VADIAR PARA PRODUZIR MAIS
Executivos em geral, jornalistas e publicitários, entre
muitos outros, são vítimas da produtividade de aparência e das reuniões
improdutivas do mercado de trabalho. Até aí nenhuma novidade. Mas já tem gente
contestando tudo isso e advogando o ócio produtivo.
Pesquisas informais indicam que os dias de trabalho dos
brasileiros são muito mais longos que seus pares em outros países. E, é claro,
muito menos produtivos.
Discute-se em longas reuniões assuntos que poderiam ser
substituídas por uma simples troca de e-mails e outros recursos. A conexão
eletrônica é outra vilã, ao invadir a vida pessoal com trabalho, na maior parte
do tempo, com questões que poderiam, sem nenhum problema, ser tratado durante o
expediente normal. A falto de foco é outro problema apontado para explicar,
também, o tempo excessivo dos brasileiros no trabalho.
Alex Soojung-Kim Pang, um autor americano, acredita que
algumas grandes figuras históricas deveriam ser estudadas não apenas por suas
conquistas, mas também pela maneira como descansavam. Alex, um veterano do Vale
do Silício e fundador da Restful Company, uma consultoria que se debruça sobre
o problema do excesso de trabalho e seus efeitos na produtividade, é autor do
livro Rest, Why You Get More Done When
You Work Less (Descanso, Por Que Você
Faz Mais Quando Trabalha Menos).
Segundo Alex, pessoas talentosas vão longe, não apesar do
lazer e/ou do descanso, mas – para surpresa geral – por causa deles. Ressalta,
no entanto, a necessidade de uma disciplina, de manter o foco, durante o
trabalho e ao mesmo tempo administrar corretamente as horas, os momentos de
lazer e descanso, distribuindo-os de forma correta, deliberada e consciente.
Faço coro a Lúcia Guimarães: mais ócio, menos reuniões, mais
produtividade.
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