PRECISAMOS FALAR SOBRE A VENEZUELA


Bem mais de um milhão de venezuelanos já deixaram suas casas para tentar a vida em outros países, vitimas da fome, da crise, econômica, social e moral que desabaram sobre o país.


O êxodo dos venezuelanos equivale – e em vias de superar em muito – aos números registrados na Europa, de pessoas em fuga (basicamente africanos e sírios) tentando escapar da guerra e das péssimas condições de vida em seus países.

Simples assim: não há nada.


O Brasil tem uma tradição de acolhimento, que só trouxe progresso e bem estar. Temos algumas das maiores colônias do mundo, formada por cidadãos nascidos em outros países, que aqui vieram para ficar. Italianos, árabes, japoneses, espanhóis, portugueses são apenas alguns exemplos, sem contarmos com a benéfica presença e contribuição dos inúmeros povos africanos, ainda que tenham sido trazidos aqui à força, em episódios vergonhosos da história humana, mas que moldaram, positivamente, também, as nossas vidas e o nosso país.



Por isso é repugnante, desumano e absurdo o posicionamento das nossas autoridades, com destaque para o governo federal, e de muitos brasileiros que hostilizam e agridem esses refugiados, sem um mínimo de consideração e empatia pelo fato de estarem aqui, por conta de suas vidas estarem despedaçadas. É possível entender, mas não compactuar, com os habitantes de Rondônia, que se viram,  de uma hora para outra, tendo que dividir os seus parcos recursos com centenas de pessoas e estão partindo em cima dos venezuelanos de forma absolutamente desumana e cruel.



Maduro tem que ser afastado
Já o Governo deveria sair das cosméticas medidas, que tomou para lidar com o caso, e exercer uma  liderança, compatível com o nosso tamanho e recursos econômicos, para que – junto com os demais países latino-americanos – sejam encontradas soluções para ao menos minimizar o drama vivido pelos venezuelanos. Neste momento, países menores, como o Peru e a Colômbia, que já receberam mais de um milhão de fugitivos do cruel regime de Nicolás Maduro, estão tentando encontrar soluções para essa tragédia humanitária e o Brasil deve participar, com protagonismo, desses esforços.



Não existem soluções fáceis para essa crise, principalmente se considerarmos o momento em que vivemos com milhões de desempregados, mergulhados numa das piores crises econômicas da nossa história. Mas os brasileiros de bem, as pessoas de caráter, não podem dar as costas aos sofrimentos dos nossos vizinhos.
  
Trabalho, comida. Tudo o que precisam
O Brasil institucional tem que participar da busca de medidas que minimizem esse sofrimento e os brasileiros precisam condenar as hostilidades praticadas contra os que procuram refúgio em nosso país. Governo, instituições públicas e privadas precisam agir. E os cidadãos precisam também exigir dos próximos candidatos a comandar o país que exponham claramente as suas ideias para lidar com essa crise humanitária.

Ele ri, enquanto o povo passa fome.


Unidos, os países latino-americanos, podem e devem pressionar o regime cruel de Nicolás Maduro para que adote medidas que permitam a Venezuela sair da crise econômica, e para que a democracia seja restaurada naquele país. Chega de passar a mão na cabeça de ditadores como Maduro.



E nós, os brasileiros, não podemos virar as costas aos nossos irmãos da Venezuela.

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