DIÁRIOS DE UMA QUARENTENA. - 07 ESQUEÇA: NADA VOLTARÁ A SER COMO DANTES.

Tem um bocado de especulação, pra todo tipo e gosto, sobre como ficaremos quando essa bendita pandemia enfim acabar. Otimistas ou pessimistas, não importa, as mudanças serão radicais e quem não se reinventar para enfrentá-las será deixado para trás.
Pra começo de conversa, todos os governos (inclusive o da China, ainda que talvez menos, pela sua gigantesca capacidade produtiva), todos estarão com graves problemas de caixa e essa fonte vai secar ou - na melhor das hipóteses a água será racionada. Teremos um bom contingente de desempregados, mundo afora, e o surgimento de novas relações de trabalho que é o objeto deste post.
Nesses tempos de pandemia, não foram poucos os negócios que tiveram se de adaptar para não sucumbir. Não foram poucas as empresas que se reinventaram e com isso descobriram novas formas de sobrevivência, algumas bem mais interessantes que o modelo vigente até pouco tempo. Muitos foram a força para o ambiente online, mas descobriram que não só podiam continuar a produzir no mesmo nível, como em muitos casos, ainda que eventualmente surpresos, que foi possível aumentar a produtividade e as vendas. No varejo vamos encontrar muitos exemplos, com a atividade se mantendo em níveis altos e, o melhor dos mundos, com os altos custos operacionais sensivelmente reduzidos. E aí alguém acha, de verdade, que esses negócios voltarão ao modelo anterior com o fim da pandemia? É claro que não.
Isso vale para praticamente todos os tipos de transações comerciais. Tem restaurantes, por exemplo, que só vendiam no modelo presencial tradicional e descobriram que podem muito bem continuar vendendo, basicamente pelo sistema de delivery. Vão voltar atrás? No máximo podem pensar num sistema misto, mas com uma redução drástica no presencial e toda ênfase voltada para os projetos online.
Até mesmo profissionais liberais, de toda sorte, que foram obrigados a se transportar para o mundo online, descobriram a possibilidade de continuar operando e até em muitos casos aumentar, de forma significativa, a sua clientela. Acha que todo esse povo vai voltar a operar como “antigamente”? Muitos desses profissionais estão tirando da gaveta, ou inventando, criando, novos produtos e serviços, que podem aumentar os seus ganhos. Essa gente vai querer voltar atrás e continuar como tudo como dantes?
Além disso, é absolutamente certo, que o mundo inteiro estará mais pobre, muito mais pobre, e isso, como é óbvio, vai influenciar não apenas as relações de trabalho, como a modelagem dos negócios. E vamos depender – e muito – da capacidade dos governantes de se adaptarem aos novos tempos, com soluções novas/criativas, para sairmos todos do buraco.
A pergunta é: Estamos realmente preparados para esses novos tempos?
Gostemos ou não, essas transformações estão chegando para ficar. Novos modelagens de negócios, novas relações de trabalho, novos modelos de consumo. Quem for mais rápido e começar já, agora, a pensar em como se adaptar, vai sair na frente e se dar melhor neste “mundo novo”, mesmo como um simples consumidor. Quem resistir vai ter sérios problemas pela frente. Quem não se adaptar vai “dançar”, pois a nova realidade da economia será impiedosa e uma “seleção natural” vai excluir essas pessoas do mercado.

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