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Mostrando postagens de outubro, 2018

COMO O WHATSAPP INFLUENCIA ELEIÇÕES

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Vivemos os tempos das redes sociais. Usamos os seus aplicativos para praticamente tudo.  E, hoje, principalmente, para fazer política. Militantes, candidatos, governantes, estão todos presentes na rede. Para o bem e para o mal. E é por isso que precisamos, mais que nunca ficar atentos. Muito atentos.   Nas últimas eleições as chamadas “fake news” fizeram a festa, principalmente no WhatsApp. A popularidade desse aplicativo é enorme no Brasil, só perdemos, talvez, para a Índia, com penetração nos mais variados grupos demográficos e perfis políticos. Na verdade, a proliferação de notícias falsas não é novidade no Brasil, incluindo aí na política. Em 2014 já era possível detectar o “fenômeno”, mas as campanhas eleitorais ainda estavam muito baseadas nos meios tradicionais, principalmente na força da TV, onde o tempo dos programas eleitorais fazia a diferença. Mas a situação mudou nessas últimas eleições e não foi por falta de aviso. Dos Estados Unidos o recado foi claro: a b

BOLSONARO VAI USAR AS REDES SOCIAIS COMO UM INSTRUMENTO DE GOVERNO?

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Escrevi, recentemente, aqui no Blog , um post a este respeito. Acredito que sim e em um post de hoje, pelo Twitter, Bolsonaro praticamente confirma que usará as redes para assuntos de Estado. O presidente eleito, que passou todo o período de campanha, utilizando quase que exclusivamente as redes sociais, praticamente ignorando os outros meios de comunicação, deve mesmo usá-las exaustivamente na Presidência, desta vez como um instrumento de governança. ↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣ Jair M. Bolsonaro ✔ @jairbolsonaro Nossos ministérios não serão compostos por condenados por corrupção, como foram nos últimos governos. Anunciarei os nomes oficialmente em minhas redes. Qualquer informação além é mera especulação maldosa e sem credibilidade. ↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣↣ Essa será a melhor ferramenta que terá para pressionar os demais poderes, a exemplo do que faz Donald Trump, dirigindo-se diretamen

MINHA TIA NÃO É FASCISTA MEU SOBRINHO NÃO É COMUNISTA

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Lá na casa dos parentes o pessoal está dividido. Tem o pessoal de Bolsonaro e a turma do Haddad. A minha tia vai votar no Bolsonaro. Trata-se de uma senhora conservadora, ciosa dos valores que acredita cristãos, amante da lei e da ordem. O meu sobrinho vai de Haddad. Quer menos desigualdades sociais, respeito as minorias e é preocupado com o meio ambiente e em particular com o desmatamento da Amazônia. Vegetariano, não vê com bons olhos a pecuária. Minha tia não quer perseguir os gays, ainda que ache esse pessoal esquisito. Professora aposentada, sempre trabalhou e detesta qualquer discriminação contra as mulheres e se orgulha do seu trabalho doméstico, do cuidado com a casa e a criação dos filhos, tarefa que atribui ao gênero feminino. Acha que essa coisa de gênero é contra as leis de Deus, mas que cada sua sabe de sua vida. Meu sobrinho não quer nada com o comunismo. Na verdade nem sabe direito o que é isso, ainda que seja aluno aplicado do curso de Direito da São Francisco

O JEITO TRUMP DE GOVERNAR SERVE PRA BOLSONARO?

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    Donald Trump governa, digamos assim, via Twitter. Dispara suas mensagens diariamente “falando” sobre tudo, inclusive sobre as diretrizes da sua administração. Bolsonaro passou – continua passando – todo o período eleitoral postando nas redes sociais, praticamente ignorando os outros meios de comunicação. Será assim no seu – provável – governo? Essa seria uma boa alternativa de pressionar os outros poderes, como faz Donald Trump, dirigindo-se diretamente aos seus seguidores e à população em geral. É uma forma de promover plebiscitos diários sobre opiniões e atos, testar ideias e fatos e deixar a “oposição”, seja ela qual for, na incômoda posição de confronto. A fórmula vem dando certo com Trump. Neste momento, por exemplo os democratas muito pressionados por conta da “marcha dos refugiados”. Os twitters de Trump ( e seus comícios – quem disse que comício saiu de moda? – mudou apenas de formato)   colocam a “ameaça” no colo dos seus opositores e as pesquisas j

ESTAS ELEIÇÕES SÃO DIFERENTES DAS DEMAIS. TODOS CONCORDAM. MAS O QUE ISTO QUER DIZER, DE VERDADE?

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Muito mais que o blá-blá-blá das redes sociais Quer dizer muita coisa, que vai além do blá-blá-blá nas redes sociais, nos posts emocionais de um lado e de outro. Temos, para começo de conversa, uma sinalização clara: estamos diante de algo novo: tem outra gente na liderança da direita brasileira e o que se convencionou chamar de “centro-direita” esfacelou-se e vai ter que repensar o seu papel na política nacional.  Por outro lado, a esquerda, ainda presente neste segundo turno, enfrenta também um desafio recente: pela primeira vez vai enfrentar um campo completamente hostil aos seus ideários, apoiado por uma enorme parcela da população, e vai ter que decidir se continua apenas oferecendo mais do mesmo – vai se repensar – diante dessa nova realidade ou – no mínimo – fazer uma autocrítica dos erros cometidos no passado recente. Temos ainda – e principalmente - o eleitorado, cujas manifestações, tendências e opções sinalizam coisas importantes para quem deseja conquistá-lo ou p

AS INTERVENÇÕES DO TRUMP E DO MORO NESSAS ELEIÇÕES

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O juiz estrela da Lava Jato, Sérgio Moro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump resolveram, cada um no seu pedaço, interferir nas eleições brasileiras. Exagero? Com toda certeza não! Trump decidiu criticar as relações comerciais entre os EUA e o Brasil, justo num momento em que existem dois candidatos à Presidência com posições bastante diversas sobre como o país deve se comportar com os seus eventuais parceiros comerciais. De um lado o Bolsonaro, mais inclinado a fortalecer os laços com os Estados Unidos. Do outro o candidato do PT, que vê com muitos bons olhos o relacionamento com a China e a Rússia, os dois países em vivem, atualmente, em acirradas disputas comerciais e política com os americanos. A fala de Trump contém, como é do seu estilo, uma ameaça velada ( ver íntegra abaixo ). Para o público em geral pode passar batida, não diz coisa nenhuma, mas para os setores financeiros e industriais, ela tem sentido e pode influenciar no apoi