SAI DILMA ENTRA TEMER: SEIS POR MEIA DÚZIA?
Estamos em pleno movimento para decisão do
impeachment da presidente. O PMDB já promoveu o seu desembarque, simbólico, do
governo. Caso efetivamente a saída da Dilma se concretize teremos mudanças de
verdade? O País está mais do que no fundo do poço. Uma simples troca de guarda
não resolverá os nossos problemas. É muita ingenuidade supor que a simples saída da Dilma e do PT do governo significa o fim, imediato, de todos os nossos problemas.
A opinião pública está escaldada, desconfiada,
irritada com TODOS os políticos, partidos e demais instituições públicas, com
exceção, por enquanto, do Judiciário, mesmo assim dependendo da facção na qual
a pessoa milita. E não estamos falando aqui da Suprema Corte, sobre a qual as
desconfianças também existem, independentemente de simpatias partidárias.
O País vai precisar de algo mais que um governo
“surpreendentemente bom”, como definiu o atual senador José Serra. Nem vamos
ter algo parecido com o que aconteceu na Argentina, onde a “simples” eleição do
atual presidente, Maurício Macri, gerou uma onda de confiança e credibilidade,
com efeitos imediatos na economia.
Temer não é Macri, o PMDB não é exatamente um partido
coeso, capaz de gerar automática credibilidade e angariar apoio imediato a um
programa de reformas econômicas que o País mais do que precisa. Estabilizar a
economia e preparar o Brasil para um novo ciclo de crescimento é o que todos
desejam, mas – paralelamente – e com a mesma ênfase a população quer ver, ainda
que meio da boca pra fora, a extinção da corrupção, da incúria, da demagogia e
do cinismo. Se não for possível extirpa-la – pelo menos – que as transforme em
exceção e não mais em regra.
Temer tem a oportunidade de entrar para a história de
muitas maneiras, caso venha realmente a assumir o comando. Resta saber qual
escolherá. Resta saber qual o seu partido lhe permitirá.
Comentários
Postar um comentário