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Mostrando postagens de maio, 2019

BALBÚRDIA NA COMUNICAÇÃO DEIXA O DEBATE PELADO

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  Pra começo de conversa o tal de contingenciamento foi apresentado pelo governo como corte. E pior: como uma espécie de punição a três universidades, especificamente, onde reinaria a balbúrdia e a bagunça, além da presença de um monte de gente pelada. Depois (haja comunicação) foi estendido para o conjunto das universidades. 30% para uns, 3,5% para outros (cadê a comunicação?). A diferença é abissal. Se não é corte, é contingenciamento por que não se explicou isso direito, desde o início, dando preferência a discussão sobre bagunça e gente pelada? Todas as vezes que a arrecadação cai (e caiu), contingenciamentos têm que ser feitos. Governos, volta e meia, são obrigados a usar esse recurso para escapar da Lei de Responsabilidade Fiscal. Se o problema é esse, não seria melhor se concentrar nisso em vez de levar a coisa para outro lado? E só a Educação foi contingenciada? Quais os outros setores que também sofreram “cortes/contingenciamentos” nos seus orçamentos? Alguém sabe, alguém

OS POLÍTICOS E O USO CORRETO DAS REDES SOCIAIS

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Os políticos descobriram as redes sociais. É fato. E isso é bom. Mas estão usando corretamente para mobilizar os eleitores e a militância? Na verdade, o que se vê muito por aí é uma espécie de maratona para conseguir o maior número de seguidores e de ‘likes’ nas publicações. E isso é um problema. Uma massa de seguidores, sem engajamento real com o político e suas ideias, e uma quantidade de ‘likes’, por maior que seja não significa muito, ou melhor, não significa nada. O problema é que muito políticos ficaram entusiasmados demais com a performance de alguns ‘outsiders’ nas últimas eleições que – fazendo muito sucesso nas redes – desbancaram inúmeros concorrentes tradicionais. Esse sucesso, dos novatos, precisa ser melhor compreendido pelos políticos, que desejarem ter, também, uma boa performance nas redes sociais e mais que isso, saírem vitoriosos nas suas campanhas eleitorais. São duas, basicamente, as razões do sucesso dos novatos: a primeira é o conteúdo das sua

DAMARES, LÉSBICAS, CACHORROS, CHOCOLATE, TUDO NUM SACO SÓ.

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Quando a ignorância, a pobreza intelectual e a intolerância se misturam tudo tende a ficar pior. E o que tem uma coisa a ver com outra? Aparentemente nada e tudo. Um bate-boca, onde entra Ministério Público, cachorros, desenhos animados, lesbianismo e chocolate, que tomou as redes nada têm com os fatos, mas com ideologia de boteco, más intenções e muita ignorância. Cena do comercial da Havan, alvo do MP-SC No fim de abril o MP-SC resolveu se intrometer em um comercial relacionado com a Páscoa, da Loja de Departamento Havan (sim, daquele grupo acusado de doações supostamente ilegais a campanha de Bolsonaro). No desenho animado coelhos oferecem um ovo de chocolate para um cachorro. Segundo o promotor de Justiça Marcelo Brito de Araújo, que intimou a empresa a prestar esclarecimentos, a propaganda seria abusiva por estar incitando “o oferecimento de alimentos prejudiciais a saúde dos animais domésticos”. Mais tarde o bom senso voltou e em nota o MP-SC inf

COISAS QUE ME IRRITAM (I) NA “DEFESA” DAS UNIVERSIDADES

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É sobre isso que queremos discutir? Me irrito, e me preocupo, quando vejo a “defesa” das universidades restritas a questões de “gente pelada” ou “balbúrdias” nos campus. Ou pior, nas acusações de que o governo Bolsonaro é de direita. Enquanto ficarmos neste nível nenhuma defesa das universidades será eficiente, não comoverá a sociedade, não mobilizará ninguém contra os cortes ou quaisquer outras restrições. Chega de tanta gente dizendo, nas redes sociais, que nunca vu gente pelada nas universidades e se mostrando comportada para rebater a existência de balbúrdias. Vamos divulgar o que as universidades públicas produzem, o que elas têm de melhor. Suas pesquisas, suas preocupações com a ciência, os trabalhos que produzem, os resultados positivos para a sociedade, a diferença que elas são capazes de produzir para uma vida melhor para todo mundo. Insistir na tecla de que o governo é de direita é conversa mole para boi dormir e não interessa a ninguém. Tem algu

DEMOCRACIA: OS ELEITORES SABEM REALMENTE FAZER BOAS ESCOLHAS?

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No momento em que a crise na Venezuela ocupa um bom espaço na mídia e a discussão sobre a importância da democracia também permeia o debate político interno no Brasil, acho que cabe uma reflexão sobre a real competência dos eleitores para escolher seus presidentes e demais representantes. Boa parte dos cientistas políticos, em que pesem as suas preferências irrestritas pelo modelo democrático, têm, no entanto, se mostrado cética, não apenas com relação a sobrevivência das democracias nos tempos atuais, mas principalmente sobre a figura do eleitor e sua capacidade em fazer boas escolhas. Uma democracia, para funcionar bem, se ancora em algumas bases: a liberdade de escolha, que dá poder ao voto, a autonomia e os limites dos poderes (executivo, legislativo e judiciário) e os pesos e contrapesos, mesmo que não escritos, que balanceiam a convivência e a atividade social e política. Teriam os eleitores, diante dos desafios sociais e econômicos o discernimen