DESAPROVAÇÃO AOS POLÍTICOS PAROU DE CRESCER?
Mais uma pesquisa na praça, esta do instituto Ipsos
revela que a desaprovação aos políticos está começando a dar sinais de refluxo.
Em alguns casos, como nas taxas de Geraldo Alckmin e
Marina Silva, a redução na desaprovação é bastante significativa. Nos demais
existe uma oscilação, ainda que não tão expressivas, mas só as próximas
pesquisas poderão indicar se esses resultados são uma tendência ou apenas um
resultado pontual.
Uma das teses levantadas atribui essa possível
tendência à constatação, por parte do eleitorado, de que serão mesmo esses os
nomes dos candidatos a presidente em 2018. E como um nome “fora da política”,
um “salvador da pátria”, que seria o objeto de desejo da sociedade não apareceu
e nem dá sinais de quem venha a acontecer, as pessoas estariam olhando o que
existe de disponível, com um olhar mais realista e menos romântico.
Essa é mais ou menos a teoria do diretor do Ipsos,
Danilo Cersosimo, que acredita na possibilidade dos eleitores estarem começando a sair do sentimento de indignação
para o resignação. É possível, mas uma olhada mais rigorosa dos números revela
que ainda é cedo para uma aposta segura nessa teoria.
Seja como for, nem todos os pesquisados tiveram a
sorte de uma pequena oscilação, para melhor, nas suas taxas de rejeição. Pelo
contrário. O senador Aécio Neves bateu recordes negativos, quase um
unanimidade, com nada menos que 93% de rejeição. O ministro do Supremo, Gilmar Mendes, está
entre os menos cotados, em curva ascendente, com 75%. Temer ainda lidera o time
com 95%.
De uma forma geral o pessoal do PSDB, da Rede e do PT,
têm o que comemorar com essa pesquisa do Ipsos. Alckmin viu cair a sua
desaprovação de 75% para 67% e Serra de 80% para 75%. Lula viu seu índice de aprovação
oscilar positivamente de 40% para 41%, a mais alta da série histórica do Ipsos,
com a desaprovação oscilando de 59% para 58%. Ainda que dentro da margem de
erro, mostra, pelo menos estabilidade. Marina Silva, que anda escondida, vem
crescendo, de forma significativa, passando de 21% para 36%, com uma queda 11%
nas suas taxas de desaprovação.
Em contraponto, vários especialistas da área de
pesquisas, ainda que a boca pequena, têm feito críticas a essas pesquisas
realizadas pelos grandes institutos. Um dos argumentos é que ainda é muito cedo
para que essas pesquisas de intenção de voto reflitam de alguma forma a
realidade e, que o mais sensato e útil, é investigar, neste momento, o que vai
na cabeça do eleitorado. Alguns mais radicais põem em cheque também os
questionários, que estariam induzindo
resultados. Se tem razão ou não, só o tempo nos dirá.
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