E TEMER, ACREDITE, FICOU POPULAR


 Não é piada nem notícia fake. Temer “bombou” no Google Trends. Desde o impeachment não havia tanta gente procurando por Temer no Google. E sim, nada a ver com o julgamento, pelo Congresso, das denúncias contra o presidente. Os internautas queriam saber de outro assunto e as buscas foram, em primeiro lugar para “Michel Temer passa mal”; “Michel Temer internado” em segundo, seguidos por “idade”, “hospital” , “saúde Temer” e ainda, graças ao grupo de sempre que vai atrás de qualquer notícia fake, “Temer morre”.

O pico de “popularidade” deve-se à forma amadora com que a comunicação do Planalto tratou o assunto. Primeiro deixando que a notícia fosse dada como um “furo”, depois permitindo que ela fosse tratada como boato. Auxiliares do presidente trataram o assunto com adjetivos genéricos, tipo “mal estar” e até “procedimentos de rotina”. Os nobres profissionais e políticos próximos pareciam ter esquecido que a saúde de um presidente não é um assunto privado, muito pelo contrário, interessa a todo o país. Só bem mais tarde, quando Temer, coitado, já bombava no Google, resolveram dar uma nota oficial, ainda que apelando para terminologia médica.

Para os mais velhos, impossível não lembrar de episódio que começou assim, meio banal, com uma “internação de rotina do presidente recém eleito, Tancredo Neves, que terminou, tragicamente com a sua morte, lembrança estimulada pelos repetidos erros de comunicação que costumam ser cometidos pelos profissionais palacianos, sempre que os eventos saiam da confortável rotina.

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