LÁ VEM AS MONTADORAS ATRÁS DE UMA BOQUINHA (MAIS UMA)


As montadoras, assustadas com a queda na compra de veículos novos, estão atrás do governo em busca de mais uma "boquinha". A proposta prevê a retirada das ruas de carros com mais de 15 anos de uso e caminhões fabricados há mais de 30 anos. Parece bom, não é mesmo? O problema, como sempre, é de quem vai financiar o plano.

Montadoras: tudo por uma boquinha.
Para que isso aconteça seria criado um fundo que bancaria um bônus para o proprietário do veículo velho fazer a troca pelo novo, financiando a diferença com recursos de uma linha de crédito especial, oferecida por bancos públicos e privados.

Estima-se que isso geraria um consumo adicional de 500 mil veículos novos por ano. Claro que as montadoras também lembram – logo – da possibilidade de uma redução do IPI, coisa que já foi feita recentemente e essa política de estímulos voltada para setores específicos já mostrou no que costuma dar.

A pergunta que não quer calar é: as montadoras juntas, tem muita força econômica e – sem dúvida – muita gordura para queimar. Por que, então, não se unem (só de entidades ligadas ao setor são 19) e resolvem elas mesmas seus problemas? Criem um banco, ofereçam facilidades, crédito com juros mais baixos, invistam em produtividade, se virem como os demais setores da economia estão tentando se virar.

O que não se compreende, nem se pode aceitar, novamente, é que por influência política - e sei lá mais o que - mais uma vez a "viúva" tenha que fazer sacrifícios, ou seja o conjunto da população, para ajudar uma poderosa indústria. Sim, senhores, no momento em que os bancos oficiais e privados forem “chamados” a colaborar, vai diminuir a oferta de crédito, as taxas para outras atividades subirão e por aí vai.

Tá com peninha das montadoras? Compre um carro novo, de preferência de luxo.
Eu tô fora. Se virem.

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