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Mostrando postagens de dezembro, 2016

NOEL E EU: VERDADES E MENTIRAS.

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Confesso que sou incapaz de lembrar, exatamente, como foram as descobertas, por parte da minha prole, da inexistência do “bom velhinho”. Os mais velhos certamente foram vítimas da minha fase comuno-stalinista, que graça a Deus, foi relativamente curta, apesar do entusiasmo “à causa”, que me rendeu inclusive um apelido, usando ainda por antigos companheiros, de Béria, o temível chefe da polícia política de Stalin. Mas lá vou eu derivando. Como avô e “dindo-avô”, deparo-me, depois de muitos anos, novamente, com a dúvida: é certo, ensinarmos, ainda que de forma indireta, que as crianças não devem mentir, ao mesmo tempo em que admitimos que elas podem ser enganadas e que adultos, não devem ser enganados, mas podem mentir? Dito assim parece algo capaz de influenciar caráter e moldar existências, mas olhando para trás nenhum dos meus filhos cresceu melhor, ou pior, por conta da “lenda” sobre Noel e, ainda que imprópria data, acrescento o Coelhinho da Páscoa. O meu neto

COMENTARISTAS POLÍTICOS OU DE FOFOCAS DO PLANALTO?

Nos programas de notícias das rádios e TVs e nos artigos de jornais, com as honrosas exceções de sempre, me assusta o peso que é dado as futricas palacianas, às intrigas políticas do Congresso e os escândalos de corrupção das dezenas de dezenas de operações deflagradas pela Polícia Federal e o Ministério Público. Eu conversei com o fulano, sicrano me segredou, o que se comenta no cafezinho... são os chavões, entre outros, usados como entrada para comentários e artigos. Além dessa forma torta, uma vez que usada a exaustão, choca a disparidade de tempo empregado em detrimento de assuntos mais importantes, alguns decisivos, para recuperação da economia e soerguer instituições, avacalhadas nos últimos anos. A ênfase, dada exclusivamente as estrepolias dos políticos, deixando praticamente sem menção os assuntos que, mesmo insuficientes, são vitais para a nossa recuperação, a mídia presta um enorme desserviço ao País. Insufla o ódio aos políticos e a política,

TEM OTIMISTA NESTE NATAL: OS BANCOS.

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Já tinha implicado com os esquizofrênicos comerciais natalinos do Banco do Brasil e do Itaú, mas Eugênio Bucci, num artigo com o mais que adequado título, Perdidos no tempo , publicado hoje no Estadão, diz tudo o que penso e mais um tanto (bastante mais) e com um foco muito maior. Vale ler, se quiser se ilustrar. Eu, aproveitei a deixa, mas fico aqui, com minha visão bem mais reducionista. É surpreendente (ou não?), que diante do caos em que estamos mergulhados, as instituições bancárias tenham a cara de pau de rotular 2016 como “ um ano inesquecível ”, feito por “ aqueles segundos que se tornam eternos dentro da gente ”, embalados, no caso do BB por uma canção, cujos versos são demais conhecidos: isso me acalma, me acolhe a alma. Devem ser as dívidas, a inflação e a ladroagem, que germinam como ervas daninhas em todos os grotões neste imenso Brasil, que tornaram 2016 inesquecível. E conclui: Feliz 2017. E conte com o Banco do Brasil em cada segundo. Que s

O JUDICIÁRIO TAMBEM PRECISA DE FREIOS

O entusiasmo com o Judiciário, com uma parcela do Judiciário convém ressaltar, é fenômeno recente e necessitado, urgentemente, de moderação e critérios. Alçados a categoria, sempre perigosa, de "salvadores da pátria", juízes e promotores públicos, agem como se não tivessem satisfação alguma a prestar à sociedade e aos demais poderes, legalmente constituídos, goste-se ou não da turma que os compõem. Só os mais tolos, ou mal intencionados, são capazes de acreditar que um judiciário fora de controle é algo sadio para a nossa sociedade. Vivemos atualmente sob o pré julgamento onde, muitas vezes, se julga e se pune ao sabor dos vazamentos e dos encantos da mídia. Todos são suspeitos, todos, de uma forma ou de outra, são culpados, com a exceção honrosa dos membros do Judiciário. O que está acontecendo é que – com base no vazamento seletivo e organizado – de delações premiadas e fatos relacionados às investigações em curso, o Judiciário age e influencia no agravam

SAI DILMA, ENTRA TEMER, SAI TEMER ENTRA...?

