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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Onde estão as forças que podem mudar o País?

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Qualquer pesquisa sobre a história republicana do Brasil nos revela, que sempre houve grupos e/ou dirigentes, prontos para substituir os que estavam falhando na condução do Estado, em momentos críticos.   Como bem destaca, Sérgio Fausto*, em recente artigo publicado no Estado de São Paulo, é verdade, também, que nem sempre os resultados foram os melhores, como no golpe de 64, mas sempre as forças sempre estavam ali, presentes e dispostas a assumirem a tarefa, aliando-se, inclusive, muitas das vezes com grupos dissidentes do governo fracassado. Não se trata aqui da discussão sobre “golpe”, impeachment ou qualquer coisa do gênero a respeito do governo da presidente Dilma. O que se constata é a dificuldade de se encontrar, distinguir, vislumbrar, qualquer coalizão de forças   capaz de contrabalançar as propostas do atual governo, que – noves fora o pessoal da torcida organizada – não possui nenhuma condição para propor e conduzir uma mudança nos rumos do País. A bem da ve

PAULISTAS E CARIOCAS QUEREM DEIXAR SUAS CIDADES.

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Sete em cada 10 paulistanos mudariam de cidade se pudessem. Os dados são de uma pesquisa do Ibope, feita  entre os dias 30 de novembro e 18 de dezembro de 2015 e divulgada pelo Estadão no último dia 20. Dos 169 itens avaliados, com notas que podem variar de 1 a 10, 89% ficaram abaixo da média da escala. As áreas com maior insatisfação estão, entre outras, na infância e adolescência transporte e trânsito, acessibilidade para pessoas com deficiência, segurança, assistência social, desigualdade social, transparência e participação política. Bombeiros, Correios e Igreja, nessa ordem lideram o ranking das instituições com maior confiança da população. No Rio, descrença quanto ao futuro No Rio, outra pesquisa detectou que o sentimento de orgulho do carioca de morar na cidade vem diminuindo nos últimos anos. Em 2015, a soma das notas de 7 a 10 dadas para esse sentimento foi de 43%, enquanto em 2013 esse percentual foi de 63%.  Caiu a percepção

CAEM AS VERBAS DE COMBATE AO AEDES, CRESCEM OS NÚMEROS DA EPIDEMIA.

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Ainda que o volume de recursos extras para a vigilância tenha aumentado, o valor geral para o combate ao aedes aegypti caiu. Um exemplo da escassez de recursos está nas 40 cidades do Estado de São Paulo que cancelaram o Carnaval para destinar os seus poucos recursos ao combate do mosquito. Aedes, avanço por mais de 20 países Os municípios reclamam da falta de auxílio emergencial diante da possibilidade do aumento da epidemia neste ano, que – acredite se quiser – ainda não chegou ao período crítico de transmissão.   Para o presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arbovirose, Arthur Timerman, em entrevista recente aos jornais, diante da situação emergencial de surtos de dengue e zika, a verba extra deveria ser ampliada. “Essa redução orçamentária é calamitosa. A situação é dramática e este é o momento de empenhar todo o esforço, possível”,   afirma. A realidade confirma o alerta do especialista. Os casos de microcefalia, já chegam perto dos 4 mil e a Fiocruz,

EM 2016 VAI SOBRAR PROS PREFEITOS

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As eleições de 2016 estão se aproximando, com novas regras e um eleitorado definitivamente de mal humor e descrente do que os candidatos, a vereador e principalmente a prefeito, podem oferecer. E, ao que tudo indica, a maioria dos “pré-candidatos” ainda não se deu conta do que vão enfrentar neste pleito. Difícil encontrar um eleitor que tenha votado recentemente por convicção e com entusiasmo em algum candidato. Sim, estamos falando da maioria do eleitorado e excluindo, pela sua insignificância, as torcidas organizadas.   Já faz um bom tempo em que os eleitores vão, obrigatoriamente, às urnas, tomados pelo descrédito, a desconfiança e o ceticismo. Muita gente tem votado em uns e outros pelo medo de perder alguma conquista ou em busca de alguma recompensa concreta. O “Eu” predomina em detrimento do “Nós”. Nas próximas eleições os candidatos vão se deparar com um eleitor que vai decidir o seu voto em função da economia e da sua capacidade de consumo.   Ao encarar qua

