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Mostrando postagens de outubro, 2019

TEMPOS MODERNOS: WHATSAPP PROVOCA REBELIÃO NO LÍBANO.

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O mundo pega fogo e os motivos, aparentemente muitos, no fundo, no fundo, são os mesmos. Um quarto da população (cerca de 4 milhões de habitantes) saiu às ruas do Líbano por conta, aparentemente, da imposição de novos impostos sobre o uso do WhatsApp, mas a raiz do problema está, como no resto do mundo, na avidez com que as elites políticas tomam tudo para si, deixando o resto para o resto da sociedade. O Líbano e governado por uma elite perversa, formada por membros de famílias influentes, que dividem o poder de acordo com a força de cada um deles. No balaio de gatos, cristãos de variadas seitas, muçulmanos sunitas e drusos. E é claro que sobretaxar o WhatsApp foi apenas a ponta do iceberg, onde estavam aparentemente escondidas toneladas de insatisfações.   A questão do WhatsApp, como costuma acontecer funcionou como gatilho. No caso do Líbano, como termina acontecendo em outras paragens, um fator novo chamou a atenção: o cansaço da população xiita com o Hezbollah e a A

O QUE O CHILE PODE NOS ENSINAR HOJE

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A pergunta que não pode calar Não apenas o Chile, mas também outros países da América Latina, como o Equador, com manifestações violentas, eleições à esquerda na Argentina, agitações políticas no Paraguai e no Peru e o descontentamento com o resultado das últimas eleições na Bolívia, tudo isso e mais um tanto, como o populismo, emparedado pelo narcotráfico no México. Aparentemente cada uma dessas crises têm características únicas, mas – e aí está o alerta – trata-se de uma região com o pior desempenho mundial em termos de produção econômica, com suas populações   descarregando o ressentimento que sentem, com a desigualdade de renda enraizada e o alto custo de vida. “Nada a ver com esquerda ou direita, como alguns querem fazer crer. Trata-se da constatação de que não há muito para distribuir, não há muito com o que se trabalhar. A América Latina não está crescendo”, como deixou bem claro Shannon K. O’Neill, pesquisador sênior de estudos latino-americanos no Council on Foreign

SERIAM OS GRUPOS DE RENOVAÇÃO POLÍTICA INIMIGOS DOS PARTIDOS?

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Mais de 1,4 mil pessoas nos cursos Criados recentemente, grupos como o RenovaBR, Agora!, Acredito, Livres, MBL e Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps), entre outros, sob a justificativa da urgência de renovar a política brasileira, ganharam rapidamente uma influência no Congresso, elegendo uma quantidade significativa de deputados federais e senadores, sem contar com os estaduais e alguns governadores e começaram a incomodar os partidos tradicionais, basicamente os conhecidos como Centrão, alguns deles, inclusive, articulando medidas destinadas a limitar as suas ações e principalmente cortar as suas fontes de recursos. A ascensão desses grupos aconteceu aproveitando-se do desgaste da classe política e das siglas partidárias, que agora reagem planejando aprovar uma lei que limite as doações, que já proporcionaram a essas agremiações um orçamento superior ao de partidos tradicionais, combatendo ainda a infidelidade partidária. Tábata Amaral, rebelde. Felip

GOVERNADOR DE MINAS QUER O NOVO ALINHADO A BOLSONARO

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Amoêdo: críticas ao Governo Federal Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o governador mineiro, além de destoar do presidente do seu partido, João Amoêdo, ao defender o governo Bolsonaro, ainda classificou o Novo como um partido de direita. Único governador da sigla, Romeu Zema afirma que “nós somos um partido de direita, liberal” e considera o presidente como “um patriota, que gosta do Brasil e está fazendo o possível para que o País melhore”. O presidente do Novo não parece concordar com o governador. João Amoêdo já fez críticas ao governo federal, afirmando que Bolsonaro está “decrescente” e rejeitou o rótulo de “direita” para o partido Novo. A vida do governador mineiro não tem sido fácil e enfrenta dificuldades em constituir uma maioria na Assembleia Legislativa, necessária para aprovar uma das suas promessas de campanha, as privatizações, que considera vitais para colocar em ordem as finanças do Estado. Até o momento conta com apenas 21 dos 77 deputados est

OS ATAQUES DA DESINFORMAÇÃO AVANÇAM. E SEM NENHUM FREIO.

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Boatos e mentiras não são coisas novas na sociedade. Mas os tempos modernos trouxeram novidades a esses ataques, tanto na proporção como na velocidade com que são disseminados, graças as redes sociais, os aplicativos de mensagens e a capacidade de compartilhamento instantâneo. Mais baratas e acessíveis são capazes de disseminar informações falsas, utilizando vídeos, áudios e imagens, de forma extremamente convincentes.  Ninguém, a rigor, está a salvo da manipulação da sua imagem via Inteligência Artificial. E essa disseminação não está apenas na conta de indivíduos ou grupos. Os governos também utilizam esta arma, para semear mentiras e desautorizar informações e notícias que não lhes são convenientes. Obama, uma das vítimas das deepfakes. Recentemente as deepfakes fizeram sua estreia agregando mais um fator de preocupação com a fakes news . Utilizando inteligência artificial (IA) para criar vídeos, imagens e áudios, elas são extremante perig

