MG: LAMA TORNA INVIÁVEL A AGROPECUÁRIA

Bem escondidinha nos jornais de hoje, prenúncio do seu breve esquecimento pela mídia, ficamos sabendo que todas as áreas afetadas pelos 62 milhões de m3 de lama despejados pela mineradora Samarco, em Mariana (MG) são inviáveis para a agricultura. O solo teve a sua fertilidade comprometida, impedindo a germinação de sementes e o desenvolvimento das raízes das plantas. Em linguagem chulo e direto: transformaram as terras antes férteis em deserto.
Os moradores das áreas não poderão portanto sobreviver na região.
A pesquisa, feita pela Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, concluiu que embora não tenham sido detectados metais pesados no solo, a lama causa dificuldades para a infiltração da água, diminui os níveis de matéria orgânica necessária para a vida microbiana do solo e reduziu os índices de potássio, magnésio e cálcio, indispensáveis para as atividades agropecuárias. É uma camada nova na parte superior do solo que é praticamente inerte, explicaram ainda os técnicos da Emater, empresa de assistência rural de Minas Gerais.

Na prática ninguém sabe o que fazer. 
Moradores continuam em casas de parentes e amigos, alugadas provisoriamente pela mineradora ou ainda em abrigos. Sobre indenizações ninguém sabe coisa alguma. Para se sustentar as pessoas dependem de um salário mínimo, fornecido a trancos e barrancos para alguns, pela Samarco e vai ficando tudo por isso mesmo. Se as soluções vierem nos mesmos passos de tartarugas pernetas comuns a todas as demais tragédias já provocadas por empresas e empresários irresponsáveis ninguém será assistido de fato, nem será punido de verdade, e vai se enrolando até que o assunto seja esquecido.


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