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Mostrando postagens de setembro, 2018

ELEIÇÕES: RESULTADOS SOMBRIOS E O FIM DA HEGEMONIA DO CENTRO.

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A "vontade política" x o "murro na mesa" A liderança de Jair Bolsonaro e a ascensão de Haddad mostram que o eleitorado vai (praticamente certo) decidir na base do contra “tudo isso que esta aí” e não a favor de alguma coisa. Assim encerra-se, pelo menos por enquanto, a hegemonia do que se convencionou chamar de centro. Segundo as pesquisas, a preferência do eleitorado está se inclinando, de um lado pelo autoritarismo puro e simples, cuja proposta mestra é resolver tudo usando a autoridade, seja lá de onde ela vier e, por outro lado, pelo grupo representado pelo PT, que defende a ideia de que basta “vontade política” para que todos os nossos problemas sejam rapidamente resolvidos e tudo volte ao mundo cor-de-rosa da Lulândia. Os eleitores, cansados, querem soluções rápidas (e simples) para todos os problemas: segurança, educação, saúde e emprego, entre outros. E pouco se importam com as advertências racionais de que nenhum deles será resolvido rapidamente

Os atentados políticos que abalaram a nossa história

Não somos como os Estados Unidos, que desde o começo da sua história, convive com os mais variados atentados políticos. No Brasil independente foram apenas oito. E começaram com o assassinato de Líbero Badaró em 1830. ( os dados foram extraídos de pesquisa publicada pelo jornal Gazeta do Povo - ver link no final do texto ).   Giovanni Battista Líbero Badaró, jornalista, político e médico italiano radicado no Brasil, foi o fundador do jornal  O Observador Constitucional , que não era bem visto pelos absolutistas. Historiadores dizem que a ordem para matar Badaró pode ter partido de Dom Pedro I. O fato complicou a situação política do imperador, que abdicou do trono e mudou-se para Portugal no ano seguinte. Em 1889 a vítima seguinte foi o seu filho e sucessor D. Pedro II. Ao sair de um teatro, no Rio de Janeiro, e entrar em sua carruagem, em meio a um tumulto, em que algumas pessoas gritavam “Viva o Partido Republicano”, o imperador foi alvo de três tiros de revólver, que atingi

O VOTO DO MEDO PODE LEVAR AO VOTO ÚTIL JÁ NO 1o. TURNO?

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O momento do ataque Antes do ataque ao Jair Bolsonaro era sobre isso que pretendia escrever. Mas agora o panorama muda, completamente. O quanto, ainda não sabemos. O que tentava analisar antes eram os dois medos, que talvez viessem a preponderar e influenciar o resultado das eleições já no primeiro turno. O medo de Jair Bolsonaro e tudo o que ele representa e o medo do retorno do PT ao poder, que poderia resultar em um voto útil, concentrado em um determinado candidato, que pudesse evitar uma dessas alternativas. Os mais prováveis beneficiados seriam, em minha opinião, o Geraldo Alckmin e/ou a Marina Silva. É possível que algo assim ainda aconteça, mas o ataque ao Bolsonaro pode mudar tudo. Não temos precedentes recentes no Brasil, para fazermos comparações, que nos deem alguma pista sobre o que poderá acontecer.   O atentado político mais próximo aconteceu 1988, contra o então presidente, José Sarney. Mal sucedido, ainda assim integra uma lista de não mais que que oito, send

ELEIÇÕES 2018: IMPEACHMENT E A CASSAÇÃO DO REGISTRO DE LULA AJUDAM O PT

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Essa chapa, tríplex, vai colar? O PT vai continuar com a campanha de vitimização, falando sobre o “golpe” que tirou Dilma da Presidência, da injustiça da condenação de Lula no caso do tríplex no Guarujá e agora com a cassação do seu registro como candidato. A estratégia é correta, mas todos esses episódios, no fundo, no fundo, ajudam o partido. Dilma escapou do ajuste fiscal Se a Dilma não sofresse o impeachment não teria outra alternativa senão tomar medidas, altamente impopulares e fazer algum tipo de ajuste fiscal. Saiu, sobrou para o Temer e sabemos no que deu.  A condenação de Lula reforçou a narrativa do golpe e da perseguição seletiva ao Partido dos Trabalhadores. E agora, com a cassação ainda no início do processo eleitoral, do seu registro como candidato, a narrativa ganha novo impulso e Haddad ganha mais tempo para fazer a sua campanha. Além de ganhar mais tempo para consolidar a sua candidatura, como presidente, Haddad deve se beneficiar ainda com a pos