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Mostrando postagens de agosto, 2015

INOVAÇÃO É PIRATARIA?

Para o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, parece que sim. O ministro voltou os seus olhos, sanha arrecadatória e mania pelo Estado enxerido, contra o Netflix, o You Tube e WahtsApp, afirmando que eles tiram empregos dos brasileiros e que precisam ser regulamentados (entenda-se logo: taxados e cobrados dos patos de sempre, os contribuintes, o cidadão comum). O ministro se confunde, seja por ignorância ou má-fé, que na prática não se consegue taxas e muito menos regulamentar aplicativos. As inovações surgem todos os dias, regulamentou uma, surge outra. Debates regulatórios são, digamos assim, inevitáveis, mas não se pode matar a inovação, coisa que se transformou na obsessão dos burocratas, que adoram deixar tudo como está, seja no Brasil ou alhures. O WahtsApp faz ligações instantâneas online, mas desde que os aparelhos estejam devidamente conectados à internet. Verdade que matou o serviço tradicional de mensagens (SMS), cobrados pelas companhias de te

IMPEACHEMENT NÃO É GOLPE. É INOPORTUNO.

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O Brasil recente (em termos históricos, apenas) registra algumas grandes crises com a saída, compulsória de uma forma ou de outra, dos seus presidentes (54, 61, 64 e 92). Em 1954, Getúlio Vargas. Pressionado, optou pela tragédia, com o suicídio, trauma que de alguma forma nos persegue até hoje. O País conhece alguns anos depois outra renúncia, esta em ritmo de farsa, ao contrário da de Getúlio, encenada por Jânio Quadros, em 61, que contava com uma “revolução” para lev á -lo de volta ao poder.  Em 1964 escapamos por pouco de uma tragédia maior,  (não que a implantação de uma ditadura que durou anos e anos seja pouco), uma tragédia, repito, pessoal e nacional, com uma guerra civil, que chegou a ser desenhada, mas que foi frustrada pela pouca disposição de luta do então presidente, João Goulart, que preferiu capitular. Em 1992 tivemos o primeiro e único, até agora, impeachment. O que poderia ter sido uma grave crise institucional e política resolveu-se em ritmo de o

LULA DE NOVO PARA ALEGRIA DO POVO

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Houve um tempo em que um escândalo, conhecido como Mensalão, sacudiu a política brasileira. As quantias pareciam gigantescas, uma pixuleco, se   comparadas com as da Lava Jato. Políticos importantes foram parar na cadeia, empresários menos importantes pegaram penas mais pesadas. Joaquim Barbosa transformou-se em herói e vilão nacional, dependo da torcida. O “povo”estava nas ruas protestando “contra tudo isso aí”. A oposição exultava, achando que finalmente tinha chegado a sua vez, bastando apenas deixar o governo sangrar até à morte. Cogitou-se em impeachment de Lula, mas o assunto foi “generosamente” deixado de lado, afinal o PT e o presidente estavam na UTI. Lula e o PT deram a volta por cima. O partido chegou às urnas mais forte que nunca, elegeu o presidente, que ganhou de lavada da oposição, basicamente do PSDB, que perdeu nada menos que 2,4 milhões de votos, entre o primeiro e o segundo turno, enquanto Lula ganhava nada menos que 11,6 milhões a mais do

O PLANO RENAN E AS TOLICES DE PLANTÃO

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É claro que a tal Agenda Brasil tem lá suas vantagens, principalmente para o governo, que pode apresentar algo com ares de positivo, aliar-se com o “Senado”, enfraquecer Cunha, tentar acalmar mercados e por aí vai, mas em termos econômicos tem um monte de tolices, algumas, inclusive, já descartas. Uma delas seria a taxação dos serviços do SUS de acordo com a renda de quem os fosse utilizar. Fico imaginando a cena: o sujeito chega lá em um dos equipamentos do ágil e moderno Sistema Unificado de Saúde e a atendente: trouxe a declaração do imposto de renda? (só vale cópia autenticada) E o holerite? Carteira de Trabalho atualizada? Tá faltando os três últimos extratos bancários. Não trouxe? Chiiiii. Essa saiu, mas ficou outra, não menos esquisita, de levar os planos de saúde privados a indenizarem o SUS sempre que um dos seus associados for atendido pelo sistema. Vai saber como vão controlar isso. Outra, que costuma fazer a festa dos esquerdistas de plantão, é aumenta

A USP NÃO PRECISA MESMO DA PM?

