Postagens

Mostrando postagens de julho, 2015

POLÍTICOS E SUAS PREFERÊNCIAS NO TWITTER

O Estadão Dados realizou recentemente, em parceria com o Ibope DTM, um estudo bem interessante – e até mesmo divertido – sobre contas no Twitter, revelando o quem os 428 deputados federais seguem, evidenciando suas preferencias, interesses e prioridades. José Roberto de Toledo revelou alguns dados em sua coluna no Estadão. Alguns bem curiosos: Dilma aparece em primeiro lugar entre as contas mais seguidas pelos deputados, com mais da metade dos parlamentares identificados no Twitter, mas o segundo lugar é de nada menos que José Serra. É claro que os petistas são quase unanimidade entre os seguidores da presidente, mas pelo menos 12 deles seguem o senado tucano. Aí ainda tudo normal, mas se formos avaliar os parlamentares do PMDB a coisa fica mais interessante: dos 52 que possuem contas no Twitter só 26 seguem a presidente. E nem todos são aliados. Um deles, por exemplo, é Eduardo Cunha, que não é exatamente um “amigo” da mandatária. Já a presidente não segue o pres

VALE LER: CÓDIGO DA VIDA, DE SAULO RAMOS

Imagem
Estou encantado com a leitura do livro de Saulo Ramos, o Código da Vida, a nova edição ampliada, que vai agora até o governo Dilma. Bem escrito, com muito humor e em uma linguagem ágil e envolvente, aborda, para que não conhece o livro, momentos marcantes do Brasil, vividos de perto pelo autor, mas entremeados por um interessantíssimo litígio judicial de uma família. Saulo foi um espectador privilegiado e arguto dos mais importantes fatos da recente história brasileira e eles são apresentados sem nenhum estratagema para ocultar os seus nomes dos seus atores principais, com todos os seus feitos e mal feitos. Apenas nos casos estritamente de direito privado, que dão um sabor especial ao livro, dando-lhe “suspense, surpresas e mistério”, os nomes dos envolvidos são fictícios. Vale a leitura.

O BRASIL E O FASCÍNIO PELO FRACASSO

Imagem
Li hoje, um artigo muito interessante sobre o fascínio brasileiro pelo fracasso, escrito pelo economista Josef Barat, no jornal Estado de São Paulo. Barat debruça-se sobre a alternância de sucessos e fracassos recorrentes na nossa história, independentemente de ideologias, onde “cada período de busca pela inserção no mundo contemporâneo e participação no concerto das nações adultas seguem-se os de desmonte das conquistas”, com as “forças do atraso” unindo-se para “manter o País na sua letargia secular”. (inclui-se nas forças do atraso, aquelas que se dizem “progressistas”, mas atando de forma bitolada servem, no final das contas, ao atraso). Assim como a Barat, isso é algo que me intriga. Quais seriam as explicações, afinal, para o que ele chama de “estranho fascínio” que nos persegue ao longo da nossa história? Barat cita alguns exemplos, mais recentes da nossa história, para ilustrar a sua tese: o esforço de contemporaneidade e otimismo dos anos JK, que fo

REJEIÇÃO AO PT CHEGA AO CINTURÃO VERMELHO DE SP

Imagem
O Cinturão Vermelho, para que não sabe, é um conjunto de bairro nos extremos da capital paulista que desde 2000 tem votado em peso nos candidatos petista. Mas, recentemente, a queda na aprovação da presidente, a agenda negativa provocada pela Operação Lava Jato e a crise econômica começaram a se fazer sentir, também, nos eleitores do cinturão, animando os adversários a investirem nesses redutos petistas, antes considerados fechados a outros candidatos. Segundo Márcia Cavallari, diretora do Ibope, percebe-se o aumento significativo da proporção de eleitores voláteis, aqueles que já votaram no PT, em algum momento, mas que agora não repetirão o voto na legenda, com o antipetismo chegando aos antigos redutos do partido. Não é a toa que Nelson Biondi, responsável por campanhas do PSDB na capital e no Estado, afirme que, diferentemente do passado, “quando a gente não investia muito nos redutos petistas porque sabíamos que não adiantaria, hoje o ‘mercado’ está diferente.

NEM LULA NEM O PT ESTÃO MORTOS

Imagem
Mais uma pesquisa, estilo corrida de cavalos do Ibope, sobre uma hipotética eleição presidencial, e lá vem a mesma conclusão, fruto das interpretações aligeiradas das pesquisas. Aécio venceria, Lula, que por sua vez venceria, por margem pequena, Alckmin e por aí vai..., donde se poderia concluir que Lula e o PT estariam, como disse aliás o próprio ex-Presidente, no “volume morto”, acabados. Mas, como bem ressaltou a Diretora Executiva do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari, em entrevista ao Estado de São Paulo, “é fato que a base do Lula diminuiu, mas não se pode dizer que ele esteja morto, em termos políticos. A dúvida é se vai conseguir se recuperar” É justamente em cima dessa dúvida que a análise das pesquisas fica interessante, embora nada no trabalho do Ibope, e não me parece ser esse o objetivo, indique o que poderia ser feito, pelo o ex-Presidente e o seu partido, para reverter a situação. Vale, aqui, a título de exemplo, destacar dois depoimentos publicad

VEÍCULOS PARADOS NÃO PROVOCAM ACIDENTES. TRÂNSITO LENTO FLUI MELHOR.

Imagem
As afirmações do título podem parecer estranhas, mas é com base nisso aí que a Prefeitura de São Paulo aposta para melhorar o trânsito e diminuir os acidentes. A partir do próximo dia 20 a velocidade das duas mais importantes vias da cidade, as Marginais, terão as suas velocidades reduzidas para 70km nas vias centrais, 60 para as laterais e 50 nas locais. Hoje as máximas são 90 nas expressas, 70 nas laterais 60 nas locais. E “estuda-se” reduzir para 50km a velocidade máxima em todas as vias da capital. Segundo o Secretário dos Transportes, com a velocidade reduzida, além de diminuir os acidentes, o trânsito fluirá melhor, já que a distância entre os veículos tende a diminuir. O computador de bordo do meu carro me informa, que nos últimos seis meses a minha velocidade média foi de apenas 40km por hora, 10 quilômetros menor da que os sábios técnicos da prefeitura querem como velocidade padrão. Obviamente não sou o único a circular nessa velocidade de cágado e

GRAU DE INVESTIMENTO: UMA SÉRIA AMEAÇA

Enquanto se discute e vocifera no Facebook, no Congresso e nas rodinhas políticas o “sai, não saio” da presidente, uma questão muito mais séria, que pode aumentar o fundo do poço da crise, real, em que vivemos, passa desapercebida, ao largo das discussões: é a possibilidade real (já tem gente apostando que isso vai acontecer no próximo mês de setembro) que o grau de investimento do Brasil pode ser rebaixado. Grau de investimento, para quem vive no mundo da lua, é uma espécie de nota que é dada pelas agências internacionais para os bons e maus pagadores. Quando a nota é rebaixada, o que se tem pela frente é uma crise de liquidez externa. Em linguagem simples: nada de empréstimos, nada de bons negócios com outros países, todos os indicadores financeiros indo por água abaixo. A nota é rebaixada quando o país não tem condições de honrar os seus pagamentos externos e/ou não possui uma economia confiável para investimentos. Pense no seguinte exemplo: os juros em países como os Estados Unidos