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Mostrando postagens de novembro, 2019
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QUE SAUDADES DOS TEMPOS DA DITADURA ( Advertência - rsss: o título acima, como os de outros posts, é apenas um recurso “publicitário” para estimular a leitura. Se você chegou até aqui, leia o resto. Pode ser ilustrativo, juro que não dói, para pensarmos melhor o presente e o futuro de Pindorama ). Então vamos lá: pessoas de mais idade, como eu, viveram os tais anos de chumbo e a   suposta “saudade”, que sinto desse período, se refere apenas a clareza de posicionamentos (sim, sei que isto não existe mais) onde era possível identificar os “bons e os maus” facilmente, bem ao gosto dos brasileiros, que adoram uma dicotomia clauberiana, de Deus e o Diabo peleando eternamente na Terra do Sol. O sujeito estava do lado da ditadura? Pessoa má. Do lado contrário? Boa pessoa. Ou vice-versa, dependendo do lado do observador, é claro. Tudo resolvido da maneira mais simples e direta, sem sutilezas, sem muito – ou melhor, bem pouco – pensar. A ditadura foi p

BOAS-VINDAS AO “ALIANÇA PELO BRASIL, 38” –

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Logo do partido feito com cartuchos de balas Acho ótimo a chegada do partido da família Bolsonaro, mesmo que ainda em processo de criação. Os brasileiros precisam se despir dos estereótipos de povo cordial, multirracial, musical, sem preconceitos e outras baboseiras. A chegada de um partido de ultradireita, ou coisa que o valha, é bem-vinda. Traz a luz do Sol ideias e personagens que durante muitos anos a sociedade brasileira fez de conta que não existiam ou, pelo menos, coisas de uma minoria insignificante. Logo após o período da ditadura militar, passou a ser vergonhoso se considerar de direita, de extrema direita nem pensar. Bonito mesmo era ser de esquerda, preocupado com o social, ou, pelo menos, de centro esquerda. Ser apenas do centro já era uma espécie de flerte com a direita. E assim fomos nós, até recentemente, felizes e fagueiros acreditando em nossas próprias mentiras. Os nossos direitistas eram, no máximo, figuras folclóricas, no estilo Enéas, ou chegados a uma

O IGNORANTE CONVENCIDO

Esclareça-se logo que não estou me refiro a ninguém especificamente, ainda que vontade tenha, acima e abaixo, à esquerda e à direita. Trata-se da conclusão de um estudo, o Dunning-Kruger effect , de dois professores da Universidade Cornell, dos EUA, onde demonstram que indivíduos com pouco, ou nenhum, conhecimento sobre determinado assunto, acreditam saber bem mais sobre ele, que quaisquer outros mais preparados. O interessante do estudo de David Dunning e Justin Kruger, publicado há 20 anos no Journal of Personality and Social Psychology , é que a partir do momento em que esse indivíduo vai adquirindo mais informações sobre o assunto, suas convicções diminuem. Elas só voltam a aumentar, na medida em que ele se converte num expert no assunto. O mais surpreendente, no entanto,   é a conclusão do estudo: mesmo quando a pessoa está totalmente preparada e instruída sobre determinado assunto, ela jamais atinge o nível de certeza que tinha, quando o seu nível de conhecimento era mínimo
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E O LADO OBSCURO DO VALE DO SILÍCIO? Após cinco anos, a série Silicon Valley, da HBO, ajusta-se aos “novos tempos” e mostra agora o lado obscuro do Vale do Silício. Os antigos heróis digitais, que só pretendiam “melhorar o mundo”, agora aparecem sendo forçados a depor no Congresso por influenciarem eleições, desacreditarem a verdade, monopolizarem o comércio mundial, semearem o genocídio e até mesmo serem cúmplices do nazismo. Exageros à parte, o que o nobre leitor pensa sobre as redes sociais e demais “inventos” do Vale do Silício? Exagero ou a série estaria realmente captando uma tendência sombria da indústria? Uma sociedade cada vez mais dominada pela tecnologia, hipnotizada pelos seus smartphones, estaria cada vez mais a mercê dessas corporações? Convém pensar. Farhad Manjoo , do The New York Times , em artigo sobre a série ressalta o que ela chama de grandes questões que a Silicon Valley traz nessa sua nova fase: pode o bem coexistir com a cobiça? É possível agir