AS INTERVENÇÕES DO TRUMP E DO MORO NESSAS ELEIÇÕES


O juiz estrela da Lava Jato, Sérgio Moro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump resolveram, cada um no seu pedaço, interferir nas eleições brasileiras. Exagero? Com toda certeza não!

Trump decidiu criticar as relações comerciais entre os EUA e o Brasil, justo num momento em que existem dois candidatos à Presidência com posições bastante diversas sobre como o país deve se comportar com os seus eventuais parceiros comerciais. De um lado o Bolsonaro, mais inclinado a fortalecer os laços com os Estados Unidos. Do outro o candidato do PT, que vê com muitos bons olhos o relacionamento com a China e a Rússia, os dois países em vivem, atualmente, em acirradas disputas comerciais e política com os americanos.

A fala de Trump contém, como é do seu estilo, uma ameaça velada (ver íntegra abaixo). Para o público em geral pode passar batida, não diz coisa nenhuma, mas para os setores financeiros e industriais, ela tem sentido e pode influenciar no apoio ao futuro presidente e as suas políticas econômicas.

Nunca na história, recente ou não, das relações entre os dois países, se viu um presidente americano fazendo comentários sobre a política econômica brasileira às vésperas de uma eleição presidencial, o que se constitui, branda ou não, em uma intervenção no resultado do pleito.

Já o juiz Moro decidiu, surpreendentemente, quebrar o sigilo das denúncias feitas por Antonio Palocci, o ex-todo-poderoso ministro da Fazenda do governo Lula e figura proeminente do Partido dos Trabalhadores. Mas justo às vésperas do pleito? Nada justifica a atitude a não ser uma tentativa de influenciar o resultado das eleições presidenciais, num claro favorecimento ao candidato Jair Bolsonaro, que disputa a liderança com Fernando Haddad, o candidato/porta-voz do Lula.

O que se vê, e aqui não vai nenhum delírio conspiratório de âmbito internacional, é que – atualmente – não importa o país, o resultado das suas eleições sofre interferências, em menor ou maior grau, de outras nações. E não são poucos os exemplos recentes.

Por outro lado, no Brasil, com um Judiciário que se acha acima do bem e do mal, o que vemos é uma ingerência constante e arbitrária dos seus membros, principalmente os do Ministério Público, mas não exclusivamente, assumindo funções do executivo e do legislativo, ao gosto e ao sabor das suas preferências políticas, interferências para as quais não possuem nenhum mandato.

É um momento muito perigoso o que estamos vivendo. Quanto as falas do presidente  americano, só mesmo o Governo Federal, se pulso tivesse, poderia responder. Já as manifestações da magistratura e do Ministério Público, devem ser repelidas com vigor. 

Não importa o partido ou o candidato de preferência. Hoje o PT amanhã qualquer um. Aos políticos e membros da sociedade civil organizada todos convém colocar as barbas de molho. Ao povo, que parece ter esquecido os anos, trágicos sob todos os pontos de vista, da ditadura militar, convém, também se acautelar. Ditadura da toga, militar, partidária ou qualquer outra, nenhuma delas traz quaisquer benefícios para a nação como um todo. A história prova: os beneficiários são sempre os amigos do Rei. E ninguém mais.


A íntrega da fala de Donald Trump

“O Brasil é outro caso. É uma beleza. Eles cobram de todos o que querem. Se você perguntar a algumas empresas  eles dizem que o Brasil está entre os mais duros do mundo, talvez o mais duro. E nós não os chamamos e dizemos ei vocês estão tratando nossas empresas injustamente, tratando nosso país injustamente.

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