MÉDICOS BRASILEIROS SEM APOIO NA LUTA CONTRA PROGRAMA DO GOVERNO


Até agora os médicos brasileiros não conseguiram o apoio da população na sua luta contra o programa do governo “Mais Médicos”,  nem sensibilizaram a as pessoas para questões como a falta de infraestrutura nos locais mais longínquos, alguns até nem tanto, que impedem o exercício de uma assistência adequada de saúde. Ao partir para atitudes agressivas, como vaiar e hostilizar os médicos estrangeiros que participam do programa, os médicos brasileiros se afastam ainda mais dos anseios da população mais carente, aquela  que deseja pelo menos a presença de um médico em suas localidades.

O fato é os médicos brasileiros nunca se manifestaram adequadamente contra as óbvias condições mais que precárias da saúde pública do país, perdendo a oportunidade de se aliarem a população em busca de condições adequadas para o exercício das suas atividades.

Hoje, as partes radicalizam as suas posições, sem que se vislumbre uma solução que venha a atender efetivamente às necessidades da população.  Bobagens como as expressas por uma blogueira, que se diz jornalista, “acusando” as médicas cubanas de terem “cara de empregadas domésticas” e o contra-ataque dos defensores do programa classificando como xenófobas e racistas as todas manifestações contrárias ao programa, também não ajudam em nada a discussão sobre o tema.

Há, de fato, por parte do governo federal, uma tentativa de autorizar o exercício da medicina por parte de estrangeiros, principalmente com relação aos cubanos, ao arrepio da lei, como o impedimento ao direito de asilo, a livre circulação pelas cidades, além das questões salariais, todas devidamente regulamentadas , com clareza, pelas leis brasileiras. Isso sem levar em conta a recusa na validação dos diplomas, através do Revalida, até então plenamente aceita pelas autoridades e de acordo com as leis e regulamento vigentes.

A pressa das autoridades em implantar o programa, sem dúvida não calcada exclusivamente no interesse da melhoria das condições de saúde,  embalada por objetivos eleitorais (elevar o cacife do ministro da saúde, candidato informal ao Governo do Estado de São Paulo) não tem ajudado na implantação de um programa que, em si, em nada é prejudicial a população brasileira, muito pelo contrário.

Por outro lado a reação quase raivosa dos médicos brasileiros e de suas entidades também em nada tem ajudado no debate. A impressão que causam é que estão apenas preocupados com o seu mercado de trabalho, desinteressados por completo das necessidades da população, por uma mínima assistência na área de saúde, corporificada pela presença de um médico nas suas localidades. Nada mais justo. É o mínimo que podem querer, exigir, pedir. E é fato que não é do interesse dos médicos brasileiros, por motivos igualmente justos e outros nem tantos, exercer a função nesses locais.

Seria bom se todos voltassem a normalidade: o governo tratasse também de dar condições de trabalho para os médicos e demais profissionais de saúde, sejam eles nacionais ou estrangeiros, principalmente nessas localidades distantes dos grandes centros urbanos. E que cumprisse com as leis, não importa que os envolvidos sejam cubanos ou esquimós. E, que os nossos valorosos médicos coloquem as questões nos seus devidos termos, procurando daqui pra frente serem mais solidários com as necessidades da população, lutando por melhores condições na prestação dos serviços de saúde, sendo menos corporativistas, sem evidentemente serem cumplices dos desrespeito as leis vigentes, mas levando em conta as .

Seria bom pra todo mundo.

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