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Fora  Dilma, fora Temer, fora todo mundo não é a solução para os nossos problemas. Por um momento, parece-me,    todo mundo, ou quase todo mundo, acreditou que todos os nossos problemas “se acabaram-se” com a saída da Dilma da Presidência. Bastava Temer assumir que – num passe de mágica – viriam o crescimento, a punição de toda a ladroagem, o emprego farto e por aí vai. Volta e meia retomamos os “fora fulano, beltrano e sicrano”, na vã esperança que defenestrando uns e outros da vida pública, resolvemos os todos os nossos problemas estruturais. O que não significa que fulanos, beltranos e sicranos não mereçam cair fora, pelo contrário. O que não vale é acreditar que isso basta. E pra seguir na conversa... ok, ok, o “fora Temer (seja lá por que motivo for, não importa) resulta em que mesmo? Em eleições indiretas, pelo Congresso Nacional, como prevê a Constituição, em caso de vacância nos dois anos finais do mandato?   Por antecipação das eleições gerais, previstas par

CONTINUAMOS A CAVAR O FUNDO DO POÇO

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Uma verdadeira esculhambação geral tomou conta do país. Ninguém se entende.   A última, iniciada pelo ministro Marco Aurélio, parece não chegar ao fim. A decisão desastrada, já que ocorreu em um processo que estava em julgamento pelo STF. Uma parte dos ministros já tinha se manifestado favorável à impossibilidade de réus figurarem na linha sucessória, mas sem uma certeza quanto à forma de implementação. Outra parte considerou pular a vez da autoridade ré na linha sucessória, passando para a seguinte. Outros defendiam ainda a impossibilidade de réu ocupar o cargo previsto na linha sucessória. Dias Toffoli pedindo vistas e a decisão de Marco Aurélio foram tomadas como uma espécie de afronta ao colegiado. O resultado disso é que tudo piorou. A Suprema Corte é palco do individualismo dos seus ministros, que não se furtam, sequer, de expressarem as suas opiniões a torto e a direito. Renan, que dentro de poucos dias deixa a presidência do Senado, saiu bem chamuscado, mas permanece

O PCC FALOU TÁ FALADO

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Ao contrário de outras “instituições” da nossa República, o PCC não vacila, não emite ordens dúbias, nem permite interpretações à gosto. A última, foi ordenar o fim das brigas das torcidas organizadas, feita no dia em que as quatro dos grandes times de São Paulo, prestaram uma homenagem à Chapecoense e firmaram um acordo de paz nos estádios. Na mídia cenas jamais registradas: bandeiras do Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, agitadas, lado a lado, na mistura de torcedores, juntos, sem nenhuma animosidade registrada. Sem querer, querendo, ser gaiato, taí um bom exemplo de como as coisas poderiam funcionar melhor, nas esculhambadas instâncias oficiais do nosso país, onde até o “salve” da Suprema Corte é alvo de chacota e descumprimento às claras. Os porta-vozes da organização disparam ordens, em áudios, que circularam nas redes sociais e cuja veracidade está sendo investigada pela Polícia Civil. Em duas delas

RECORTES DE DOMINGO

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Ao folhear despreocupadamente o jornal de domingo me deparo primeiro com Leandro Karnal a perguntar se eu seria capaz de identificar as cinco datas mais marcantes da minha existência ou, pelo menos, o que consegui no ano de 2016 e quais seriam os dias especiais, deste ano que já vai indo. Lembrei de muitas, das mais marcantes de 2016 e bem mais de cinco da minha existência, mas as deixei passar leves e prazerosas, deixando de lado as nem tanto, afinal, é só uma manhã de domingo. Saltei de Karnal para Oscar Quiroga, que me instou a assumir a minha liberdade, pois me “encontro no lusco-fusco entre o antes que não é mais e o depois que ainda não é. Por isso, me diz, é importante assumires tua liberdade e te movimentares com leveza, já que és maior que as circunstâncias. Tudo que preciso fazer, me diz, é coordenar a minha vida interior com a vida exterior. Mas adverte que e mais fácil dizer isso que fazer. Em outras páginas, quase que para responder a Karnal, me deparo com Wande

CAVANDO NO FUNDO DO POÇO

Tem uma turma que não toma jeito. Como se não bastasse a crise econômica, com milhões de desempregados e sem muita perspectivas de melhoria, com estados, um atrás do outro decretando calamidade financeira, a turma faz questão de criar novos fatos, gerando uma crise, essa também, sem paralelo, na política. Primeiro foi o tal apartamento do deputado, ex-ministro Geddel Vieira Lima, coisa aparentemente insignificante (em termos, claro, se comparado com os nossos maiores problemas) que deveria ter tomado um “chega pra lá” do presidente, cresceu, avolumou-se ao ponto de termos um ministro gravando colegas e até o presidente, sem que até hoje se conheçam os reais motivos que estavam/estão por trás disso tudo. Enquanto medidas nada populares esperavam pela decisão/voto dos parlamentares, vivemos por vários dias, a crise do apartamento, chamada jocosamente por um amigo meu de “nascimento da História Política Imobiliária Brasileira”. Após a crise imobiliária, n