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Mostrando postagens de março, 2018

COMO A ANALYTICA USOU O FACEBOOK PARA INFLUIR NAS ELEIÇOES DOS EUA

Sob investigação da Comissão de Comércio dos Estados Unidos, chega ao fim a parceria do Facebook com a Cambridge Analytica, que usou dados obtidos através do Face, sem autorização dos usuários, para influir na campanha de Donald Trump à Presidência, entre outras estripulias. O Face expulsou a Analytica da sua plataforma, mas enfrenta repercussões negativas econômicas, sociais e políticas. Suas ações caíram vertiginosamente nas bolsas mundo afora e a credibilidade do Face foi golpeada de forma quase mortal. A história toda, digna de uma boa série de TV, teve o seu começo com a Global Science Research, uma empresa fundada por Aleksandr Kogan, de Cambridge, pesquisador nascido na Rússia e criado em Nova York. Interessado em análises de comportamento, Kogan criou um aplicativo de Facebook, que colhia informações sobre quem usava o Face e seus contatos. Estima-se que algo em torno de 50 milhões de pessoas tiveram seus dados e comportamentos, opiniões, ideias e contatos, rec

ELEIÇÕES 2018: CONVÉM PRESTAR ATENÇÃO NA ITÁLIA.

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Como assim na Itália? Porque a Itália teve a sua Lava Jato , a tal de Mãos Limpas, e podemos aprender alguma coisa com isso antes que seja tarde demais. A pergunta é: o que resultou depois da operação, que lá – e como provavelmente terminará aqui – onde a louvável ação de perseguir e prender corruptos, terminou, tendo como efeito correlato, a liquidação da classe política democrática? O avanço da direita burra e xenófoba. Ah, direis, mas és a favor da corrupção, de deixar tudo como dantes no quartel de Abrantes? Nada disso. Minha implicância é com os efeitos colaterais, com o resultado de se deixar tudo, literalmente tudo, nas mãos dos justiceiros. O que vemos aqui, e foi visto lá, foi o judiciário assumir o protagonismo na cena política. Criou-se um clima de vamos acabar não só com os corruptos, mas com a classe política toda (que é por natureza corrupta) e, por via de consequência, o que é muito pior com a polí tica. O resultado pode ser visto nos eleitos na recente eleiçã

ELEIÇÕES 2018: SO UMA CERTEZA: A PRESENÇA DE LULA.

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Condenado ou não, preso ou não, candidato ou não, apoiando algum nome ou não... seja lá como for o Lula vai estar presente nas próximas eleições presidenciais. O que vai resultar disso é outra história, mas pelo andar da carruagem as consequências não parecem muito boas. Se Lula for impedido de alguma forma de participar e não conseguir emplacar um outro nome, quem vencer governará sob a “suspeita” de que a sua vitória deu-se apenas pelo fato de Lula não ter concorrido. E já começa com pelo menos um terço do eleitorado na oposição. Se impedido, mas conseguindo eleger um outro nome, o vencedor governará com a alcunha de poste, tendo como figura de fundo, a quem volta e meia prestará contas, ao ex-presidente, toda vez que tiver que adotar qualquer medida importante. Se concorrer e for vencedor vai assumir a presidência enfraquecido, com o judiciário no calcanhar, tendo que compor com Deus e o mundo para ter um mínimo de sustentação do seu governo, com o judiciário,

AS REDES SOCIAIS NÃO ELEGEM NINGUÉM

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Marcos Facó, especialista em marketing digital pela Universidade de Harvad, afirmou, em entrevista ao Estadão, que as redes sociais não elegem ninguém. E eu concordo com ele em gênero, número e grau. Facó, que é diretor de Comunicação e Marketing da Fundação Getúlio Vargas (FGV) acredita que o grande problema, para quem aposta exageradamente no poder das redes sociais, é achar que o eleitor brasileiro é aquele que vive nos grandes centros, usa Waze, Uber, tem smartphone 4G... e por aí vai Na opinião do diretor da FVG são “as agências de marketing e as consultorias” que, para criar um novo mercado, alimentam o mito em torno das redes sociais nas eleições. Ou que, pelo menos se deixam enganar por teorias, aqui e alhures, que versam sobre um poder exagerado das redes, que elas efetivamente não têm. É verdade também, que nem toda agência de marketing ou consultoria vê a importância das redes sociais sob este viés (criar um novo mercado). Aí é separar o joio do trigo,

Que País É Este?

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Renato Russo, a pergunta que não quer calar. A pergunta, que está na música escrita por Renato Russo em 1978, tem sido feita desde então a exaustão, mas ainda é válida se abandonarmos os chavões nas respostas. Os fatos que assistimos todos os dias, já bem anestesiados, os relatos sobre tiroteios diários onde morrem policiais, mulheres grávidas, crianças, bandidos... são na verdade uma guerra urbana, que parece não ter fim, temperada pelo surgimento de doenças que já tinham sido (quase) extintas no século passado, como coqueluche, sarampo, febre amarela e outros que fazem a sua reentrada em nossas vidas. Especialistas de todo o tipo surgem na mídia com soluções para todas as nossas mazelas. A classe política atordoada, acuada pelos justiceiros do judiciário, tarda ou sequer oferece, soluções realistas para o nossos urgentíssimos problemas. Para muita gente tudo se resume em escolher “a pessoa certa, um político honesto” e assim tudo se resolverá, pois afinal, todos os noss

SIM, PODEMOS CHEGAR A 115 PARTIDOS. É MOLE OU QUER MAIS?

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Nada menos que 115 legendas, prontas para disputar as eleições. Do outro lado do mundo? Nada disso aqui mesmo. Nós já temos 39 partidos registrados e, acredite, 76 em processo de fundação.   Sim, e o que defendem ou como se definem essas organizações? Dificílimo saber, noves fora o desejo de usufruírem das benesses do poder. foto notícias.uol.com.br Já vivemos tempos mais fáceis de saber quem era o que. No império apenas dois: o Liberal e o Conservador. Mais ou menos a mesma coisa durante a Primeira, Segunda e Terceira Repúblicas. Mais recentemente, durante o regime militar, também dois. A Arena (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Fácil de saber o caso, na época, de cada um. Mas, se o caríssimo leitor quiser saber sobre os atuais 39, na verdade parte deles, pode consultar a Wikipédia. Vai encontrar lá, sabe-se lá através de quais critérios os “espectros políticos” da malta. De centro: PMDB, PV, PTB e Avante. De centro-esquerda