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Mostrando postagens de março, 2017

MANIFESTAÇOES: O DISTINTO PÚBLICO SUMIU

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Para felicidade geral das “esquerdas” o público rareou nas últimas manifestações, como era de se esperar. Ir às ruas protestar ou apoiar o que exatamente?   Além de uma convocação em torno de ideias difusas, os organizadores não levaram em conta o cansaço das pessoas comuns com o atual estado das coisas. Sem ideias- força, sintonizadas com os sentimentos reais da população, não é possível amealhar participantes para manifestações. As pessoas vão às ruas se conseguirem enxergar objetivos concretos. E objetivos concretos estavam em falta nessas últimas manifestações. Apoio a Lava Jato, solidariedade ao juiz Moro, um mal disfarçado apoio ao Governo Temer não são exatamente assuntos capazes de mobilizar multidões, principalmente se as pessoas estão cansadas, de saco cheio. Ninguém a sério, ainda, acredita que a Lava Jato esteja de fato ameaçada ao ponto de precisar apoio nas/das ruas. O juiz Sérgio Moro continua onde está e nada o ameaça, noves fora os desaforos

REFORMA POLITICA: UMA GERINGONÇA.

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Continuam lá pelo Congresso a tentativa (mais uma) de uma reforma política, cuja estrela maior é a tal de lista fechada, que promete criar mais confusão e caos  que melhorar o processo. Noves fora a intenção - clara -  de continuar mantendo o foro privilegiado para o pessoal que está na mira da Lava Jato e seus filhotes, ela tem tudo para ser um elefante movendo-se em loja de cristais. Com 35 partidos registrados, até o momento, como é que o eleitor (que diga-se de passagem não acompanha tanto a política como se imagina) vai votar em partidos e não em nomes, como já acostumado a fazer há mais de 50 anos, pelo menos? O voto em lista fechado é aquele em que o cidadão escolhe representantes de partidos com os quais compartilha de algum ideário, tem alguma sintonia com as   suas propostas. Normalmente a escolha é feita entre um partido mais conservador, um outro de centro e um mais a esquerda. Como escolher entre mais de 30 partidos, cujas ideias sequer somos

CARNE FRACA ESPETÁCULO FORTE

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Já virou rotina a Polícia Federal e o Ministério Público virem a público para divulgar as suas últimas operações.   Nada contra essa ou qualquer outra investigação, mas é preciso dar um basta na espetacularização, no vazamentos sempre presentes e até mesmo na forma na forma como elas vem sendo divulgadas. Do jeito que estão as coisas sobra munição para os envolvidos diretamente nas investigações e outros, não tão diretamente, começarem a contestar as ações da PF e MP. Com isso investigações importantes podem parar no limbo, sem avanços e punições. As duas instituições deveriam lembrar uma  divulgação, também  atrapalhada, quando munidos de um PowerPoint   tentaram demonstrar a existência de uma rede de falcatruas onde o ex-presidente Lula aparecia como chefe de quadrilha. Não resultou concretamente em nada contra o ex-presidente, mas deu a ele argumentos, legítimos, para se apresentar como vítima de perseguições. A sociedade quer ver punidos todos os melia

TODO POLÍTICO QUER SER UM DORIA

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Nos últimos anos temos assistido a grandes mudanças no comportamento do eleitorado e no perfil dos políticos, principalmente com a ascensão de uma direita mais radical e lideranças populistas, cuja característica mais marcante, em todos eles é o desprezo pelos políticos e a política tradicionais. No Brasil, não tem sido muito diferente. Com o Mensalão, e mais recentemente com a Lava Jato e seus filhotes, novas lideranças começam a surgir e encantam o eleitorado, desiludido com os políticos tradicionais, apresentando-se como “gestores apolíticos” e/ou defendendo ideias radicais, que até pouco tempo só atraiam segmentos muito específicos da sociedade. Assustados com a crise e embalados por ideias moralistas milhares de pessoas foram as ruas pedir o impeachment de Dilma, acreditando, piamente, que tudo melhoria (e muito rapidamente) com a saída da ex-presidente. As manifestações de rua minguaram, mas a indignação com os políticos não.

ESQUERDA DE DIREITA, DIREITA DE ESQUERDA.

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A rigor isto aí do título parece uma maluquice, mas é o que acontece na sociedade brasileira, onde esquerdistas têm ideias nitidamente de direita e vice versa, coisa difícil de acreditar, mas é   o que revela uma pesquisa – O Brasileiro e a Política – realizada recentemente pelo Instituto Locomotiva. Vão aí alguns números, definitivamente assustadores, com conceitos que valem a pena conhecer e que só um grande pacto, sobre como gerir a sociedade, pode superar esse caldeirão de ideias conflitantes e o gigantesco fosse entre a opinião pública e políticos. É o que está embutido nas pesquisa, na opinião de Renato Meirelles, economista do instituto, em entrevista a Sonia Racy, do Estadão, quando aponta duas grandes conclusões geradas pela pesquisa: um deles é o distanciamento abissal entre os cidadãos e a classe política, o que não é novo, mas que cresceu – e muito – nos últimos anos. O outro é o cenário difuso, com ideias muitas vezes conflitantes, de uma nova opinião públic