ELEICÕES, ARTE, MORAL E BONS COSTUMES: TUDO JUNTO E MISTURADO.
Ao que tudo
indica as próximas eleições serão mesmo polarizadas.
E a moral e os chamados “bons costumes” estarão
presentes, nas suas mais diversas áreas e temas. Basta ver como repercutiram as
postagens dos políticos que se expressaram de forma categórica, nas suas redes
sociais, sobre exposições de arte em São Paulo e Porto Alegre, conquistando um
expressivo engajamento dos seus públicos.
2o. colocado |
Entre os possíveis presidenciáveis Bolsonaro foi o que
maior proveito (em números) da polêmica. Foram nada menos que 348.721 as
interações e 37,540 em comentários, compartilhamentos e reações em cliques em
símbolos de apoio ou contrariedade. O segundo colocado foi o João Doria, com
104.142 e 12.312. Em terceiro Ronaldo Caiado com 82.103 e 5.413.
O MAN não é meu |
Ciro: contra a "censura" |
Geraldo Alckmin, que se esquivou da discussão alegando
que o Museu de Arte Moderna, o MAN não tem nada a ver com a exposição e Ciro
Gomes, que publicou vídeos com professor de arte com críticas a “censura” da
exposição em Porto Alegre ficou com 2.407 de interações e apenas 1.917 como
média em comentários e reações em cliques.
Bolsonaro, Doria, Caiado usaram termos fortes para se
posicionarem contra uma performance no MAN, com um modelo nu interagindo com
uma criança e a exposição (Queermuseu) sobre diversidade sexual exibida
inicialmente em Porto Alegre, patrocinada pelo Santander, que a cancelou diante
das críticas e protestos.
Algumas coisas são certas: temas como direito de aborto,
políticas de gênero, descriminalização de drogas, homofobias e tudo o mais que
se relacione com a moral e os chamados bons costumes vão estar presentes,
misturados com economia, impostos, politicas de saúde, previdência social e
educação, entre outros na campanha para as eleições do próximo ano
Especialistas em marketing e cientistas políticos veem a
inclusão desses temas na agenda política, como resultado do desencanto com a
política e o período de incertezas em que vive a sociedade brasileira. Desta
forma, o eleitor termina identificando-se com políticos cuja temática, além de
familiar, combine com seus mais recônditos conceitos, principalmente quando
outras questões, como a economia, estão muito longe das suas possibilidade de
influir.
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