PESQUISAS ONLINE ESTÃO BOMBANDO


As pesquisas online estão bombando no Brasil. O pessoal de política ainda não descobriu o potencial, mas quem lida com opinião pública, produtos e serviços já aderiu, inclusive os grandes institutos, como o Ibope, por exemplo, que já tem uma divisão, o CONECTAi, dedicada exclusivamente ao universo online.

Vários institutos, além do Ibope com a sua divisão específica, voltaram os olhos para as pesquisas online, muito mais baratas e mais rápidas que as offline. Hoje, além das quantitativas, é possível realizar qualitativas com muita interatividade entre os participantes, moderadores e clientes. No mundo corporativo elas ganham cada vez mais espaço, mas na área política ainda existem muitas barreiras a serem derrubadas.

Os atores políticos ainda não se deram conta das vantagens proporcionadas pelas pesquisas online, principalmente na descoberta do que pensam (opinião) dos eleitores, sobre inúmeros assuntos (sim, as pesquisas online permitem questionários mais longos e mais opinativos) extremamente úteis para o planejamento das campanhas e identificação de "causas" que estão na ordem do dia da população.

Só no ano passado foram mais de 250 pesquisas realizadas pelo CONECTAi do Ibope. Uma delas, divulgada no mês passado, revela quais são os aplicativos mais usados pelos brasileiros.  Além das chamadas "redes sociais", a pesquisa ampliou para aplicativos bancários e de aluguel de filmes e jogos, entre outros. Outra área, o mundo digital, que também está merecendo mais atenção dos atores políticos. Na pesquisa, o WhatsApp foi o campeão, com o Facebook, em segundo lugar (veja no gráfico abaixo).

















No Natal, as pesquisas online do Ibope, anteciparam, por exemplo, o comportamento dos consumidores. Descobriram que os brasileiros gastariam menos em 2015 e foi o que aconteceu. Pesquisas posteriores, e dados das associações dos lojistas, confirmaram que este foi o pior natal dos últimos 10 anos.

Institutos, que costumam ter políticos e partidos em suas carteiras de clientes, já despertaram, também, para as pesquisas online. A Perfil Urbano & Expressão e Cristina Pacheco Mercado e Opinião, já incluem as pesquisas online nos seus portfolios.

Segundo Cristina Pacheco, CEO do instituto que leva o seu nome, "as pesquisas online devem ocupar cada dia mais espaços na área do marketing político, mas é preciso ainda muito trabalho de convencimento, sobre as suas vantagens, para que os clientes da área de MKP, comecem a utilizá-las com mais frequência".

Cristina, no que concorda Ana Carla de Sá, da Perfil Urbano, não acredita numa substituição pura e simples das pesquisas offline pelas online, preferindo apostar em uma convivência entre elas. A escolha vai depender ainda das necessidades específicas de cada cliente, seus produtos e objetivos, mas as pesquisas online vieram para ficar, acreditam as pesquisadoras.

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