A CAMPANHA DE 2020 JÁ COMEÇOU
Ainda que muitos dos candidatos não tenham
se dado conta, a pré-campanha está aí, com um leque enorme de oportunidades
para serem aproveitadas. E quem sair de fato na frente aumenta
consideravelmente as suas chances de vitória, principalmente os que souberem
combinar o uso das novas tecnologias com uma estratégia inovadora.
Na pré-campanha as regras são muito mais
flexíveis, o que significa mais oportunidades. O candidato tem mais tempo para
se organizar, otimizar os seus recursos financeiros e administrativos, expor e
avaliar a sua imagem, com a vantagem
extra de fazer correções a tempo e a hora, usar livremente as redes sociais e
até mesmo viabilizar doações junto ao eleitorado. A única exceção, a rigor, é
pedir votos diretamente.
O uso adequado do tempo e dos recursos da
pré-campanha permite ainda a formação de um exército de militantes e eleitores
engajados. A experiência americana é
rica em exemplos onde uma combinação inteligente de ações porta-a-porta, usando
o melhor da tecnologia digital, produz resultados surpreendentes para alavancar
candidaturas.
Com disciplina, perseverança e uma boa
equipe de rua é possível fazer visitas nas casas de eleitores e lideranças
populares, realizar entrevistas, conhecer de perto as carências, necessidades e,
o mais importante, captar o verdadeiro sentimento do eleitorado. Além, é claro,
da formação de um banco de dados precioso, que vai permitir uma comunicação
constante com o eleitorado que se revelar – pelo menos – não hostil a
candidatura.
As ações de rua, combinadas com uma
presença inteligente nas redes sociais é capaz de provocar mudanças altamente
significativas no cenário eleitoral. As últimas eleições presidenciais deixaram
este aprendizado. Independentemente de outros fatores (e sim, eles existiram) o
atual presidente usou de forma brilhante as redes sociais para engajar
eleitores. A combinação do uso adequado das redes com as ações de rua vão ainda
mais além e são imbatíveis.
Vale, no entanto, o alerta: não basta
postar simplesmente. É preciso uma narrativa consistente, nas redes sociais e
nas ações de rua. E é preciso entender também que as redes sociais não são um
“Diário Oficial”, onde detentores de
mandato ou candidatos passam o tempo inteiro falando exclusivamente sobre suas
ações políticas. As redes são locais também de entretenimento. Para uma melhor eficiência na conquista e
engajamento de eleitores, é preciso que se mesclem conteúdos exclusivamente
políticos com postagens agradáveis, interessantes, que humanizem o candidato,
apresentem suas ideias e projetos de forma agradável.
As ações de porta-a-porta produzem outros
resultados e informações que não estão presentes nas redes sociais. Elas
permitem uma “intimidade”, chegar literalmente mais perto do eleitor, ouvi-lo
com paciência, conhecer em profundidade suas necessidades, carências,
perspectivas e sonhos de futuro. Com bons aplicativos é possível inclusive
fazer pesquisas sobre assuntos específicos, avaliar os posts nas redes sociais
e o mais importante: criar um banco de dados com informações preciosas sobre essas
pessoas, permitindo, posteriormente, conversar especificamente com cada uma
delas, com vistas a formação de um verdadeiro exército de eleitores engajados,
capazes de multiplicarem o interesse e a aceitação da candidatura.
Quem arregaçar as mangas e começar agora a
trabalhar, com certeza, aumentará significativamente as suas chances de vitória
em 2020. Não importa o tamanho da
cidade, nem o cargo que estiver na disputa.
Comentários
Postar um comentário