O BRASIL EM PONTO MORTO


O que aflige realmente o brasileiro neste momento? Na boca do povão certamente a pergunta é: o que vai acontecer com a gente? O que se pode ou se deve esperar para este País? Alguém em uso pleno de suas faculdades mentais acha mesmo que as pessoas vivem diariamente o drama do impeachment ou do sai não sai do Eduardo Cunha, atormentadas pela dúvida se o melhor é um novo governo com Temer, a volta do Lula (para consertar isso aí) ou que estão doidas que Dilma saia para irem correndo às urnas para votar em Aécio, Alckmin (contra tudo o que está aí) ou Marina (por uma sociedade agro-verde-religiosa?).

Ninguém aguenta mais essa discussão diuturna sobre ajuste fiscal, que sai, mas não sai, enquanto é obrigado a fazer malabarismo para chegar ao fim do mês pagando as contas e tendo o que comer, com sete em cada 10 brasileiros pretendendo reduzir ainda mais o consumo até o fim do ano.

45% dos brasileiros já alteraram – e em muito – a forma de comprar bens e serviços e outros 36% pretendem fazer o mesmo até o fim do ano, segundo dados de uma pesquisa da consultoria Officina Sophia.  Ou seja, enquanto governo e atores políticos digladiam em torno do que fazer para superarmos a crise econômica e política e não chegam a nenhum lugar, as pessoas já estão fazendo o seus ajustes fiscais na esperança de sobreviverem à crise, mas  - ao mesmo tempo – sem nenhuma expectativa de futuro. E não existe nada pior que um povo sem esperança, sem expectativas.

A única certeza que temos é que quanto mais tempo levar para que este no político seja enfim desatado, muito mais tempo ainda levaremos para recuperarmos a economia. E a economia mundial não perdoa que se atrasa. Quando um país começa a andar para trás não adianta depois tentar sair correndo para recuperar o tempo perdido.  A curva do espaço-tempo econômico costuma de autoalimentar e aí, caros patrícios, podemos estar vivendo o fim, em definitivo, do tal futuro promissor que há anos nos vendem como factível, possível e próximo.

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