APPLE, GOOGLE JÁ PODEM CONTROLAR SEUS PASSOS. AGORA QUEREM IDENTIFICAR VOCÊ E AS PESSOAS COM AS QUAIS VOCÊ FAZ CONTATOS PRESENCIAIS.

A Apple e o Google, estão disponibilizando tecnologia que pode além de monitorar todos os movimentos dos portadores de celulares, podem também identificar as pessoas com as quais você esteja mantendo qualquer tipo de contato. Como sempre o objetivo  é “nobre”. Neste momento trata-se de ajudar no combate a epidemia, facilitando a identificação de eventuais pessoas contaminadas e assim rastrear as que podem vir a contrair a doença.

De posse dessas informações, estratégicas, ainda que "coloridas" pelas boas intenções, corporações e governos podem fazer um  controle sem precedentes sobre as pessoas: o que fazem, onde estão, com quem estão interagindo e em última instância, por via de consequência o que estão planejando/pensando fazer. Desta forma as possibilidades de intervenção direta na vida das pessoas, um controle total, que até hoje só na imaginação, nos filmes e na literatura de “ficção científica”. Um prato cheio, perfeito, para os regimes autoritários e – bem pior – transferindo poder para um número restrito de corporações, que – donas dessas tecnologias – sequiosas de lucros imensuráveis, serão capazes inclusive de monitorarem até mesmo os passos dos governantes, submetendo-os a pressões e chantagens, forçando-os  a agir de acordo com os seus interesses.

E não me venham falar em boas intenções, pois o inferno está cheio delas.

A grande pergunta é o que fazer, como resistir, enquanto é tempo. No caso das corporações é preciso que os atuais legisladores sejam pressionados, imediatamente, para que sejam criadas leis severas para impedir, restringindo ao máximo o uso dessas tecnologias, com punições severas, compatíveis com o poder e a força dessas corporações. A Europa vem dando alguns passos nessa direção, mas é muito pouco ainda. Países como o nosso, tem menos poder de resistir, mas alguma coisa pode ser feita.

Já os aspirantes a ditadores (já tem muitos espalhados por aí) devem ser pressionados, com manifestações e ações de todos os tipos e qualidades, em todos os espaços disponíveis, para impedi-los de usarem as modernas tecnologias para o controle social. 

O problema maior é que ficamos bovinamente iludidos, entretidos no pasto das boas intenções e quando acordarmos já estaremos no abatedouro das ideias e da liberdade. Agora, por exemplo, vários países, inclusive o nosso, já estão monitorando o movimento das pessoas via celulares, com a desculpa de “entender” os movimentos em função da pandemia. No caso de São Paulo sem identificar as pessoas – o primeiro passo rumo ao inferno. Em outros, como a Coreia, já identificando claramente quem é quem e com quem está se interagindo. Na China, o controle já é muito mais amplo. Com o uso intensivo de AI (inteligência artificial), com câmeras de reconhecimento facial, em uso faz tempo, o controle social não tem paralelo, por enquanto, em quaisquer outras paragens. 

Se continuarmos ignorando tanto as corporações quanto os governos não haverá retorno, nem salvação.

Convém colocar as barbas de molho. Enquanto ainda é tempo.