COPA:QUEM GANHA E QUEM PERDE

Assim como a maioria das especulações sobre essa Copa, as relativas aos ganhos e perdas também não se revelaram das mais exatas. Se por um lado o pessoal dos bares esta sorrindo a toa, com um faturamento para o mês de junho estimado, até agora, em nada menos que R$12 bi, seus colegas dos restaurantes estão de sorriso amarelo e alguns falam inclusive em queda na receita. Há razões para isso: o horário dos jogos fez com que muita gente migrasse para os barzinhos e os feriados diminuíram o movimento corporativo. Além disso é pequeno o número de restaurantes próximos aos pontos turísticos, isso sem falar na opção de reunir os amigos em casa para assistir aos jogos.

A hotelaria, que no início achou que poderia fazer grandes negócios cobrando preços astronômicos, foi forçada a dar descontos que chegaram a casa dos 40%, embora ainda assim tenha conseguido ganhos, mais modestos que os esperados, mas nada desprezíveis: alguma coisa em torno de 6 a 7 por cento. 

Os tais 600 mil estrangeiros esperados não apareceram, mas as empresas aéreas, de bebidas, carne, locadoras de veículos e operadoras de cartões de crédito estão felizes com o evento.

Por outro lado tem o pessoal do choro: indústria e comércio. Na indústria a perda por dia parado pode chegar a R$ 7 bi. O comercio também não se beneficiou com a Copa, devido a uma demanda domestica frágil e ao pouco apetite dos estrangeiros para as compras, que se limitam aos souvenirs, já que para a maioria absoluta deles os produtos aqui são mais caros que em seus países. A confederação do comercio estima que cada dia parado, com um feriado, significa cerca de 9% a menos no mês, mas o percentual varia dependendo da localização do estabelecimento, assim, por exemplo, no Rio e em São Paulo o índice sobe para entre 10% e 11%. 

Dessa forma o impacto econômico da Copa deverá ficar concentrado mesmo nos segmentos ligados a alimentação e lazer.

Que influência tudo isso terá nas próximas eleições saberemos em pouco tempo.



Comentários

  1. Nelson Ribeiro Perez30 de junho de 2014 às 22:25

    Quando a copa influenciou diretamente as eleições? Em 70, tínhamos o querido Médici e seus soldadinhos. Água. Em 94, Itamar e o plano real. Água. Em 2002, fim da era FHC, quem venceu nas urnas foi Lula. Água again. Agora temos os coxinhas, as vaias brancas na presidenta, a falta de água em São Paulo, mais vaias brancas no hino do Chile e uma possível (sempre possível) desclassificação. A análise é boa, mas a copa é um sucesso - não de cama e mesa. Acho que Dilma entra na campanha como Bachelet ou Merkel: futebol é apenas futebol. As arenas vão servir de palco para shows e para dar um up grade no campeonato brasileiro. Salvo a sanha assassina da direita bobinha a onda vai morrer na praia.

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    1. Acho que o fato de estar sendo realizada no Brasil muda um. Pouco as coisas, Nelson Perez.

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