ALGUÉM – SE DILMA CAIR QUEM ASSUME?
Ah, dirão os precipitados de plantão, o vice.
Talvez. E
convém pensar sobre isso.
A opinião pública, nesse momento, acha (71%) o governo
ruim/péssimo. 66% são a favor de que seja aberto o processo de impeachment da
presidente, embora 53% não acreditem que ela será afastada, ainda que a parcela dos que acreditam esteja
aumentando: já foi de 29% e subiu para 38%.
O raciocínio corrente, dos que desejam a saída da presidente
e que, tirando Dilma, tudo se ajustaria.
Quem estaria a cargo disso, numa primeira hipótese, seria o vice. O PMDB
ganharia de mão beijada um longo período no poder, sem precisar sequer passar
por eleições. De quebra, acreditam uns, blindaria algumas de suas lideranças,
os presidentes da Câmara e do Senado.
Interessaria ainda alguns setores da oposição, que vislumbram aí um governo de coalizão, no qual teriam um papel preponderante, cacifando-se para as eleições de 2018. É claro que tem outras correntes que não veem isso com bons olhos, pois se tudo der certo, que poderia sair cacifado seria o PMDB, que poderia, perfeitamente, pensar na continuidade.
Por outro lado, no caso de toda a chapa ser cassada, o
próximo na lista de sucessão é justamente Eduardo Cunha, que governaria o País
por 90 dias para zelar por uma transição pacífica e limpa – a ver. Existe ainda
a hipótese de Cunha e até mesmo o presidente do Senado, caírem com as
investigações da Lava à Jato. Aí toda a correlação de forças mudaria e com ela
o destino de Dilma passa a ser novamente incerto.
O fato é que o tal “alguém” sugerido pelo vice-presidente,
recentemente, para aglutinar o País, está difícil de ser encontrado. “Alguém” com
liderança, trânsito, competência, aptidão e gosto para o cargo, quem seria no
atual cenário? Os oportunistas de plantão estão à postos, especulando e
tentando ocupar posições, mas muita água ainda vai rolar por baixo dessa ponte.
Quem sobreviver verá
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