AGRESSOR DE ANIMAIS É MAIS PROPENSO AO CRIME
Tese de mestrado do capitão
Marcelo Robis Nassaro, da PM Ambiental de São Paulo, concluiu que existe
ligação entre quem pratica violência contra bichos e humanos. Nassaro analisou
643 autuações no Estado, entre 2010 e 2012, por maus-tratos a animais e
descobriu que a maioria dos agressores tinha também outros registros criminais e
praticaram um total de 595 outros crimes. Entre eles 110 lesões corporais, 42 portes
ilegais de armas, 21 homicídios ou tentativas, 14 ameaás e 12 roubos.
Para sua tese de mestrado em
Ciências de Segurança e Ordem Pública, que virou livro, Maus Tratos aos Animais
e Violência Contra Pessoas, Nassaro inspirou-se em um estudo americano para
desenvolver suas pesquisas. Lá policiais chegaram a conclusão de que assassinos
tinham em comum um passado de agressão a animais. Quando soube disso Nassaro passou
a “entender a questão de maus-tratos a animais não só como algo ideológico, mas
também como questão de segurança pública”.
Com a tese e o livro, o
capitão acredita que eles podem servir de embasamento para que o atendimento
prestado pela polícia nas ocorrências contra os agressores de animais possa
melhorar e que uma política de prevenção, com relação a outros crimes, seja
mais efetiva. “Uma condução eficiente da polícia nessas ocorrências é
importante, portanto, para evitar que essas pessoas (envolvidas em agressões
aos animais) comentam outros crimes no futuro”, afirma Nassaro.
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