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Tem uma moçadinha, acompanhada por uma velharia velhaca, que acha que o campus da USP não precisa de polícia, sob a alegação, entre outras bobagens, que se trata de um território livre.     Território livre do que, afinal? Dos estupradores (sim tem e vários), dos assaltantes (muitos). Ah, mas a polícia não pode intervir nas manifestações, nas invasões (frequentes) aos prédios, nas greves, praticamente diárias e não sei lá mais o que. Em vez de polícia o que tem que ser feito é iluminar mais o campus (que é deficiente nisso, ok), como se a bandidagem fosse acabar com a iluminação feérica. Precisamos é de uma guarda universitária e não da PM. Ah, sim, mais empregos para – nós sabemos quem – depois a guarda faz uma grevezinha, invade uns predinhos... E se a gente estiver fumando nossa maconhazinha, como é que vai ser? Ué, mas tá liberado fumar uma maconhazinha por aí? Ah, não só no campus da USP. Então tá, né? Ah, mas a PM é resquício da ditadura.... Esse pessoal

ALGUÉM – SE DILMA CAIR QUEM ASSUME?

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Ah, dirão os precipitados de plantão, o vice. Talvez. E convém pensar sobre isso. A opinião pública, nesse momento, acha (71%) o governo ruim/péssimo. 66% são a favor de que seja aberto o processo de impeachment da presidente, embora 53% não acreditem que ela será afastada, ainda   que a parcela dos que acreditam esteja aumentando: já foi de 29% e subiu para 38%. O raciocínio corrente, dos que desejam a saída da presidente e que, tirando Dilma, tudo se ajustaria.   Quem estaria a cargo disso, numa primeira hipótese, seria o vice. O PMDB ganharia de mão beijada um longo período no poder, sem precisar sequer passar por eleições. De quebra, acreditam uns, blindaria algumas de suas lideranças, os presidentes da Câmara e do Senado. Interessaria ainda alguns setores da oposição, que vislumbram aí um governo de coalizão, no qual teriam um papel preponderante, cacifando-se para as eleições de 2018. É claro que tem outras correntes que não veem isso com bons olhos, pois se t

'ALGUÉM'

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Quando um vice-Presidente da República vem a público dizer que precisamos de "alguém" para reunificar o País, sem mencionar a pessoa óbvia, a comandante-em-chefe da Nação, alguma coisa está muito, muito fora da ordem. É o problema dos sujeitos indefinidos nas orações. Afinal, a Presidente, ainda em exercício, é a pessoa óbvia, a pessoa que ocupa um cargo exatamente para isso, destinado a isso: unificar a conduzir o País para o rumo certo. E aí vem o seu subordinado mais direto e fala em... "alguém". Quem seria afinal, esse sujeito oculto, indefinido? Com a pressa das entidades empresariais em prestar-lhe solidariedade e apoio, também sem mencionar a Presidente, a coisa fica mais parecendo um lançamento de candidatura e uma admissão pública, notem bem, do próprio vice-Presidente, de que sua chefe não tem mais poder, vontade e/ou competência para cumprir com a tarefa que lhe cabe. É verdade que o vice andou se "consertando" depois, inserindo o nome da P

LULA DE VOLTA PARA CONSERTAR TUDO ISSO AÍ

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IA VOTAR NO HOMI, MAS VOTOU NA MULÉ, QUE NÃO QUER VER PELA FRENTE E AGORA QUER LULA DE VOLTA PRA "CONSERTAR TUDO ISSO AÍ". Conheço a figura que trafega por esses tortuosos caminhos do voto. Vale refletir sobre isso, pra não ficar pensando que o pensamento do povo, do eleitor comum, vai por caminhos simples e que pesquisas, os números frios das pesquisas, explicam, total e completamente a realidade. Mas vamos ao causo: a figura ia votar no Aécio porque acreditava que ele ia acabar com o Bolsa. "Perto de casa, tem um banco de gente que não trabalha, não faz nada, só vive do Bolsa. E eu aqui, dando um duro danado, com meu marido, pra ter as nossas coisas. Não acho certo não", me explicou. Logo depois da eleição perguntei como ela se sentia tendo votado num candidato que perdeu. Veio a surpresa, já que me parecia muito segura no seu voto no 'homi'. "Não votei nele não", me disse. "Votei na mulé". E explicou: "vai que o homi ganha, acab