SIM, OS REACIONÁRIOS PODEM SER VENCIDOS.
Reacionários aqui não são, exclusivamente, e provavelmente para tristeza de muitos, os coxinhas abomináveis do PSDB, nem os entusiastas do deputado Bolsonaro ou os amantes do golpe militar.
Reacionários aqui são de todos os
matizes políticos, aqueles que de uma forma ou de outra trocaram o sonho de um
futuro grandioso para a nação brasileira, por um pesadelo.
Reacionário aqui são os que acham
que estão sempre certos e que qualquer discordância das suas ideais ou atos é
um crime de lesa pátria e de conspiração para matar negros, pobres e
homossexuais.
Reacionário também é o governo
federal, cujos membros defendem o deixa está que está certo, se opõem a
mudanças e só reagem a algumas pressões.
Reacionários são os políticos, que
pouco antes do ajuste fiscal ser anunciado, aumentaram seus rendimentos e logo
em seguida o tal de fundo pluripartidário para engrossar os cofres dos
partidos.
Reacionários são aqueles que soltam
fogos para as leis anticorrupção, mas continuam nomeando políticos e
apadrinhados para cargos que deveriam ser técnicos.
Reacionário é aquele que critica o
governo, mas não apresenta um projeto alternativo sequer, com algo melhor, que
incentive o crescimento e a prosperidade.
Reacionário também é aquele que vive
falando em financiamento público de campanha, como se o dinheiro da viúva não
fosse de ninguém, surgisse do nada e estivesse por aí, disponível para
financiar ideias alopradas ou ideologias à direita e à esquerda. Quer se
eleger? Meta a mão no bolso. No próprio, não do contribuinte.
Reacionário é o pessoal sem projeto,
sem uma agenda para o século XXI, que vive de ideias e teorias quando muito do
século passado, isso quando não se inspiram em teóricos do XVIII ou XIX.
São incontáveis os exemplos, em
todos os espectros, nuances e matizes politico-ideológicos. Os reacionários estão
em toda parte, muitas vezes vestindo a fantasia de progressista, mas lutando
pelo atraso.
Podem ser derrotados? Sim!
Mas que ninguém se engane. Não será
a troca de um governante por outro qualquer, do titular pelo vice, de fulana
pelo beltrano. O país precisa de um projeto novo. O país precisa de um ajuste
fiscal sim, mas de um ajuste claro, compreensível para todos, igual para todos,
rápido e contundente. E quanto mais rápido e contundente for, menos doloroso
será, menor será o seu custo social.
O Brasil precisa corrigir distorções
seculares, acabar com os privilégios de uma minoria sugadora que não se
preocupa com mais nada do que enriquecer e explorar o povo, não no sentido
marxista-leninista, mas o povo brasileiro em sua totalidade, aquele que trabalha,
cria riquezas, que prospera e quer ver o pais crescer.
É preciso que mais gente vá às ruas.
Não apenas para ser contra “tudo isso que está aí”, mas para propor um novo
pacto social, um pacto que nos leve enfim para o século 21, que nos conduza à grandeza,
não que nos faça conformados em sermos apenas medianos, que nos traga de volta
orgulho de ser brasileiro. Um outro tipo de orgulho, maior que essas
musiquinhas bestas, cantadas sem nenhum sentido nos estádios da vida.
Não é mais possível deixar apenas
para os políticos a tarefa de mudar. É preciso assumir a cidadania, fazer pelo
país, por nós, por nossos filhos e netos. Só assim os reacionários, de todos os
matizes, poderão enfim ser derrotados. É possível, mas é preciso enfrentá-los.
E a hora é essa. Mais tarde pode ser tarde demais.
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