O BLOCO DO RENAN VAI A LUTA CONTRA CUNHA


Está marcada para hoje, terça-feira, no gabinete do líder do PSB, João Capiberibe, a primeira reunião do bloco do Renan, que pretende barrar no Senado as pautas apoiadas por Eduardo Cunha. Inaugura-se, assim, oficialmente a falsa luta entre os progressistas do Renan, contra os conservadores do Cunha

O bloco é “supra partidário”, tendo como um dos seus líderes mais entusiasmados o petista Lindbergh Farias e outros participantes como Cristovam Buarque e Capiberibe. A grande bandeira do grupo é o posicionamento contrário a terceirização, que segundo Renan seria uma “pedalada contra o trabalhador”, ao tempo que insinua que o projeto poderá ser engavetado até depois de janeiro de 2017, quando Cunha deixará a Presidência da Câmara.

Cunha, classificado pelo bloco “progressista” do Renan como “conservador” ameaça por outro lado engavetar todas as iniciativas do Senado.

Deixemos por um momento de lado o progressismo de Renan e o conservadorismo de Cunha, cada um com seus adeptos de ocasião. Na verdade a dupla está, digamos assim, de mal, não por conta dos altos interesses da Nação, mas por conta de coisa bem menor, o alijamento de Vinicius Lages, apadrinhado de Renan, para que o lugar fosse ocupado pelo ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o afilhado de Cunha, no Ministério do Turismo.

Graças, também, às trapalhadas do Planalto, que tenta agradar uns e outros com a velha tática de distribuição de cargos, a dupla, no comando das duas casas do Legislativo, vai deixando de lado questões das mais importantes para o País, sem qualquer constrangimento das partes envolvidas e o que é pior, com muita gente apoiando uns e outros, como se estivessem de fato lutando pelos direitos dos trabalhadores ou vai lá que seja, aprovando, exclusivamente, leis conservadoras.

Renan está na "vida pública" há 36 anos. Já foi deputado, ministro e está pela quarta vez na presidência do Senado. Elegeu o seu filho, Renanzinho,de 34 anos, governador de Alagoas. Tem gente que afirma que o problema de Renan, na verdade, não é com Cunha, mas com o seu futuro na política. Não pode se reeleger mais na presidência do Senado e muito menos ser ministro da Dilma Rousseff, com cinco inquéritos no Supremo, três deles relacionados à Lava-Jato. Perdendo força no governo tem procurado se reinventar para sobreviver politicamente e quem sabe até concorrer em 2018 à reeleição ou ao cargo ocupado atualmente pelo filho. Veremos.


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