A VELHA POLÍTICA CADUCOU E A NOVA AINDA NÃO NASCEU

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A “velha política” aqui é aquela que criou asas com o primeiro governo civil, após o golpe, os bons e velhos tempos do MDB, que na esteira da luta contra a ditadura, foi dominante na política brasileira, ainda que um saco de gatos, durante um bom tempo. Na sequência outro partido inflado, desta vez pelas mãos de Fernando Henrique Cardoso, durante os seus dois mandatos, e em seguida o PT, via Lula e Dilma, as duas organizações em litígio por décadas e se revezando aqui e acolá, em várias eleições. Noves fora detalhes, o método de governança foi comum aos dois, os chamados “governos de coalizão”, ou pelo – menos charmoso – “toma lá, dá cá”.   Com exceção de um breve período, sob a regência de Fernando Collor, que elegeu-se pelo nanico PRN, falecido precocemente após o impeachment do seu criador, os três grandes partidos reinarem sozinhos até a última eleição, quando surge a prometida “nova política”, via Jair Bolsonaro e o seu PSL. Derrotados fragorosamente nas urnas, e

STF volta a julgar a prisão em segunda instância

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O Supremo Tribunal Federal (STF) volta a julgar nesta semana se é constitucional a prisão após condenação em segunda instância judicial. Além de todas as consequências, no âmbito da Justiça, são inúmeras – e não menos importantes – as relacionadas com a política. Todos nós sabemos que o sistema brasileiro privilegia as pessoas ou instituições com recursos, que podem adiar indefinidamente o resultado dos processos a que eventualmente estejam envolvidos. Cadeia rápida no Brasil só mesmo para os pobres. Politicamente, no entanto, outras questões estão em jogo, como a permanência na prisão do ex-presidente Lula, o destino das operações da Lava Jato e o futuro político do atual ministro da Justiça, Sérgio Moro. O julgamento acontece num momento em que parte dos ministros do STF fala, sem parar, em colocar freio à operação e criticam fortemente os métodos de investigação praticados pela força-tarefa de Curitiba. A ela já se une também, manifestações do novo procurador-geral da

HUCK PRESIDENTE: DESTA VEZ VAI?

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Em declaração dada a revista Marie Claire, a apresentadora Angélica, mulher de Luciano Huck, classificou como uma "espécie de chamado", a possibilidade do seu marido se candidatar à Presidência. É uma coisa tão especial que se ele quisesse se candidatar, eu apoiaria". Políticos ligados ao chamado "centro-democrático" estariam considerando que o último grande obstáculo à candidatura de Luciano Huck teria caído com este aval da sua mulher. Segundo Angélica, "estamos num momento tão louco na política que não quero, jamais, ser egoísta e leviana de impedir algo neste sentido".      A possibilidade de uma candidatura do centro-democrático oxigenaria, sem dúvida, o clima político. E a figura de Luciano Huck cabe perfeitamente no cenário. Muita água ainda rolará debaixo dessa ponte, mas quanto mais alternativas tivermos na disputa melhor. Huck e Bolsonaro: trocando farpas. Caso a candidatura venha a se confirmar, a vida não será fácil para

ELEIÇÕES 2020: UM NOVO EMBATE ENTRE A ESQUERDA E A DIREITA?

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  No próximo ano milhares (milhares mesmo) de candidatos disputarão os cargos de prefeito e vereador Brasil afora. O cenário das últimas eleições se repetirá? Qual a influência que o presidente Bolsonaro e a nova direita terão? Será possível, até lá, apostar no constante e cada vez mais forte tensionamento da sociedade brasileira, divida em torcidas apaixonadas, com o presidente fazendo de conta que tudo vai bem, deixando a caravana da economia passar, num segundo plano, sem tempestades ou alvoroços? Bolsonaro: "bala" para as próximas eleiçoes? Muita gente, de peso na política, acredita que Jair Bolsonaro será eleitoralmente viável em 2022, mesmo que a economia não decole. Bastaria para isso contar com o pequeno fôlego de uma redução no desemprego, que reforçaria a ideia de que o pior já passou e que melhor mesmo é continuar com o atual presidente e o seu “Posto Ypiranga”. A ver, mas enquanto isso, qual a influência que Bolsonaro e seguidores exercerão nessas eleiç

STF: LEGISLATIVO OU DELEGACIA DE POLÍCIA?

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Não é de hoje que o Supremo Tribunal Federal deu-se a tarefa de legislar, ao se intrometer em questões que a rigor não lhe competem, como inova agora ao agir como delegacia de polícia, apequenando as suas funções e criando confusões jurídicas sem precedente. Livro faz sucesso e já tem versão pirata na internet Depois que o ex-procurador-geral da República veio a público contar sobre a sua “intenção” de matar o ministro Gilmar Mendes, como reagiu a Corte? O ministro Alexandre de Moraes cassou o porte de armas de Rodrigo Janot e determinou que ele não chegue a menos de 200 metros de qualquer dos integrantes do STF, impedindo, ainda, seu acesso a qualquer das dependências do Tribunal. Até aí mais do que razoável, mas começa a extrapolar quando ordena também, busca e apreensão nos endereços residencial e comercial de Janot, com apreensão de armas, telefones celulares e computadores. Alexandre, ministro do Supremo, procurador e delegado. O problema começa quando o ministro,