TELESPECTADORES QUEREM PULAR COMERCIAIS


84% dos telespectadores querem pular os comerciais e 60% gravam os seus programas para não ter que assistir aos anúncios. 49% dos brasileiros alegam que a possibilidade de não ter que ver os comerciais é um incentivo para baixarem um programa de televisão e outros 41% consideraram  ainda as propagandas em smartphones como invasivas.

Os dados são de uma pesquisa feita pela Arris, uma fabricante de equipamentos de telecomunicações norte-americana, que adquiriu recentemente a divisão de produtos domésticos da Motorola, divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo.

Outro dado interessante da pesquisa é a revelação da coexistência entre os modos tradicionais de ver TV e os novos tipos de acesso, como tablets, smartphones e consoles de jogos.

A pesquisa registra ainda o que eles chamam de “binge TV” – o consumo prolongado e em grande quantidade de TV.

Mais de 10,5 mil pessoas foram entrevistadas em 19 países, inclusive o Brasil, segundo a matéria publicada pelo Estadão, no último dia 28.

Uma das coisas que deveria levar os publicitários a refletir é a falta de criatividade dos comerciais. Sempre existe, pelo menos uma chance, de se dar atenção a uma propaganda bem feita, inteligente e instigante. Sim, temos exemplos. Custa caro, pelo menos em talento, mas os resultados são bons.

Outro fator de rejeição, pelo menos para mim como consumidor, é o excesso de veiculação. Tá, dá dinheiro para a agência, enrola o anunciante fazendo-o acreditar que a exposição excessiva é uma garantia de fixação da sua marca ou produto, mas pode, com toda certeza, criar aversão.

Aqui, em São Paulo, por exemplo, não aguento mais ouvir falar na Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que está no ar com uma peça de rádio primorosa, com um jingle excelente, texto corretíssimo e o melhor dos posicionamentos. Acontece que está presente em todos, absolutamente todos, os intervalos comerciais da BAND/FM, emissora que ouço todo o tempo em que estou no trânsito. Agora, assim que começa troco de emissora. E acredito que um monte de gente deve, também, estar de saco cheio da Fiesp e sempre que possível “pulando” o comercial.

Os profissionais da área devem refletir sobre isso.  Não só criativos e mídias, mas os departamentos comerciais das emissoras, afinal, é aí que está a sua principal forma de faturamento. Se não conversarem e ficarem cada um no seu canto do ringue, só pensando no que vão faturar no fim do mês, podem – todos  – terminar no prejuízo.

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