QUEM SÓ SE COMUNICA SE TRUMBICA . APRENDENDO COM GOEBBLES.

Lido ou não, Joseph Goebbles, tem inspirado – e muito – a comunicação política nos quatro cantos do mundo. A sua provavelmente mais famosa frase, de que uma “mentira contada mil vezes, torna-se realidade”, tem servido de “inspiração” para “marqueteiros” e políticos que não avaliam, no entanto, os riscos, enredando-se em exageros tão descabidos, que impedem as suas mentiras, por mais repetidas que sejam, de se tornarem verdades ou a má qualidade do invólucro da mentira, que de tão ruim perde a credibilidade. Sim, senhores, até para mentir é preciso ser criativo e ter pelo menos um pé na realidade. E é o próprio Goebbles que ensina.

Goebbles, com seu amigão e mentor.
É muito comum achar, principalmente no marketing político, que uma boa comunicação resolve tudo, ou quase tudo. Gobbles, nos ensina, no entanto, que “quando se faz um bom governo, uma boa propaganda é consequência. Uma coisa segue a outra. (Mas) um bom governo sem propaganda se sai melhor do que uma boa propaganda sem um bom governo”. Eis aí o cerne da questão. A realidade se impõe, até mesmo para o “pai da mentira” isso é verdadeiro.

Bem resumidamente: mentir é perigoso, mas pode dar certo por um tempo, desde que o  agente emissor seja criativo e hábil, mas não se sustenta, indefinidamente, sem que a mentira esteja apoiada, minimamente que seja, no mundo real.

As pessoas podem acreditar, por um bom tempo, numa mentira que repetida tantas vezes pode se transformar numa verdade. As pessoas podem, durante um bom tempo, fazerem uma boa ideia (aprovarem um governo) ainda que ele não seja um bom governo, desde que a sua propaganda seja boa. Tudo bem, tudo certo. Mas não há como fazer isso indefinidamente.

As mazelas econômicas de um país qualquer, podem ser atribuídas a inimigos internos e externos. A “empresários desonestos e ao imperialismo ianque”, por exemplo. Isso pode servir, ainda que seja uma desculpa deslavada, para justificar a incompetência em lidar com a economia, por algum tempo ou até mesmo por muito tempo, principalmente se houver uma massa de beneficiados, gente que ascendeu econômica e socialmente em período anterior, antes que os “empresários desonestos e os imperialistas ianques” tomassem de assalto o nosso hipotético país. Mas, as dificuldades impostas no dia-a-dia tendem, mais cedo ou mais tarde, a desmascarar essas desculpas/mentiras. No mínimo a população vai chegar a conclusão de que o governo é incompetente para gerir as ameaças e complôs dos inimigos internos e externos e que o hipotético país precisa de um outro governo mais efetivo.

A longevidade da mentira política deve-se a sua criatividade. Da possibilidade de unir, ou apropriar-se, de um mínimo de realidade para construir a grande inverdade. É preciso ganhar as pessoas para uma ideia de forma tão sincera, com tal vitalidade, que, no final, elas sucumbam a essa ideia completamente, de modo a nunca mais escaparem dela, afirma o pai da mentira política.

Os ensinamentos estão aí, mas convém que os “mentirosos” se acautelem. Pois mais cedo ou mais tarde serão desmascarados e podem ter um destino bem trágico, como aliás, teve, o pai da mentira.

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