AS BRAVATAS SOBRE A DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE MINISTÉRIOS E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
Uma das bravatas mais caras aos candidatos a
presidente, e até de governantes, é a questão do número de ministérios
brasileiros e do “excessivo” contingente de funcionários públicos. Todos, ou quase todos, sempre falam em
redução, mas o bendito número nunca diminui, muitas vezes, ao contrário,
aumenta.
Em 2014 eram 39, hoje são 29 pastas ministeriais e 23 ministérios.
Bolsonaro, em mais um dos seus arroubos de campanha, disse que a redução seria
drástica, mas vai ficar, na melhor das hipóteses, em 17 e já tem auxiliares do
futuro governo falando na criação de um ou mais ministérios. Ou seja a redução,
se houver, afora as mudanças cosméticas, será mínima.
17 ministérios é um número razoável, mais
do que isso é só cabide de emprego. Os Estados Unidos, pro exemplo, a primeira,
ou segunda, como queiram, economia do planeta, tem 15 ministérios (ou
departamentos, na terminologia do governo americano). A Alemanha, maior
economia da Europa, tem um gabinete de 14 membros. Na França, são 16; na
Inglaterra, 17; no Japão, 13. Isso sem falar dos funcionários comissionados,
que os governos desses países possuem. Na Alemanha não passam de 300 (isso
mesmo, três centenas) contra os mais de 22 mil à disposição do governo
brasileiro., para ficar num único exemplo.
Especialistas afirmam que, na verdade, o
problema do funcionalismo público brasileiro não está no número, mas na sua
distribuição desigual, país afora, e principalmente nos núcleos
privilegiadíssimo, localizados principalmente em Brasília, mais especificamente
no judiciário e nos legislativo.
Direitos ou benesses? |
Os privilégios vão de enormes benesses
durante o período trabalhados, como altas comissões e férias e feriados longe
dos horizontes dos trabalhadores privados, as aposentadorias integrais, que
ameaçam a saúde do sistema previdenciário, no qual usufruem de um regime
especial.
A solução passa longe, ainda que contemple,
da questão dos comissionados e/ou da redução drástica dos número dos atuais
funcionários, no âmbito de todos os poderes. Uma distribuição correta, restrita
às necessidades reais da população, o fim da absurda estabilidade vitalícia, o
abusivo e perverso sistema de aposentaria plena (principalmente se comparado ao
dos trabalhadores do sistema privado) são alguns dos entraves que dificilmente
os governos, sempre ciosos da sua popularidade e sem força para enfrentar a
poderosa organização dos “servidores” públicos, conseguirá resolver.
Resta saber como o próximo governo, noves
fora as bravatas de campanha, enfrentará o problema, sem entrar numa paralisia
sem igual, provocada pela casta dos funcionários federais, seguida pelos demais
de todos os outros poderes públicos. Apostas abertas.
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