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Mostrando postagens de abril, 2015

E LULA TEM RAZÃO

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Segundo o ex-presidente “nós (se referindo ao PT) precisamos começar a dizer o que nós vamos fazer neste segundo mandato, qual é a política de desenvolvimento que nós vamos colocar em prática, qual é o tipo de indústria que nós vamos incentivar”. Independentemente das motivações específicas, Lula estava falando para o público interno, na abertura do 3 o . Congresso das Direções Zonais do PT/São Paulo, a fala faz todo sentido. Lula tem reclamado – e isso valeria também para a oposição – que o único tema nos últimos cinco meses tem sido o ajuste fiscal. Se, por um lado o PT, entenda-se aí o governo, precisa dizer o que pretende, afinal, além do ajuste fiscal, apresentando ao país um projeto de desenvolvimento claro e objetivo, pós ajuste, seria desejável, por outro lado, que a oposição saísse do seu cantinho, onde espera quieta apenas que o Governo Federal sangre até à morte e apresentasse também o seu contra projeto. Hoje o país está parado, discuti

¿De izquierda? ¿De derecha?

Aqui vai, mais uma vez, um texto do meu amigo Rafael Vilar, publicado em La Razón, que achei muito pertinente com a nossa realidade e perplexidade diante dos conceitos, atuais, de esquerda e direita. Simplificadamente, la derecha priorizaría la conservación del orden, y la izquierda, el cambio La Razón (Edición Impresa) / José Rafael Vilar 01:18 / 28 de abril de 2015 En los últimos tiempos me he sentido muy confundido por la utilización de los conceptos políticos (más que ideológicos) de “izquierda” y “derecha”. Uno de ellos como definición de todo lo bueno, lo positivo, lo avant-garde (vanguardismo); y el otro como un sticker ofensivo que a quien se lo espetan trata de arrancárselo presto, acusando al otro de diatribas. Lo más curioso es que nadie acepta ser “de derecha” en estas tierras iberoamericanas, que van desde los Pirineos yendo a la izquierda (no es casual) hasta el Pacífico. Hagamos historia para conocer de dónde surgió esta díada tan mentada. Es 1788 y la Francia de los Bo

O BLOCO DO RENAN VAI A LUTA CONTRA CUNHA

Está marcada para hoje, terça-feira, no gabinete do líder do PSB, João Capiberibe, a primeira reunião do bloco do Renan, que pretende barrar no Senado as pautas apoiadas por Eduardo Cunha. Inaugura-se, assim, oficialmente a falsa luta entre os progressistas do Renan, contra os conservadores do Cunha O bloco é “supra partidário”, tendo como um dos seus líderes mais entusiasmados o petista Lindbergh Farias e outros participantes como Cristovam Buarque e Capiberibe. A grande bandeira do grupo é o posicionamento contrário a terceirização, que segundo Renan seria uma “pedalada contra o trabalhador”, ao tempo que insinua que o projeto poderá ser engavetado até depois de janeiro de 2017, quando Cunha deixará a Presidência da Câmara. Cunha, classificado pelo bloco “progressista” do Renan como “conservador” ameaça por outro lado engavetar todas as iniciativas do Senado. Deixemos por um momento de lado o progressismo de Renan e o conservadorismo de Cunh

CICLOVIA NÃO É “COISA” DO PT

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Ultimamente virou hábito partidarizar toda e qualquer ideia, classificando qualquer proposta Simplifica-se o debate, mas sufoca-se os argumentos, tudo vira bate-boca de torcida, divide a sociedade em guetos, atropela-se as ideias. É o que está acontecendo com o “debate” sobre as ciclovias em São Paulo. Parece que todo mundo que anda de bike ou é favor das ciclovias é petista e eleitor do prefeito. Quem tem qualquer reparo as ciclos, ou anda de carro é do PSDB, coxinha desnaturado.   Tudo errado. Os buracos, inclusive das ciclovias, são bem mais embaixo. O debate acirrou recentemente, com uma interferência do Ministério Público Estadual, que paralisava todas as obras cicloviárias da cidade, argumentando falta de planejamento, o que é verdade, mas nem tanto. A Prefeitura conseguiu derrubar a liminar e o alcaide comemorou a decisão com ares de quem tinha vencido uma grande batalha e insinuando que estava tudo certo com os 262 km de ciclovias implantadas, um

EXISTE POLÍTICA SEM POLÍTICOS?

Começamos a assistir, ou participar, dependendo das inclinações de cada um, de mais duas “grandes” manifestações,   a favor e contra o governo Se levarmos em conta as “reivindicações e palavras de ordem” das realizadas recentemente o script será, mais ou menos, mais do mesmo: o pessoal a “favor” será a favor, mas com restrições. Foi o que aconteceu hoje (07/04). Querem estabilidade, mas nada de muito sacrifícios, principalmente perda dos direitos trabalhistas. Nas manifestações de hoje, que reuniram poucas pessoas, o principal protesto foi contra a terceirização (a regulamentação da própria)que Eduardo Cunha avisou que colocaria em votação na Câmara, mas que foi adiada para amanhã, por acordo dos líderes. O pessoal do “contra” é contra. Contra tudo que está aí, incluído aí no tudo a classe política. O pessoal a “favor” não quer crise institucional, mas a sua relutância em aceitar medidas impopulares não ajuda muito o governo. O pessoal do “contra” , cas

SIM, OS REACIONÁRIOS PODEM SER VENCIDOS.

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Reacionários aqui não são, exclusivamente, e provavelmente para tristeza de muitos, os coxinhas abomináveis do PSDB, nem os entusiastas do deputado Bolsonaro ou os amantes do golpe militar. Reacionários aqui são de todos os matizes políticos, aqueles que de uma forma ou de outra trocaram o sonho de um futuro grandioso para a nação brasileira, por um pesadelo. Reacionário aqui são os que acham que estão sempre certos e que qualquer discordância das suas ideais ou atos é um crime de lesa pátria e de conspiração para matar negros, pobres e homossexuais. Reacionário também é o governo federal, cujos membros defendem o deixa está que está certo, se opõem a mudanças e só reagem a algumas pressões. Reacionários são os políticos, que pouco antes do ajuste fiscal ser anunciado, aumentaram seus rendimentos e logo em seguida o tal de fundo pluripartidário para engrossar os cofres dos partidos. Reacionários são aqueles que soltam fogos para as leis anticorrupção, ma

JUÍZES PROPÕEM PRISÃO IMEDIATA POR CORRUPÇÃO

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Como todo mundo está careca de saber, no Brasil o sujeito condenado em primeira instância, noves fora se for preto, pobre ou muito burro, não vai pra cadeia, podendo recorrer em liberdade a todas as infinitas possibilidades oferecidas pela nossa leniente justiça Agora, os juízes, estão propondo ao Congresso uma proposta que além de acelerar o cumprimento de penas em processos envolvendo crimes de colarinho branco, sugere a possibilidade de prisão já após condenação em primeira instancia, independentemente do direito do réu de recorrer às cortes superiores, além de multas para inibir o uso de recursos protelatórios, tão comuns em nosso processo penal. Os advogados obviamente são contra. Nada como ficar mamando a graninha dos cliente   ad infinito.   A OAB, cujo currículo vem sendo enxovalhado nos últimos anos, também se manifestou contrária, o que neste caso até faz sentido já que representante dos advogados e lá se vem com a tal de cláusula pétrea da co