TORRAR AS RESERVAS CAMBIAIS UMA PÉSSIMA IDEIA

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Os grandes gênios do bolivarianismo, noves fora o nada bobo, Evo Morales, presidente da Bolívia, conseguiram, ou estão no bom caminho para isso, acabar com as economias dos seus países. A Venezuela praticamente já torrou todas as suas reservas, sem que qualquer avanço fosse conseguido, pelo contrário, hoje a Venezuela ostenta os inacreditáveis índices 720% de inflação anual, um recorde mundial. Por isso assusta quando a nossa presidente admite, ainda que como “hipótese”, usar as reservas cambiais.   “Eu não acho adequado fazer isso agora. Não é sagrado isso. Tem momento em que isso possa vir a ser colocado como uma hipótese. Nós não temos fuga de capital. Nós não temos fuga financeira”, justificou a presidente. Tomara que, seja lá o que quis dizer a mandatária, a ideia não passe de mesmo uma hipótese, daquelas que após uma rápida análise são descartada sumariamente. Afinal, não se conhece a história de nenhum país, queimando as suas reservas cambiais, ten

POR QUE OS ELETRÔNICOS PARA VESTIR NÃO COLARAM?

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Confesse: quantas vezes você não esteve prestar a comprar, ou terminou comprando, uma daquelas geringonças eletrônicas, chamadas “vestíveis” e terminou se arrependendo? Com certeza, aquela que você comprou por impulso, hoje habita o fundo de alguma gaveta, passados os primeiros momentos de euforia com o novo brinquedo. As previsões, incluindo aí as de especialistas, eram que os “vestíveis” haviam chegado para ficar e que gerariam milhões de dólares para seus fabricantes. Quem não lembra do Google Glass, dos relógios da Apple, e mais recentemente, os da Samsumg e a startup Pebble? Pulseiras, relógios, óculos, sutiãs, camisas, tênis etc., estavam previstos para “bombar” e se tornarem produtos convencionais até, no máximo, 2018, mas tiveram todas as suas previsões adiadas, as mais otimistas, para 2019. As explicações para o “fracasso” atual dos vestíveis, estão, em primeiro lugar, na dependência das geringonças com os smartphones. O consumidor passaria a usar dois aparel

PESQUISAS ONLINE ESTÃO BOMBANDO

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As pesquisas online estão bombando no Brasil. O pessoal de política ainda não descobriu o potencial, mas quem lida com opinião pública, produtos e serviços já aderiu, inclusive os grandes institutos, como o Ibope, por exemplo, que já tem uma divisão, o CONECTAi, dedicada exclusivamente ao universo online. Vários institutos, além do Ibope com a sua divisão específica, voltaram os olhos para as pesquisas online, muito mais baratas e mais rápidas que as offline. Hoje, além das quantitativas, é possível realizar qualitativas com muita interatividade entre os participantes, moderadores e clientes. No mundo corporativo elas ganham cada vez mais espaço, mas na área política ainda existem muitas barreiras a serem derrubadas. Os atores políticos ainda não se deram conta das vantagens proporcionadas pelas pesquisas online, principalmente na descoberta do que pensam (opinião) dos eleitores, sobre inúmeros assuntos (sim, as pesquisas online permitem questionários mais longos e mais opina

BRASIL LIDERA PESSIMISMO MUNDIAL

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O Brasil, que até pouco tempo era líder mundial em otimismo, mudou. Hoje o nosso pessimismo é duas vezes maior que o registrado mundo afora. A média mundial é de 16% (os que acham que 2016 será pior que 2015). No Brasil são 32%.   A pesquisa, em 68 países, é da rede WIN, em parceria com o Ibope, que coletou os dados no Brasil, divulgada no jornal Estado de São Paulo. A bem da verdade a maioria (50%) ainda acredita que este ano será melhor do que 2015, abaixo, no entanto, da média mundial (54%), mas o pessimismo vem crescendo significativamente, ano a ano. Em 2011 eram apenas 6%. Em 2012 passou para 8% e em 2014 já chagava aos 26%, ultrapassando agora, a barreira dos 30%. Os que acreditavam na melhoria das condições de vida recuou de 73% em 2011 para 57% em 2014 e para 49% em 2015. Agora são 50%. A conclusão é óbvia: o sentimento positivo com relação ao futuro está estagnado, enquanto o pessimismo sobe velozmente e que o problema que mais aflige os br

INTERNET, DEMOCRACIA E AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES II

