NOEL E EU: VERDADES E MENTIRAS.
Confesso que sou incapaz de lembrar, exatamente, como foram as descobertas, por parte da minha prole, da inexistência do “bom velhinho”. Os mais velhos certamente foram vítimas da minha fase comuno-stalinista, que graça a Deus, foi relativamente curta, apesar do entusiasmo “à causa”, que me rendeu inclusive um apelido, usando ainda por antigos companheiros, de Béria, o temível chefe da polícia política de Stalin. Mas lá vou eu derivando. Como avô e “dindo-avô”, deparo-me, depois de muitos anos, novamente, com a dúvida: é certo, ensinarmos, ainda que de forma indireta, que as crianças não devem mentir, ao mesmo tempo em que admitimos que elas podem ser enganadas e que adultos, não devem ser enganados, mas podem mentir? Dito assim parece algo capaz de influenciar caráter e moldar existências, mas olhando para trás nenhum dos meus filhos cresceu melhor, ou pior, por conta da “lenda” sobre Noel e, ainda que imprópria data, acrescento o Coelhinho da Páscoa. O meu neto