2o. TURNO: BOLSONARO X HADDAD? E ALCKMIN, VAI OU NÃO VAI DESLANCHAR?


Por enquanto, de certo mesmo é o nervosismo do mercado, provocado pelos resultados das últimas pesquisas de intenção de voto, com o dólar já batendo nos 4 reais e os investidores estrangeiros começando a pensar em se desfazer dos ativos brasileiros.

Mas, as últimas pesquisas revelam também a possibilidade de um novo cenário de 2o. turno nas eleições para presidente, com a
disputa entre Bolsonaro e Haddad, numa polarização entre a esquerda e a direita, ainda não conhecida desde a redemocratização.


Duas pesquisas recentes, da XP Investimentos e do Ibope, revelam mais ou menos o mesmo cenário: nas duas Bolsonaro continua na liderança, com algo entre 19% e 23% das intenções de voto, na encomendada pela XP e 27% / 18% na do Ibope. O que chama atenção, na pesquisa da XP, no entanto, é que Bolsonaro empata tecnicamente com Lula na espontânea.

Geraldo Alckmin continua empatado com Ciro Gomes e até com Marina, dependendo dos cenários, e para melhorar a performance vai ter que conquistar parte do eleitorado de Bolsonaro, já que os eleitores mais a esquerda dificilmente vão se encantar com a sua candidatura. A tarefa é difícil, pois ao que tudo indica boa parte do voto em Bolsonaro é bastante fiel.

A presença de Haddad nas pesquisas já 
virou dor de cabeça para os institutos, já que a legislação só permite a inclusão de nomes, após 15 de agosto, devidamente registrados na Justiça Eleitoral. Como o caso de Lula pode ainda se estender após essa data, teoricamente pelo menos, esse deveria ser o único nome do PT a ser considerado e Haddad, que faz parte da chamada chapa “tríplex”, como vem sendo chamada, a integrada por ele, Lula e Manuela D’Ávila só entraria nas pesquisas se ungido, oficialmente, a candidato a presidente.

No mundo real o nome de alguém indicado formalmente pelo ex-presidente Lula ganha força, mas para que essa tendência passe a beneficiar o nome de Haddad é preciso que Lula faça isso, clara e decisivamente, o que – pelo menos até agora – não faz parte da estratégia traçada pelo PT.

É exatamente nessa possibilidade e na avaliação da força de Lula em transferir votos, ainda não avaliada com toda segurança, que um cenário de um 2o. turno, travado entre Bolsonaro e Haddad pode se concretizar.

O fato é que Bolsonaro, em que pesem todas as suas deficiências, e elas são muitas, é o único candidato que soube, como nenhum outro, tirar proveito da ira de um percentual altamente significativo da população, contra as esquerdas e principalmente contra o PT e partidos aliados.

No frigir dos ovos o que é certo mesmo é que nada ainda está rigorosamente certo e que Lula, preso e com novas acusações pesando sobre ele, continua sendo o personagem mais influente dessa eleição, cujo resultado final pode ser muito surpreendente e com grandes chances de ser um desastre.

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