplificado. Platão, em poucas linhas. Proust ao alcance de qualquer bocó. Machado, moço pobre, criado na provinciana, na época, cidade do Rio de Janeiro, certamente teria atingido outro patamar, tivesse acesso às versões simplificadas dos clássicos da literatura mundial, como hoje proposto. E por que ficar apenas em Machado? Vamos a tod