ELEIÇÕES 2018: IMPEACHMENT E A CASSAÇÃO DO REGISTRO DE LULA AJUDAM O PT

Essa chapa, tríplex, vai colar?
O PT vai continuar com a campanha de vitimização, falando sobre o “golpe” que tirou Dilma da Presidência, da injustiça da condenação de Lula no caso do tríplex no Guarujá e agora com a cassação do seu registro como candidato. A estratégia é correta, mas todos esses episódios, no fundo, no fundo, ajudam o partido.

Dilma escapou do ajuste fiscal
Se a Dilma não sofresse o impeachment não teria outra alternativa senão tomar medidas, altamente impopulares e fazer algum tipo de ajuste fiscal. Saiu, sobrou para o Temer e sabemos no que deu. 

A condenação de Lula reforçou a narrativa do golpe e da perseguição seletiva ao Partido dos Trabalhadores. E agora, com a cassação ainda no início do processo eleitoral, do seu registro como candidato, a narrativa ganha novo impulso e Haddad ganha mais tempo para fazer a sua campanha.

Além de ganhar mais tempo para consolidar a sua candidatura, como presidente, Haddad deve se beneficiar ainda com a possibilidade de passar pelo horário gratuito sem sofrer ataques dos adversários. Por uma razão simples: atacar Haddad significa tornar o seu nome mais conhecido, reforçando ainda que ele está na disputa substituindo o Lula. Um péssimo negócio para demais candidatos, pois não se tem certeza da exata força do ex-presidente na transferir seus votos para o ex-prefeito de São Paulo. Por enquanto, pelo menos para eles,  quanto mais Haddad permanecer um desconhecido melhor.

O dilema vai girar em torno de uma dúvida cruel: se Haddad conseguir passar pela campanha, leve e solto, a probabilidade dele ir para o segundo turno é grande, já que para isto basta apenas que “herde” uma parte das intenções de voto do ex-presidente Lula. Bater ou não bater?

Lula, influência mesmo na prisão.
O certo, também, é que Lula continuará participando dos programas, ainda que não seja como candidato, mas tentando passar para Haddad uma boa parte das suas intenções de voto. Vai dar certo? Provavelmente. A transferência não se fará na totalidade, mas uma boa parte deve ir.

Será desta vez?
 Por enquanto, ao que tudo indica, que tem mais condições de herdar votos antes destinados a Lula é a Marina, que tem uma boa aceitação no Nordeste, onde o ex-presidente tem imagem e aceitação muito
consolidadas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DE QUEM É ESSE JEGUE, ESSE JUMENTO NOSSO IRMÃO?

UM SONHO DE XOXOTA EM BARRA GRANDE

ABSTENÇÃO: PROTESTO OU DESINTERESSE?