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Em post anterior comentamos sobre a mudança de hábitos, constatada no eleitorado, que – cada vez mais – vai deixando de lado as conversas cara a cara com as pessoas do seus círculos familiares, de amizades e profissional para se informar e decidir sobre o voto, através dos chats, digitados nos seus celulares, tablets e computadores. Brasil: novos hábitos para decidir o voto Aqui, vamos falar um mais um pouco  da cultura digital, cada vez mais comum, e dos “bombardeios políticos nas redes sociais”, na expressão de José Roberto de Toledo, em sua coluna no jornal Estado de São Paulo (14/01), onde analisa recente pesquisa do Ibope sobre os novos hábitos dos brasileiros relacionados ao debate político e a decisão sobre o voto. Além dos dados analisados no post anterior, onde se constata que no decurso de apenas duas eleições o número de pessoas, que consideravam importante o diálogo face to face, saiu dos 47% para apenas 23%, vale lançar os olhos sobre outra pesquisa,

INTERNET, DEMOCRACIA E AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES I

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Definitivamente o boca a boca está perdendo espaço na política, na decisão do voto. Segundo pesquisa do Ibope, publicada na coluna de José Roberto Toledo, no Estadão (14/01), as conversas com amigos e parentes caíram à metade na hora de escolher candidato, enquanto as interações digitais foram multiplicadas por seis. A constatação dessa mudança está expressa também em artigo de pré-candidata a prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy,(15/01) na Folha de São Paulo, em que afirma estar se processando “uma verdadeira revolução no processo político contemporâneo”. “As pessoas, jovens especialmente, manifestam-se e influenciam os processos decisórios da sociedade, mas o fazem, porém, longe dos canais partidários”, afirma a senadora. A opinião da Marta fica mais interessante quando comparada à prática dos nossos políticos, definitivamente analógicos. Ainda que a presença dos mesmos na internet tenha crescido extraordinariamente nos últimos anos, essa presença, n

LÁ VEM AS MONTADORAS ATRÁS DE UMA BOQUINHA (MAIS UMA)

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As montadoras, assustadas com a queda na compra de veículos novos, estão atrás do governo em busca de mais uma "boquinha". A proposta prevê a retirada das ruas de carros com mais de 15 anos de uso e caminhões fabricados há mais de 30 anos. Parece bom, não é mesmo? O problema, como sempre, é de quem vai financiar o plano. Montadoras: tudo por uma boquinha. Para que isso aconteça seria criado um fundo que bancaria um bônus para o proprietário do veículo velho fazer a troca pelo novo, financiando a diferença com recursos de uma linha de crédito especial, oferecida por bancos públicos e privados. Estima-se que isso geraria um consumo adicional de 500 mil veículos novos por ano. Claro que as montadoras também lembram – logo – da possibilidade de uma redução do IPI, coisa que já foi feita recentemente e essa política de estímulos voltada para setores específicos já mostrou no que costuma dar. A pergunta que não quer calar é: as montadoras juntas, tem muita

CLIENTES ESTÃO DISPENSANDO AGENCIAS E INDO DIRETO ÀS PRODUTORAS

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Recentemente fui convidado por uma produtora, aqui de Sampa, para fazer uma análise de pesquisas e, como consequência, um planejamento para uma concorrência de um órgão público, nitidamente relacionada com atividades de uma agência de propaganda. Por conta disso terminei por me deparar com uma tendência, creio que recente, em que – antes apenas intermediárias – as produtoras estão desenvolvendo trabalhos sob encomenda para o cliente final, principalmente as que estão voltadas para a produção de documentários e séries. Para enfrentar a novidade muitas produtoras já possuem núcleos criativos, reforçados por ex-diretores de criação de agências.   Ainda que, em geral, esses núcleos se dediquem a construção de roteiros de séries para a televisão e filmes (segmento que hoje já se constitui na segunda fonte de renda das produtoras), o interesse de clientes em produzir conteúdos ( branded content ) criou uma nova demanda para os criativos das produtoras. Por enquanto a questão ain

QUANDO CHAMAR ALGUÉM DE FASCISTA É BOM SABER DO QUE SE TRATA

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Como ultimamente tornou-se lugar comum chamar uns e outros de fascista, não importa se à esquerda ao à direita, faço aqui minha colaboração para uma melhor compreensão do epiteto. Assim todos poderão enxovalhar-se em um nível... digamos assim, mais erudito. Mussolini e Hitler, os mais radicais. Um governo fascista e por consequência os seus admiradores e militantes, é – em sua essência, totalitário, pois desconhece limites para seu poder. É, deixemos claro, uma ditadura, mas baseada no princípio da liderança. Permite, é verdade, a existência de algum mercado, mas controlado e devidamente atolado numa imensa burocracia. A economia é cartelizada e controlada por sindicatos. O planejamento econômico é baseado no princípio da autarquia. O governo se sustenta com gastos e empréstimos. Os gastos são destinados, via de regra para as Forças Armadas, nomeadamente com fins imperialistas, mas existem exceções. É possível destinar esses recursos para um a