BRASIL, UM PAÍS IRRELEVANTE?


A economista Monica Bolle, do Peterson Institute for Internation Economics, pergunta em um artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, por que o Brasil não assusta? E reúne alguns argumentos para explicar os motivos pelos quais um país do tamanho de um continente, vivendo uma crise sem precedentes, não assusta sequer vizinhos pequenos como o Chile, Colômbia e o frágil Peru, como exemplos, algo impensável na década de 90.

São três as explicações, segundo a economista:
  • a primeira é que atualmente os parâmetros para avaliar o quanto um país se apresente como “risco sistêmico” irradiando um efeito dominó que atingiria a economia mundial não existe mais.
  • a segunda é uma nova política mundial que experimenta algo impensável até recentemente que são os bancos pagando pelo depósitos que fazem nas instituições centrais dos seus países. Credores pagando aos devedores. É o tal de juros negativos, um experimento que ninguém, ainda, sabe onde vai dar.
  • a terceira, que tem muita a ver com política, é que o Brasil fez “um esforço considerável nos últimos anos, para se tornar irrelevante”.  O Brasil não fez nenhuma reforma relevante, não integrou a sua economia ao resto do mundo e continuou apegado a ideias do século passado.

Com isso, o que é mais significativo que o mero adjetivo, o país foi excluído do debate mundial sobre os novos rumos da economia e não exerce nenhuma influência nas relações econômicas do planeta.

Hoje somos o país que assusta o mundo, não por conta das agruras da nossa economia, mas como qualquer republiqueta de terceira categoria, por conta dos nossos problemas de saúde pública, por enquanto, mas só por enquanto, circunscrita ao vírus zika.

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