ALGO LHE SOA FAMILIAR?
O presidente do Equador, Rafael Correa, está prestes a
conseguir o que vem tentando há tempos: perpetuar-se no poder. Como já acontece nos outros países
“bolivarianos”, onde seus governantes consideram imprescindível a continuidade
infinita para a consolidação do tal “socialismo do século 21”.
A última jogada do equatoriano foi conseguir que a
Corte Constitucional, dócil ao seus interesses, decidisse que a Assembleia
Nacional pode emendar a Constituição sem a necessidade de submeter essas
mudanças a um referendo, como deseja a oposição.
Além da reeleição indefinida o pacote prevê alterações
na legislação trabalhista que, na prática, limita o direito de greve e, é
claro, o objeto de desejo de todo "esquerdinha do século 21": aumenta o controle
sobre a mídia.
Seguindo o figurino vigente, as manifestações de
protesto de sindicalistas e grupos de oposição, foram devidamente reprimidas
pela polícia e o grupo político do governo classificou os manifestantes como
“golpistas”, articulados com a “direita internacional” e “representantes das
elites”, interessados em desestabilizar o governo nacional.
Ao contrário dos seus colegas bolivarianos, o Equador
cresce em torno dos 4% ao ano, mas o clima político está tenso graças as tentativas
do governo de se perpetuar no poder.
Apesar de 73% da população desejar um referendo sobre a reeleição
indefinida e 75% dizerem ser inaceitável que esse e outros temas da mesma
importância sejam submetidos exclusivamente a Assembleia Nacional, a Corte,
submissa ao governo, decidiu pelo contrário e ao que tudo indica o Equador
poderá ter um Rafael Correa para sempre no governo.
Algo lhe soa familiar?
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