OS LIMITES DO ESTADO E AS TETAS DA VACA


Todas as vezes em que se fala em limites do estado, no Brasil, ouve-se a mesma ladainha sobre os cortes dos investimentos nas questões sociais. 
Ninguém, em sã consciência vai aprovar cortes de gastos na saúde e na educação, mas é preciso saber de onde surge o dinheiro para custear não só a saúde e a educação como todos os demais setores que precisam do Estado, não para que ele ofereça graciosamente suas tetas para o projeto dos demagogos de sempre, em busca de um “emprego” numa boa repartição ou, de preferência, numa estatal bem fornida de dinheiro.

Está mais do que na hora de começarmos a fazer uma distinção clara do que é trabalho e o que é emprego. Ao se discutir limites do Estado, limites de gasto, vai ser preciso mudar nossa noção de competência e fazer uma gigantesca mudança nos inacreditáveis privilégios do funcionalismo público (aí incluídos políticos, seus afilhados, além de segmentos como a magistratura). E obrigar toda essa gente a prestar constas dos seus gastos. E governantes vão precisar entender que o governo não é propriedade dos eleitos eventualmente. E emprego tem que ter o mesmo significado de trabalho.

Nos limites do Estado e nos limites do gasto, hoje aleatórios das finanças públicas, mais do que nunca o exemplo tem que vir de cima. Com mais de 12 milhões de desempregados não é possível continuar postergando um saudável corte de gastos do andar de cima.

A discrepância existente entre os trabalhadores do setor privado e os do serviço público precisam acabar, incluindo aí a farra da magistratura e a ocupação desavergonhada da estrutura do estado pelos eventualmente eleitos.

Quando os governos passarem a investir no que realmente interessa poderemos começar a ver uma verdadeira justiça social. Afinal, como disse Roberto da Matta, em um artigo recente “num Brasil dos demagogos, estamos todos fartos de Robin Hoods ao contrário, do banco que se elege com os pobres e vira compadre dos ricos.

As tetas da vaquinha devem servir para alimentar apenas aqueles que realmente precisam ser alimentados pelo estado. E apenas enquanto adquirem forças para se alimentarem através dos seus próprio esforços.

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