POR UMA SELEÇÃO DE HOMENS. CHEGA DE “CRIANCICES" ”.
Antes que alguém comece, homens aqui é
sinônimo de adultos. E aqui o que se trata é esse jeito infantilizado de se
comportar dos nossos “craques”. Não é exclusivo dessa seleção, praticamente uma
característica das novas gerações do futebol nacional, todos muito instáveis
emocionalmente. E, incapazes de se livrar, do que já foi verdade, a crença de
que ainda somos os melhores do mundo. Daí, quando sofremos, um gol,
principalmente se for logo no início do jogo, ou mesmo quando nos encontramos
em qualquer desvantagem em uma partida, entramos em parafuso.
Não é o que acontece,
pelo menos na maioria, quando jogam nos milionários clubes mundo afora. No
entanto, quando se reúnem na seleção, passam a se comportar como garotos
birrentos. E como garotos são tratados também pela mídia especializada, e são vistos
assim pela maioria da população. Tomemos Neymar, por um instante, como exemplo,
trata-se de um adulto, com 26 anos, que sustenta a sua família e mais um cem
número de agregados, que administra muito bem a sua fortuna, mas em campo
insiste em se comportar como um adolescente. E nada aqui contra o seu mais que
óbvio talento.
Torcedores, comissão técnica e mídia,
juntam-se todos para infantilizar os nossos jogadores, que –
surpreendentemente?? – aceitam e fazem mesmo questão de protagonizar. Sobram,
em outras seleções participantes da Copa, declarações e atos que remetem a
ligações com seus países, com o orgulho das suas origens, dos seus povos. Nada
semelhante se vê em nossa seleção. Choram nossos atletas, mas choram de forma
muito diferente dos atletas de outros países. Nesta final, França e Croácia têm
muito a nos oferecer, ensinar: raça, vontade de vencer, orgulho dos países que
representam, jogadores prontos para enfrentar os desafios, como pessoas adultas
que são, noves fora apenas um e outro.
Os torcedores e a mídia deveriam repensar o
modo como pensam, como estimulam, como reagem aos nossos craques. Jogadores e
dirigentes deveriam fazer o mesmo. Levar a sério a atividade, ao menos como se
comportam quando estão defendendo os clubes em que atuam. Os jogadores pensando
no que representam naquele momento, na seriedade do ato de representar o seu
país, no exemplo, como pessoas bem sucedidas, que podem passar para os nossos
jovens. Os dirigentes, precisam se convencer de que é mais do que a hora, de
começar um trabalho sério, lá de baixo, nas bases, para formar atletas, desde
cedo, criando cidadãos conscientes.
Chega de criancices. Precisamos de um
futebol, entre muitas outras coisas, exercido por gente adulta, confiante nas
suas habilidades, conscientes do que representam, prontos para dar exemplos
positivos para o país e aos nossos jovens. Amém.
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