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Mostrando postagens de outubro, 2015

O BRASIL, A TEMPESTADE PERFEITA E O NÓ GORDIO.

Sai Dilma, fica Dilma... sai Levy, fica Levy... fora Cunha, salve-se Cunha... façamos ajuste fiscal, não façamos... volta, não volta a CPMF... dólar sobe muito, sobe pouco... Dizem que foi Serra que cunhou (ops) a expressão “tempestade perfeita” para tentar adjetivar o atual clima político econômico brasileiro. Na "tempestade", como é óbvio estariam presentes todos os ingredientes para que ela seja realmente considerada "perfeita", espetacular. A vantagem, inerente  a expressão, é que as tempestades são datadas. Mais cedo ou mais tarde vem a bonança, ainda que hajam prejuízos a serem contabilizados. Agora, no entanto, já tem gente falando em nó górdio para adjetivar o crise. O nó górdio, reza a lenda, seria impossível de ser desatado a não ser que se procurasse uma solução “fora da caixinha”, algo inusitado ou mesmo através de uma trapaça. O sucessor do rei Górdio, da Frígia, o autor do tal nó impossível de ser desatado, foi sucedido pelo seu filho, Mi

E NÃO É QUE LULA TEM RAZÃO?

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Ainda que por motivos diversos, concordo com o ex-presidente: é preciso trocar a agenda de cortes pela do crescimento, emprego e distribuição de renda. “Eu vou para a rua defender o quê? A gente precisa vender esperança. Qual é o futuro? A agenda não pode ser só ajuste fiscal”, tem afirmado o ex-presidente. É claro que – provavelmente ao contrário do que pensa o ex-mandatário – eu continuo achando que um ajuste fiscal é necessário. Por motivos óbvios e primários: não é possível gastar mais do que se ganha (ou se arrecada). Não dá certo, mesmo que você seja o dono da máquina de imprimir dinheiro. Sem lastro logo-logo o papel não vale nada. Os mais velhos, como eu, já vivemos isso: “cortação” de zeros nas notas, salários na casa dos milhões que não valiam nada, a impossibilidade total de saber o real valor de qualquer produto ou serviço. Mas, como diz o ex, ainda que por outros motivos, não se pode ficar eternamente discutindo um “ajuste” que nunca é feito, só discutid

O BRASIL EM PONTO MORTO

O que aflige realmente o brasileiro neste momento? Na boca do povão certamente a pergunta é: o que vai acontecer com a gente? O que se pode ou se deve esperar para este País? Alguém em uso pleno de suas faculdades mentais acha mesmo que as pessoas vivem diariamente o drama do impeachment ou do sai não sai do Eduardo Cunha, atormentadas pela dúvida se o melhor é um novo governo com Temer, a volta do Lula (para consertar isso aí) ou que estão doidas que Dilma saia para irem correndo às urnas para votar em Aécio, Alckmin (contra tudo o que está aí) ou Marina (por uma sociedade agro-verde-religiosa?). Ninguém aguenta mais essa discussão diuturna sobre ajuste fiscal, que sai, mas não sai, enquanto é obrigado a fazer malabarismo para chegar ao fim do mês pagando as contas e tendo o que comer, com sete em cada 10 brasileiros pretendendo reduzir ainda mais o consumo até o fim do ano. 45% dos brasileiros já alteraram – e em muito – a forma de comprar bens e servi

DEPUTADOS QUEREM CENSURAR A INTERNET

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Vem aí mais uma tentativa de censura, desta vez bem radical, de censura na internet. Nas leis nazistas a inspiração   O texto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados no ultimo dia   6 (Projeto de Lei (PL) 215/20125) modifica o Marco Civil da Internet e estende o chamado “direito ao esquecimento e a remoção de conteúdos da internet” para pessoas públicas e – obviamente – para os políticos e vai sobrar cana dura para quem descumprir a lei. A armadilha e a censura com a inacreditável borracha nos fatos históricos, está no texto que permite a qualquer pessoa requerer na Justiça a remoção de conteúdo que “associe o seu nome ou a imagem a crime que de que tenha sido a absolvido, com trânsito em julgado e “associe o seu nome ou imagem a fato calunioso, difamatório ou injurioso”. Ou seja, uma porteira onde cabe qualquer coisa. Assim, por exemplo, se qualquer pessoa em site, aplicativo, grupos de discussão, jornais, rádios

AS CAMPANHAS POLITICAS SOB AJUSTE FISCAL

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Nas próximas eleições partidos e candidatos terão de fazer um “ajuste fiscal” bem mais rigoroso e amplo que o que se espera do governo federal para conseguir bancar os custos e fechar as contas. Com a proibição das doações empresariais o tal de Fundo Partidário, que é alimentado por recursos públicos se transformou na única fonte de financiamento das campanhas eleitorais. O problema é que – considerando os padrões de gastos atuais, esses recursos serão insuficientes, mesmo que fossem investidos integralmente nas campanhas. Hoje, os 867 milhões do Fundo cobririam menos dos 20% dos custos das mais recentes campanhas municipais (de 2012). Para equilibrar as contas, os partidos teriam – teoricamente – algumas alternativas: mudar completamente o formato atual das campanhas, cortar radicalmente os gastos, multiplicar as doações de pessoas físicas ou elevar drasticamente o valor do Fundo Partidário. Ou, ainda, uma combinação de algumas dessas medidas. Ac